Brasil terá uma representante na final do Mundial de Bodyboarding
Capixabas Neymara Carvalho e Luna Hardman, e a gaúcha Josilani Amorim estão nas semifinais

O Brasil terá uma representante na final do ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro. Três brasileiras venceram suas baterias nesta quarta-feira (17) e estarão nas semifinais da competição. As capixabas Neymara Carvalho e Luna Hardman, e a gaúcha Josilani Amorim. A quarta vaga na semi ficou com a portuguesa Filipa Broeiro.
Nas semifinais, Josilani enfrentará Neymara, enquanto Filipa disputará a bateria com Luna. Mãe e filha, Neymara e Luna podem ser adversárias na final.
A última etapa do Circuito Mundial já definiu a campeã na categoria Profissional. Alexandra Rinder, número 2 do mundo, comemorou nesta quarta-feira, durante as baterias das quartas de final.
O evento agora segue para decidir quem serão as campeãs das categorias Pro Júnior e Máster, além da grande vencedora da etapa no Profissional.
Como foi o dia de disputas na categoria Profissional
Na primeira bateria do dia, duas brasileiras disputaram a classificação. Josilani e a capixaba Maíra Viana, atual campeã mundial. A gaúcha marcou 11.85 pontos, com a capixaba se despedindo do Wahine ao terminar com 10.75. Mais tarde, Josilani avançou também na Master, indo para as quartas de final.
A segunda bateria do dia veio para ser aquela que já poderia definir o título mundial e não deu outra. Na água a número 1 do mundo, a japonesa Namika Yamashita, que também brigava pelo título, disputou um lugar na semifinal com a capixaba Neymara Carvalho, pentacampeã mundial. Neymara fez uma bateria perfeita, conseguiu uma onda com nota 9, e venceu Namika. Além de avançar no Wahine, somando 15.65 contra 11.75 da japonesa, garantiu a conquista antecipada de Alexandra.
"Foi de arrepiar, sensacional. Quando veio aquela onda, sabia que ia ser boa. Executei com tanta vontade, com tanto amor, força, tudo. A meta era chegar ao pódio. E muito feliz pela Alexandra. Pude devolver a ela, aqui na minha casa, o que fez comigo em 2009, quando conquistei meu último título mundial em sua casa, nas Ilhas Canárias. Lá, ela me levantou com muito orgulho. Hoje, pude fazer de volta", explicou Neymara.
Deixando a comemoração de lado para disputar a sua bateria diante da portuguesa Filipa Broeiro, Alexandra acabou por dar adeus ao Wahine após perder a bateria. A austríaca fez 12 pontos enquanto a portuguesa a superou marcando 13.75.
"Muito feliz de estar na semifinal, no pódio. Sabia que não ia ser fácil contra a Alexandra. Grata em participar deste excelente evento", garantiu Filipa.
O Circuito Mundial Feminino tem quatro etapas ao longo do ano (Agadir/Marrocos, Iquique/Chile, Sintra/Portugal e Wahine/Brasil) e as atletas descartam o seu pior resultado. Alexandra não esteve em Portugal, mantendo sua pontuação das demais etapas. Namika, que participou das quatro, descartou o resultado de Portugal, ficando atrás de Alexandra, como vice-campeã, apesar das duas terem parado nas quartas de final do Wahine.
A capixaba Luna Hardman avançou as semifinais na última bateria. Disputando sua primeira competição após cirurgia nos ombros, a Campeã Pro Júnior e vice Profissional no Wahine do ano passado, Luna derrotou a japonesa Yuka Nishimura, marcando 12.50 contra 9.25 pontos da adversária.
"Feliz demais em chegar a mais uma semifinal no Wahine. Estou surfando leve, contente, acho que por isso está dando tudo certo. Estou conectada. E vamos para a próxima", afirmou Luna.
Disputas também aconteceram na Máster
Durante as disputas na categoria Máster, a tricampeã Mariana Nogueira foi eliminado e deu adeus ao sonho do tetracampeonato. Ela, que venceu as últimas três edições da categoria, perdeu a sua bateria para a brasileira Juliana Dourado. As duas somaram a mesma pontuação - 12.50 -, mas a adversária conseguiu uma onda melhor - 8.25 - e seguiu na disputa.
"Venci a campeã, primeira bateria que ela perde no Wahine. Fiz o meu melhor. Muito feliz. Tentei fazer o diferencial para conseguir uma nota alta e deu certo", comemorou a baiana Juliana.
Além de Juliana, seguem no evento as brasileiras Guta Borges, Nicole Calheiros, Josilani Amorim, Danielle Oliveira e Maylla Venturin, atleta que está competindo em casa, além das portuguesas Catarina Sousa e Marta Leitão. Nas quartas de final: Guta x Nicolle, Joselani x Juliana, Danielle x Catarina; e Maylla x Marta.
"Estava um pouco apreensiva, após ter perdido na Profissional, terminando em nono lugar, mas agora estou muito feliz de ter passado para as quartas de final da Máster, contando mais uma vez com essa torcida incrível", observou Maylla.
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro terá, nesta quinta-feira (18), o dia de descanso. As baterias retornam nesta sexta-feira (19) à Jacaraípe, a partir das 9 horas, com as quartas de final da Pro Júnior e Máster, seguidas das semifinais da Pro Júnior.
O evento reúne bodyboarders de 10 países. Além do Brasil, estão no mar atletas da Áustria, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Japão, Marrocos, Peru e Portugal. A premiação total é de 45 mil dólares (R$ 240 mil).
MATÉRIAS RELACIONADAS:




Comentários