X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Esportes

Fator psicológico será maior desafio na retomada dos jogos, diz Renato Gaúcho

Por conta das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, o centro de treinamento e o estádio do Grêmio e do Internacional foram inundados


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Fator psicológico será maior desafio na retomada dos jogos, diz Renato Gaúcho
Renato Gaúcho afirmou também que o preparo físico não deve um grande empecilho na retomada dos jogos |  Foto: Reprodução/Instagram Renato

Em uma entrevista em que se mostrou bastante emocionado, tendo de conter o choro em alguns momentos, o treinador do Grêmio, Renato Gaúcho, afirmou nesta sexta-feira (24) que o impacto psicológico será a maior dificuldade que os jogadores terão de enfrentar na retomada das partidas na próxima semana.

"O fator psicológico é a principal [dificuldade], pela desigualdade que a gente vai enfrentar nas competições, mas nós somos profissionais, a gente vai à luta, nós somos gaúchos, vamos lutar até onde der", disse o técnico, durante conversa com jornalistas no CT (Centro de Treinamento) do Corinthians, onde o time está treinando nos últimos dias.

Por conta das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, o centro de treinamento e o estádio do Grêmio e do Internacional foram inundados, com as equipes obrigadas a deixar Porto Alegre para manter a forma física. O time do Internacional tem treinado em Itu, no interior de São Paulo.

"Não quero que ninguém fique com peninha da gente. A gente só está vendo essa desigualdade do futebol, que ela vai acontecer. Agora muita gente acha que não tem nada a ver, mas ali na frente, a gente sabe que a gente vai pagar essa conta", disse Renato.

Ele afirmou, ainda, que "somente quem está morando lá, que está vendo a coisa de perto, que sabe o sofrimento que o povo tem passado", afirmou o treinador gremista, que teve de interromper sua resposta nesse momento para conter o choro.

Natural de Guaporé, na serra gaúcha, Renato se mostrou aborrecido por críticas que ele disse ter recebido após sua última entrevista no início da semana, quando sugeriu que não houvesse rebaixamento na edição deste ano do Campeonato Brasileiro, devido ao impacto causado pela situação no sul aos times da região.

Ele afirmou ter ouvido comentários de que sua intenção seria desviar o foco das atenções em relação a competitividade do time do Grêmio na retomada do torneio. "Desviar o foco do quê? Nosso povo está sofrendo", afirmou Renato. "É só se colocar no lugar de um dos gaúchos."

Também presente na entrevista, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, afirmou que na reunião entre os clubes e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) prevista para segunda-feira (27), os prejuízos sofridos pelos times gaúchos, e eventualmente o tema do não rebaixamento, devem estar entre as pautas a serem abordadas.

"A gente está conversando entre os times do Rio Grande do Sul atingidos nessa tragédia, [o pleito de não haver rebaixamento na reunião da CBF] pode ser uma possibilidade, como pode não ser, até porque a gente tem que escutar o que pensa a CBF e os demais clubes, então não gostaria de antecipar nada", afirmou Guerra.

Ele disse que o Grêmio não vai fazer nenhum pleito individual e que está em contato diário com o presidente do Inter, do Juventude e da federação gaúcha. "Nós estamos tratando desse assunto. Inclusive essa conversa de não rebaixamento começou por outros clubes em conversas informais com o Grêmio. Não partiu de nós", afirmou Guerra.

"O fato é que existe uma premissa no Campeonato Brasileiro de pontos corridos que é o equilíbrio técnico. O equilíbrio técnico, infelizmente, já foi para o espaço, no momento em alguns clubes não vão poder usar suas estruturas, seus estádios", acrescentou o dirigente gremista.

Segundo ele, em uma previsão "muito otimista", o Grêmio pode conseguir voltar a jogar em seus domínios somente dentro de um prazo de 90 dias. Guerra afirmou que funcionários do clube ainda não conseguiram entrar no estádio para começar a calcular os prejuízos e estimar de forma mais precisa o tempo para a retomada dos jogos no local.

Após decisão da CBF no dia 15 de maio de suspender o Campeonato Brasileiro por duas rodadas, atendendo a um pedido de 15 clubes da série A, o torneio será retomado no dia 1º de junho.

As equipes do Rio Grande do Sul estão sem jogar desde a última semana de abril, quando começaram as chuvas que devastaram cidades em todo o estado. Alguns jogadores e funcionários dos clubes chegaram a participar do resgate de vítimas como voluntários.

Como os estádios de Porto Alegre ainda estão indisponíveis por conta das enchentes na cidade, os clubes do sul vão mandar seus jogos em outras localidades.

O Grêmio vai mandar sua partida contra o RB Bragantino, pela sétima rodada, no Couto Pereira, em Curitiba, e vai receber o Botafogo, pela nona rodada, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. "A gente pensa em levar [os jogos] o mais para o sul possível, para ficar perto da nossa torcida neste momento", afirmou o presidente gremista.

Pela oitava rodada, o Internacional atuará como mandante contra o São Paulo no estádio Heriberto Hülse, em Criciúma.

"Os jogadores são profissionais, eles têm treinado, estão com a cabeça aqui [nos treinamentos], mas sempre na preocupação com o nosso povo, com a família deles. A maioria tirou a família de lá, os filhos, então a saudade deles com a família também é imensa", disse Renato.

O treinador afirmou também que o preparo físico não deve um grande empecilho na retomada dos jogos, já que os jogadores vêm treinando, mas que a falta de ritmo de jogo pode pesar. "Até a gente recuperar nosso ritmo de jogo, o adversário vai ter muita vantagem."

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: