Deschamps é único campeão mundial jogando e treinando vivo após mortes de Zagallo e Beckenbauer
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A morte de Franz Beckenbauer, dois dias após a de Zagallo, torna Didier Deschamps o único campeão mundial como jogador e treinador que continua vivo. O capitão da França em 1998 também comandou a seleção na conquista do bicampeonato mundial, em 2018, na Rússia. Tanto o alemão quanto o brasileiro atingiram o feito antes do francês, que levou seu país ao vice-campeonato no Catar, em 2022.
Zagallo é a personalidade do esporte que mais vezes se sagrou campeã mundial. O "Velho Lobo" presenciou o "Maracanazo" de 1950 e depois esteve presente em quatro dos cinco títulos mundiais brasileiros: como jogador, em 1958 e 1962, como técnico, em 1970, e como coordenador técnico em 1994. Nenhum outro nome chegou à marca de quatro título mundiais ao longo de sua carreira.
"Eu estava lá, de verde-oliva, cassetete, capacete, 'bate-bute'. Na arquibancada, eu deveria ficar de costas para o campo, mas vi perfeitamente o gol fatal do Gigghia. Aquele delírio de antes do jogo, com 200 mil pessoas acenando lenços, acabou tudo ali, na hora do gol", relembrou a decisão de 1950, em entrevista ao Estadão em 2011.
Beckenbauer, por sua vez, também conquistou o Mundial como capitão. Em 1974, na Alemanha, liderou a seleção na final contra a Holanda - vitória por 2 a 1, de virada; 16 anos depois, à beira do gramado, comandou o triunfo magro de sua seleção diante da Argentina, então campeã mundial de Maradona.
Nos últimos anos, Beckenbauer deixou de fazer aparições públicas para cuidar da saúde. Além disso, também estava se preservando após as acusações de ter participado de irregularidades para levar a Copa do Mundo para a Alemanha em 2006. Ele foi investigado por possíveis pagamentos e contratados indevidos para ganhar vantagem na escolha de sede.
Deschamps é o mais jovem a entrar nesse exclusivo panteão. Em 1998, ajudou a França a conquistar seu primeiro título mundial, na decisão diante do Brasil, que terminou com a vitória por 3 a 0. A partida ficou marcada pela convulsão de Ronaldo, craque do Mundial, antes da partida; em 2018, com Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Paul Pogba, levou a seleção ao bicampeonato mundial.
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