Derrota elimina Botafogo da Sul-Americana
Defensa y Justicia quebra a longa invencibilidade do Glorioso e elimina o time brasileiro do torneio
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Não se pode dizer, de jeito algum, que a eliminação do Botafogo na Sul-Americana após a derrota por 2 a 1 para o Defensa y Justicia, em Buenos Aires, é injusta. Afinal, embora tenha ido até às quartas de final, o alvinegro passou longe de apresentar um bom e consistente desempenho no torneio internacional.
Completamente focado no Brasileirão, o Botafogo levou a campo, durante toda a competição, times desconcentrados e instáveis.
“Acho que abordamos mal o jogo, entramos mole. Essa é a verdade. Sabíamos que seria um jogo difícil. O time não entrou tão forte como de costume. Obviamente, fazia tempo que não perdíamos, mas encaramos cada jogo como diferente, novo. Perdemos esse, mas temos outro logo no final de semana. É encarar esse jogo como uma final, como todos daqui para frente”, disse o capitão Marçal.
O Botafogo deixa a competição com a sensação de que poderia ter entregue muito mais. Por outro lado, nada indica que a eliminação causará alguma dor duradoura. Afinal, o time lidera o Brasileirão com 11 pontos de vantagem e tem no próximo sábado, contra o Flamengo, uma grande oportunidade para já dar a volta por cima
A eliminação foi construída no empate em 1 a 1 no Nilton Santos na semana passada, quando o time não jogou mal, mas não conseguiu sair com a vitória.
Para piorar, aos 15 minutos de jogo na Argentina, Di Plácido falhou duas vezes dentro da área e, na última delas, permitiu que Togni desse passe açucarado para o artilheiro Nico Fernández abrir o placar para o Defensa y Justicia.
Embora ainda sem inspiração, o Bota apresentou leve melhora após sofrer o gol. Chegou ao empate já no fim do primeiro tempo, quando Lucas Fernandes cobrou falta na trave, a bola bateu nas costas de Bologna e entrou chorada para o gol.
Mas a igualdade no placar não foi o bastante para fazer o alvinegro desempenhar bem no segundo tempo. Bruno Lage fez três alterações que praticamente mataram o Botafogo em campo, principalmente com as saídas de Danilo Barbosa e Marlon Freitas para as entradas de Segovinha e Gabriel Pires.
Aos 27 minutos, o Defensa chegou ao gol. Pelo lado direito, o time cruzou e a bola chegou até Nico Fernández, que, mesmo com apenas 1,65 m, ganhou de Cuesta e Marçal para marcar pela 2ª vez.
A derrota em Buenos Aires encerrou a sequência invicta do Botafogo, que já durava 19 partidas.
Fala, treinador!
"O responsável sou eu. Tomei as decisões e não me arrependo"
“Faltou marcar gol. Tivemos várias oportunidades de fazer gols, duas vezes com Mateo... No conjunto dos dois jogos tivemos mais oportunidades e infelizmente sofremos três gols, mas não deveríamos ter sofrido. Sofremos três cruzamentos e levamos gols.
No primeiro jogo tivemos a oportunidade de marcar três vezes, por isso o adversário venceu e agora é o momento certo que todos deem um passo à frente, eu como treinador e eles. Dos meus jogadores há um caráter muito forte, sei que terá um passo à frente. Nosso torcedores têm que fazer uma onda muito forte para em 70 horas voltarmos a entrar em campo.
O responsável sou eu. Eu tomei todas as decisões e não me arrependo de nenhuma. Peço para os torcedores continuarem apoiando.”
Notas
Gatito: saiu mal no lance do primeiro gol, mas se redimiu. Nota 6.
Di Plácido: errou feio no lance do gol do Defensa. Nota 4. Ponte Errou praticamente tudo que tentou. Nota 3.
Sampaio: melhor da linha defensiva. Nota 6.
Cuesta: errou o tempo de bola no segundo gol do Defensa. Nota 4,5.
Marçal: sofreu muitas bolas nas costas. Nota 4,5.
Danilo Barbosa: foi mais importante sem bola. Nota 5,5. Segovinha: uma sucessão de erros em campo. Nota 4.
Marlon Freitas: deu bons passes, quebrando a defesa. Nota 6,5. Gabriel Pires: não comprometeu e melhorou o jogo. Nota 6.
Tchê Tchê: atuou em duas posições diferentes e sofreu a falta que resultou no gol. Nota 6,5.
L. Fernandes: marcou o gol do Botafogo em uma boa batida de falta. Nota 6,5. Janderson: não teve uma chance real. Nota 5,5.
Luis Henrique: pouco apareceu no jogo. Nota 5. Carlos Alberto: deu um bom cruzamento. Nota 6.
Diego Costa: reclamou mais do que jogou. Nota 5.
Bruno Lage: o time não teve o controle do jogo em nenhum momento. Nota 3,5.
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