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Esporte Capixaba

Sávio Bortolini: história do ex-jogador da Desportiva e Fla se torna livro

Ex-jogador terá semana movimentada no Estado com lançamento especial de livro e vai receber torcedores em noite de autógrafos


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Imagem ilustrativa da imagem Sávio Bortolini: história do ex-jogador da Desportiva e Fla se torna livro
Capixaba Sávio fez carreira no Flamengo e ficou conhecido como Anjo Loiro da Gávea. Ele foi revelado pela Desportiva Ferroviária |  Foto: Reprodução/Instagram/Sávio

A semana começa amanhã de forma especial para o capixaba Sávio, ídolo de Flamengo e Desportiva com trajetória de sucesso também no Real Madrid. O ex-jogador de 49 anos estará em Vitória para o pré-evento de lançamento do seu livro “Dribles certeiros de uma carreira de sucesso”, do escritor Renan Koerich.

O evento será amanhã à noite, no Iate Clube do Espírito Santo, em Vitória. Mas não para por aí. No próximo sábado, às 20 horas, ele vai receber o público para uma noite de autógrafos no Centro de Convenções.  

Os eventos são realizados pela FAP Eventos Esportivos e em parceria com a Associação dos Amigos dos Autistas do Estado do Espírito Santo (Amaes), para quem toda a verba arrecadada será revertida.

Por meio do Projeto Gol Azul, realizado pela FAP, a associação realiza, além do evento de sábado, o “Jogo das Estrelas pelo Autismo”, que será realizado no estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica, no próximo domingo (dia 17), a partir das 10 horas.

A obra em si conta a história do jogador nascido em Vila Velha, formado nas divisões de base da Desportiva Ferroviária, que deixou a família quando ainda tinha 14 anos e partiu em busca da realização de um sonho.

No Brasil, fez carreira no Flamengo, em que somadas suas duas passagens, atuou em 261 jogos, com 130 vitórias, tendo marcado 99 gols e conquistado o Campeonato Carioca de 1996 e Copa de Ouro 1996.

Em entrevista exclusiva ao jornal A Tribuna, Sávio relembrou momentos importantes da carreira e fez declaração aos clubes que defendeu.

A Tribuna – Após passagens por grandes clubes, onde acredita ser mais idolatrado pelo torcedor: Flamengo, Real Madrid, Zaragoza, Desportiva, Avaí?

Essa pergunta é gratificante e ao mesmo tempo difícil. Então, eu tenho um carinho, um amor muito grande, todo mundo sabe disso pela Desportiva Ferroviária. Foi onde eu comecei, onde eu aprendi muita coisa. No Flamengo, foram 11 anos, minha identificação com o clube, meu carinho, meu respeito também, meu amor, e é difícil. Então, hoje, o torcedor do Flamengo tem um carinho, uma admiração muito grande por mim também. E é muito legal. E depois teve o desafio de ir para o futebol europeu e logo para um grande gigante também, que era o Real Madrid, e ser, de certa forma, em tão pouco tempo, tão bem recebido. O Zaragoza foi algo extraordinário também. Eu fico três anos no clube, no Real Madrid foram cinco temporadas, no Zaragoza três. Então, eu chego num clube que tinha subido para a primeira divisão, a gente faz um elenco, um time fantástico, um time que ficou para a história do clube, com três anos, três finais, duas conquistas. Então, são momentos diferentes, são clubes diferentes, mas que, graças a Deus, são clubes que estão dentro do meu coração, e clubes que eu tive um calor muito grande de todos os torcedores.

Algum jogador, do Brasil ou fora do futebol brasileiro, se assemelha hoje ao seu estilo de jogo?

Olha, é difícil. Eu não sou muito de fazer comparações. Eu acho que hoje, no futebol brasileiro, do estilo que eu jogava, ou outros jogadores na época jogavam, eu acho que não. Eu acho que não teria, né? Porque é difícil. É difícil eu fazer uma comparação. Mas eu acho que, do estilo que eu tinha, que eu jogava, não sei. Eu não consigo ver ninguém aqui no futebol brasileiro.

Você mudaria algo que viveu enquanto jogador?

Eu não mudaria nada. Quer dizer, quando a gente vai ficando mais velho, mais experiente, a gente olha pra trás e imagina, ah, eu poderia ter feito isso melhor, eu poderia ter avançado mais ou tomado uma outra decisão, mas olha, isso é agora, o conhecimento que a gente vai adquirindo.

