Vaquinha para joia capixaba ir ao Japão disputar a Surdolimpíadas
Hiago Ribeiro, de 17 anos, é o único capixaba convocado para a Seleção Brasileira de Surdos e busca recursos

Aos 17 anos, o capixaba Hiago Ribeiro está prestes a viver o maior desafio da sua carreira no futebol. Natural de Guarapari, ele foi convocado para defender a Seleção Brasileira de Surdos nas Surdolimpíadas, de 15 a 26 de novembro novembro, em Tóquio. Será o único atleta do Espírito Santo na competição internacional.
Apesar da conquista, Hiago enfrenta um grande obstáculo fora de campo: a falta de apoio financeiro. Como a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) não cobre despesas, cada atleta precisa custear passagens, hospedagem e alimentação por conta própria.
Para ajudar, a família lançou uma vaquinha virtual com meta de R$ 30 mil, mas até agora arrecadou cerca de R$ 6 mil no site vakinha.com.br. As doações também podem ser feitas via Pix para a chave 27 98881-3989 (Regina Célia Aquino, mãe).
“Sabemos da dificuldade de todos, mas qualquer contribuição será bem-vinda”, afirmou Regina.
Hiago, que nasceu totalmente surdo, começou no futebol aos 4 anos e passou por projetos sociais e clubes do Estado, como Tupy, Desportiva, Áster, Inter Academy e Vitória, além de peneiras em grandes clubes do país, como Vasco, Fluminense, Macaé e São Paulo.
Atacante veloz e habilidoso, sempre jogou em times de ouvintes, superando desafios de comunicação e preconceitos. “Um dos maiores desafios foi aprender a jogar com outros surdos, mas com fé e determinação consegui superar cada obstáculo”, contou o atleta.
O jovem também acumula conquistas recentes: em junho, foi eleito melhor jogador do Campeonato de Surdos em Minas Gerais e, em seguida, aprovado na Seleção Brasileira de Surdos de Futsal Sub-21, garantindo presença no Sul-Americano de Futebol de Surdos, em setembro, e na Copa do Brasil de Surdos de Futsal, em outubro, em Cuiabá.
A convocação emocionou a família. “Sentimos muita alegria e a sensação de um sonho realizado”, contou a mãe.
Hiago reforça a importância da ajuda. “Vestir a camisa da Seleção é um orgulho enorme. Representar o Brasil e levar o nome de Guarapari para o Japão é algo que levo no coração. Quero muito trazer uma medalha e mostrar que qualquer barreira pode ser superada com esforço, fé e paixão”.
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