“O Vasco alivia a saudade do meu pai”, diz torcedor capixaba
Presidente e fundador da UVV, Clauberto Paixão, 37, contou que a ideia de criar a organizada se deu após o falecimento do seu pai
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O presidente e fundador da União Vascaína de Valparaíso (UVV), Clauberto Paixão, 37, contou que a ideia de criar a organizada se deu após o falecimento do seu pai, Zenadir da Paixão, em 2009.
“Sou filho único, e ele era muito vascaíno, assim como eu sempre fui. Depois que o perdi, a única coisa que me fazia sentir mais próximo dele era o Vasco. É o que me traz tranquilidade, alivia um pouco a saudade, principalmente nesta época de fim de ano, que foi quando ele faleceu”, afirmou.
Depois disso, Clauberto revela que foi organizando a ideia até que contou com a ajuda do proprietário do Mariana’s Botequim em Valparaíso, Luciano Viana, para colocá-la em prática.
“Desde então, comecei a pensar que precisava fazer algo para assistir aos jogos com outros vascaínos, compartilhar as emoções, seja para comemorar ou para chorar junto. Foi aí que tive a ideia de conversar com o dono do Mariana's Botequim, o Luciano. Disse a ele: 'Luciano, tenho um sonho que me conforta, que me conecta com meu pai. Quero reunir uma galera vascaína, porque era algo que ele mais amava. Você, que também é vascaíno, me ajudaria nesse projeto?'”, relatou.
Segundo Clauberto, a resposta de Luciano foi positiva e imediata. “Ele me disse: 'Ajudo, só se for agora, meu amigo. Essa ideia é incrível, ninguém nunca fez isso." Ele sugeriu que eu fosse o presidente do grupo, mas eu não queria. Minha intenção era apenas criar a torcida, participar e compartilhar essa paixão. Por isso, a ideia ficou parada por dois meses”, prosseguiu.
“No jogo Vasco x Sampaio Corrêa, em 2021. quando o Vasco poderia ter garantido o acesso para a Série A, mas não conseguiu, resolvi criar o grupo. Convidei amigos vascaínos próximos, um a um, e assim formamos um grupo inicial com 20 pessoas. A partir daí, a União Vascaína só cresceu. Cada vez que nos reunimos, que saímos em jornais ou fazemos algo especial, é emocionante”, disse.
MEMBROS
Hoje a União Vascaína de Valparaíso conta com 302 membros e o presidente se diz surpreso com a quantidade de adeptos. “Nunca imaginei que seria algo tão grandioso. Cada dia, mais pessoas conhecem minha história e me apoiam. Essa torcida me resgatou do sofrimento. Quando estou com eles, sinto que estou perto do meu pai”, falou.
“Agora, chegamos a um momento especial: nossa festa, que contará com dois ídolos que meu pai admirava antes de falecer – Mauro Galvão e Carlos Germano. Esse evento será cheio de emoções. Para muitos, isso pode parecer besteira. Mas para mim, é paixão, é amor. Essa torcida mudou minha vida”, finalizou o fundador, emocionado.
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