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Esportes

Família de torcedor do São Paulo morto demorou 24 horas para encontrar corpo

Fotos tiradas em hospital indicam que a vítima pode ter sido atingido na cabeça por um tipo de munição utilizada pela Polícia Militar


Imagem ilustrativa da imagem Família de torcedor do São Paulo morto demorou 24 horas para encontrar corpo
Rafael dos Santos Tercilio Garcia foi morto nas imediações do estádio do Morumbi |  Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

A irmã do são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia, 32, morto na noite de domingo (24) nas imediações do estádio do Morumbi, na zona oeste de São Paulo, enquanto comemorava o título da Copa do Brasil, afirmou ter demorado quase um dia para localizar o corpo do repositor de supermercado.

"Ele foi morto no domingo à noite. A gente foi localizar o corpo dele, ainda porque acionamos um contato, na segunda-feira à noite. Uma investigadora ajudou a gente. A gente foi na delegacia e ela no sistema deu uns endereços e a gente foi atrás", disse a comerciante Raisa Rochele, 33.

"Ninguém entrou em contato com a minha madrasta. Ela é mãe de um deficiente. Ele tinha todos os contatos na carteira. Até hoje ninguém ligou para ela para falar sobre nada", acrescentou. Garcia era surdo e se comunicava por sinais.

Fotos tiradas em hospital a que a reportagem teve acesso indicam que Garcia pode ter sido atingido na cabeça por uma "bean bag", um tipo de munição utilizada pela Polícia Militar em substituição às balas de borrachas.

As imagens feitas dentro do hospital municipal do Campo Limpo, na zona sul, enquanto Garcia era atendido, mostram um objeto semelhante a essa munição na cabeça do jovem.
A bean bag é um tipo de saco que encobre diversas esferas de metal.

"É um descaso total. Ele tinha identificação de era deficiente. Ele não conseguiu escutar os barulhos."

Rochele relatou que seu irmão deixa um filho de oito anos. "A mãe do menino foi embora quando ele ainda era bebê. O Rafa que cuidava."

Após ser encaminhado para um hospital na periferia da zona sul, o corpo de Garcia seguiu para o IML Central, em Pinheiros, na zona oeste. Seu enterro ocorreu na tarde de terça-feira (26) em Itapevi, cidade em que residia.

"Eu entendo que aconteceu algo muito pior e eles tentaram esconder", completou Rochele.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) não se pronunciou sobre a demora para a família localizar o corpo. A pasta declarou que a Polícia Militar reforça que nas ações de Controle de Multidão ocorridas no domingo somente foram utilizados equipamentos e munições de menor potencial ofensivo.

Conforma a secretaria, a perícia analisa os vestígios encontrados na ferida que vitimou o torcedor.

Os policiais que aturam na ação de dispersão de torcerem não utilizavam câmeras corporais.
Procurada, a Prefeitura de São Paulo disse que as informações estão concentradas na SSP.

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