Corinthians supera clima hostil no Peru e avança na Sul-Americana
Classificado, o time alvinegro vai enfrentar agora o Newell's Old Boys, da Argentina, nas oitavas de final da Sula-Americana
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Em um jogo marcado por uma confusão generalizada minutos antes de o apito final, o Corinthians voltou a vencer o Universitario, do Peru, nesta terça-feira (18), por 2 a 1, e avançou para as oitavas de final da Sul-Americana.
Depois de ganhar em casa por 1 a 0 na semana passada, o time alvinegro contou com gols de Maycon e Ryan para superar novamente os peruanos. Edison Flores anotou o único gol dos donos da casa.
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Cerca de dois minutos antes do fim dos acréscimos determinados pelo árbitro colombiano Wilmar Roldán, jogadores dos dois times tiveram um desentendimento, que acabou virando uma briga geral em campo. A polícia precisou entrar no gramado para separar os dois lados.
Não foi possível identificar o motivo da briga, mas ela ocorreu logo após o segundo gol dos corintianos, já aos 47 minutos do segundo tempo.
Roldán ainda resolveu retomar o duelo, mas expulsou cinco jogadores, dois do time alvinegro Ryan e Matheus Araújo, além de Di Benedetto, Calcaterra e Guzmán, este último estava entre os reservas. Com o tempo de acréscimo dado pelo árbitro, o tempo transcorrido no segundo tempo foi de mais 112 minutos, já que o cronômetro oficial não parou durante a confusão.
Classificado, o time alvinegro vai enfrentar agora o Newell's Old Boys, da Argentina, nas oitavas de final da segunda competição mais importante do continente.
Mesmo antes do confronto em Lima, no Peru, o clima tenso. Horas antes de a bola rolar, a diretoria do time brasileiro foi alertada de que havia um risco de que o ônibus contratado para levar a delegação do hotel ao estádio fosse alvo de apedrejamento.
O cenário foi apresentado ao clube pelas próprias autoridades peruanas. Foi sugerido à diretoria alvinegra, inclusive, que o deslocamento fosse feito em um ônibus da polícia para garantir a segurança. A alternativa foi rechaçada pelo Corinthians.
Na avaliação dos cartolas, se tivesse de aceitar tal proteção, era um sinal claro de que as autoridades não poderiam garantir a mínima segurança para a realização da partida. O clube acabou mantendo o que havia planejamento e se deslocou com um ônibus fretado.
De acordo com o site Meu Timão, a chegada ao local não teve nenhum incidente registrado.
Durante a semana, o presidente corintiano, Duilio Monteiro Alves, enviou à Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) um ofício manifestando preocupação com a segurança dos atletas, funcionários e também da torcida alvinegra.
O temor era de que os brasileiros fossem alvos de retaliações após a prisão de Sebastian Avellino Vargas, 43, preparador físico do Universitario, acusado de racismo durante a primeiro partida entre as equipes, em Itaquera, na terça-feira (11).
O profissional uruguaio foi preso em flagrante ainda nas dependências da Neo Química Arena. Depois, no dia seguinte, ele passou por uma audiência de custódia, quando a prisão em flagrante acabou convertida em preventiva, portanto, sem tempo determinado, até o término do processo de investigação.
A prisão dele causou revolta no clube peruano, que classificou o episódio como "humilhante e ultrajante".
Vídeos que circulam nas redes sociais, no entanto, mostram o preparador físico posicionando-se perante a torcida corintiana e, aparentemente, imitando um macaco. "Gestos claros e inequívocos do animal para os torcedores brasileiros", cita o texto da decisão da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou a prisão preventiva.
Mesmo diante dos indícios, o Universitario voltou a se manifestar contra a prisão de Avellino e, na última sexta-feira (14), antes de um partida contra o Unión Comercio pelo campeonato local, o elenco da equipe peruana exibiu uma faixa com a frase: "Estamos contigo, Sebastián A."
Antes de a bola rolar nesta terça, no entanto, o clube divulgou um comunicado lembrando aos torcedores sobre punições em caso de algumas atitudes durante a partida, como atirar objetos ou invadir o campo, e dizer palavras inapropriadas.
Além da questão de segurança, o técnico corintiano Vanderlei Luxemburgo também estava preocupado com uma questão de saúde pública devido a um surto incomum de casos da síndrome de Guillain-Barré, classificada como uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico passa a atacar certas partes do corpo de um indivíduo.
UNIVERSITARIO
Diego Romero; Corzo (Ancajima), Riveros e Di Benedetto; Polo (Succar), Ureña, Pérez Guedes (Calcaterra), Quispe e Cabanillas; Urruti (Flores) e Herrera (Rivera). T.: Jorge Fossati
CORINTHIANS
Carlos Miguel; Bruno Méndez, Caetano e Murillo; Rafael Ramos (Léo Maná), Giuliano (Ryan), Ruan Oliveira (Matheus Araújo), Adson (Maycon) e Matheus Bidu; Róger Guedes e Felipe Augusto (Biro). T.: Vanderlei Luxemburgo
Local: Estádio Monumental de Lima, no Peru
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Assistentes: Alexander Guzmán (COL) e Wilmar Navarro (COL)
VAR: Ángelo Hermosilla (CHI)
Cartões amarelos: Corzo (UNI); Ruan Oliveira, Caetano, Murillo, Ryan, Bruno Méndez (COR)
Cartões vermelhos: Calcaterra, Di Benedetto, Guzmán (UNI); Ryan, Matheus Araújo (COR)
Gols: Maycon (COR), aos 24 min do 2° tempo; Flores (UNI), aos 31 min do 2° tempo; Ryan (COR), aos 47 min do 2° tempo
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