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Esportes

F1: Ferrari surpreende a si mesma e tenta criar batalha tripla no grid do GP de Mônaco


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O GP de Mônaco da Fórmula 1 viveu uma sexta-feira acidentada e inesperadamente chocante. É que, contrariando todas as projeções, a Ferrari se colocou forte nas ruas estreitas do Principado, com um Charles Leclerc velocíssimo — ainda que tenha tido de lidar com um infortúnio no início das ações. A verdade é que o monegasco fez valer o fator casa e ajudou a colocar o carro vermelho em uma posição de domínio, ao comandar as duas sessões do dia. Lewis Hamilton corroborou o desempenho ferrarista e terminou em terceiro.

Entre eles, Oscar Piastri, que, apesar de um erro bisonho no segundo treino, se recuperou rápido e escalou o pelotão, deixando claro que a McLaren é a potência de sempre. E confirmando a natureza impactante deste primeiro dia, chamou a atenção o equilíbrio do grid, o que pode tornar o sábado um pouco mais fortuito, em uma batalha tripla.

A ascensão da Ferrari abre uma série de oportunidades em Monte Carlo, mas é preciso também entender a razão pela qual a escuderia passou de um discurso pessimista — na quinta-feira, Leclerc minimizou as chances do time devido à essência travada do circuito do quintal de sua casa — para um cauteloso otimismo — acertadamente impulsionado pela história do time até aqui em 2025: a classificação tem sido o grande calcanhar de Aquiles.

Ainda, importante acrescentar que o dia não começou bem para os italianos. O próprio Charles se queixou do desequilíbrio do carro no início das atividades e só mais tarde é que o cenário mudou.

Talvez porque os engenheiros de Maranello tentaram criar um balanço interessante entre os pontos fortes da SF-25 e aquilo que o carro tem maior dificuldade: as curvas de baixa velocidade. Não à toa, Leclerc e Hamilton dominaram o primeiro e o terceiro setores. Além disso, neste compromisso entre velocidade e downforce, a esquadra italiana parece perder muito pouco para a McLaren nos trechos mais lentos, e isso pode se tornar uma vantagem absurda.

Houve ainda quem tenha creditado a performance a um mapeamento de motor um pouco mais agressivo, e isso não pode ser descartado, mas é igualmente certo apontar para um ritmo consistente na volta rápida e também em condição de corrida. Charles foi o melhor com pneu duro em desempenho de prova, inclusive. Portanto, o desafio agora é reproduzir a pleno essa configuração, que parece realmente bastante adequada ao carro vermelho.

“Estou me sentido muito bem com o carro. Não começou como queria, com um acidente com o Lance (Stroll), mas depois disso foi bastante tranquilo, no geral, e estou satisfeito”, afirmou Leclerc.

“O ritmo em volta única foi forte e, como disse, qualquer que fosse o composto que usássemos, estava me sentindo bastante confortável, o tempo de volta chegando bem rápido, então isso é sempre um bom sinal. A classificação será fundamental por aqui e temos de largar na frente se quisermos esperar um bom resultado”, completou o monegasco.

De fato, a posição de largada é essencial em Mônaco — é o lugar mais travado e de difícil ultrapassagem de todo o calendário —, mas a briga deve se estender à McLaren também. Impossível pensar que a equipe laranja vá ficar fora, até porque as curvas lentas e os trechos de média velocidade são o forte desse MCL39.

Tanto é que o setor 2 do circuito é dominando pelos carros papaias. E se a Ferrari usou um pouco mais do motor nesta sexta, os ingleses foram mais cautelosos. Mesmo assim, o ritmo de volta única e o desempenho de corrida seguem fortíssimos. A única ressalva é: os pilotos têm errado demais em momentos decisivos da classificação.

Nesta sexta, Piastri deu uma escapada e bateu na Sainte-Dévote — interessante emendar dizendo que, apesar do incidente, o australiano foi capaz de se recuperar rapidamente, voltar à pista e se infiltrar entre os carros italianos. Lando Norris foi o quarto colocado da tabela.

“Foi complicado! O dia inteiro foi de altos e baixos”, resumiu o líder do campeonato. “Quando conseguimos encaixar tudo, o ritmo é muito bom. Mas não está sendo tão fácil, então há algumas coisas a serem analisadas, especialmente para mim que tive um dia muito confuso. A Ferrari parece muito mais forte do que tem sido. Mas, hoje, a responsabilidade é minha, por ter tido um dia complicado”, completou o piloto da McLaren, que ficou a 0s038 do líder.

Andrea Stella, chefe da McLaren, também reconheceu a performance da Ferrari, mas reafirmou as qualidades do carro papaia. “Acreditávamos que nossos concorrentes seriam rápidos neste fim de semana, e as duas primeiras sessões de treinos reforçaram essa ideia. No entanto, coletamos dados importantes e sabemos o que precisamos fazer para melhorar antes da importante classificação de amanhã”, garantiu.

Agora, há um fator também fundamental para o desenho da disputa deste sábado: Max Verstappen. A Red Bull encontrou dificuldades nesta sexta-feira e ficou longe das primeiras colocações. O tetracampeão foi apenas o 10º, 0s7 atrás dos ponteiros.

O neerlandês reclamou muito da instabilidade do RB21 — a bem da verdade é que o carro taurino ainda encontra problemas em pistas de baixa velocidade, com asfalto ondulado e zebras altas. Essa tem sido a principal preocupação da equipe em Monte Carlo, mas houve também outra questão: de acordo com o consultor Helmut Marko, a esquadra optou por uma configuração longe da ideal.

“Na segunda sessão de treinos livres, infelizmente, acho que a equipe não encontrou a configuração correta”, admitiu Marko. “Melhoramos nosso desempenho nas zebras, sofremos menos. Só as coisas não correram tão bem no TL2. Amanhã teremos que encontrar um meio-termo novamente. Teremos que tentar reduzir aos problemas com as saídas de frente do carro, mas sem exagero”, explicou.

“Tínhamos a sensação de que as atualizações poderiam ter aumentado a janela de operação do RB21. Mas, na segunda sessão, vimos novamente que, se arriscarmos muito com as mudanças ou nos afastarmos da janela, perdemos tempo rapidamente.”

Esse será um dos pontos importantes, mas os taurinos gostam de surpreender aos sábados — foi assim há sete dias, em Ímola. Portanto, não dá para descartar Verstappen de um cenário de disputa da pole, ainda mais com um grid tão compacto como está.

A Fórmula 1 realiza o GP de Mônaco de 23 a 25 de maio, em Monte Carlo, no que é a oitava etapa da temporada 2025. No sábado, o terceiro treino livre ocorre às 7h30 (de Brasília), com a classificação, às 11h. A corrida será às 10h de domingo.

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