No momento, o que a gente tem e todo o conhecimento que a gente tinha na época, eu, particularmente, procurava fazer o meu melhor, tanto dentro e, principalmente, fora de campo. Então, eu vivi intensamente o futebol, eu comecei a jogar futebol muito cedo.

Mas eu vivi muito intensamente a minha carreira, muito, muito, de uma forma muito equilibrada, tentando, mesmo numa época que a gente não tinha muito conhecimento, me cuidar ao máximo, tanto dentro como fora de campo. Então, eu acho que eu não mudaria, não.

Qual a maior saudade do futebol?

Saudade? Acho que a saudade que eu tenho era naqueles momentos de jogo, do estádio cheio, em uma assistência, um gol, o torcedor gritando o seu nome, eu acho que isso é o que mais fica, dentro da minha memória.

Mas o que, hoje, o que fica realmente pra mim, independentemente de conquistas, de campeonatos, de grandes conquistas, é o carinho do torcedor. Eu chegar na rua, aqui no Brasil ou na Europa também, e ter uma gratidão de todos os torcedores, um carinho muito grande, então pra mim isso é o que fica também.

Acredita que poderia ter sido convocado para disputar a Copa do Mundo de 1998 ou de 2022?

Sim, eu sempre tinha uma expectativa grande, porque primeiro eu estava no Real Madrid, em 1998 tínhamos acabado de ganhar a Liga dos Campeões e em 2002 também ganhamos outra Liga dos Campeões e foi minha última temporada no Real Madrid. Eu estava bem, eu sabia da dificuldade que era porque realmente, principalmente naqueles períodos, a quantidade de jogadores que tinha no Brasil, principalmente canhotos, era muito grande.

Então era uma expectativa muito grande, porque eu acho que eu podia estar mais, de uma certa forma, até pela concorrência, eu, vamos dizer, entendia. Grandes jogadores ficaram de fora, de Copas do Mundo também, muito bem naquela época. Pode citar alguns aqui, por exemplo, Amoroso, Djalminha, Alex, enfim, entre outros grandes jogadores que tinham naquela época.

Em 1998, na Copa da França, quem seria seu concorrente direto por uma vaga, Denilson – que já falou que se inspirava no seu futebol – ou outro jogador?

Eu acho que em 98 quem foi nessa função praticamente que eu fazia foi justamente o Denilson, que era também um grande jogador, um cara que eu tenho um carinho muito grande.

Jogamos contra na época Flamengo e São Paulo, depois na Espanha, Real Madrid, contra o Bétis, então foi merecedor também porque era um grande jogador, tanto nas Copas de 98 e 2002 ele foi, em 2002 ele acabou sendo campeão no mundo.

Qual mensagem deixar para jovens e crianças que sonham com uma carreira como a sua?

Olha, a mensagem de querer com muita vontade, de muito compromisso, de muito profissionalismo. O futebol, hoje principalmente, exige cada vez mais, principalmente da parte física, da parte de alimentação, da parte de sono. Então, eu acho que para os meninos é ter a vontade, é se empenhar ao máximo. Nunca esquecer, eu acho que essa é a mensagem principal, nunca deixar de lado os estudos. Essa para mim é a parte fundamental.

A gente tem de saber equilibrar a carreira e a vontade de jogar futebol com os estudos, infelizmente, muitas pessoas não conseguem chegar a esse estágio, que é principalmente um jogador profissional, um jogador de um grande clube. Então, esse equilíbrio da parte de estudos é fundamental. O estudo é para a vida, conhecimento nunca é demais e todo momento a gente tem que aprender alguma coisa.

SAIBA MAIS

> Pré-lançamento

Quando: amanhã

Horário: às 20 horas

Onde: Iate Clube do Espírito Santo

Entrada: exclusiva para sócios

> Evento oficial de lançamento 

Quando: sábado (dia 16)

Horário: às 20 horas

Onde: Centro de Convenções de Vitória

Entrada: gratuita

Passaporte: R$ 150, com direito a livro autografado e foto com o ídolo

Como comprar: pelo WhatsApp (27) 99518-1110 ou pelo site https://lebillet.com.br/event/1407/gol-azul-edicao-especial-2023-16-dezembro-Vitoria-ES

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