Investimento bilionário em megaestádios para a Copa Africana de Nações
Sede da Copa do Mundo de 2030 e do torneio africano deste ano, Marrocos investiu R$ 12 bilhões para modernizar arenas
Anfitrião da Copa Africana de Nações deste ano e uma das sedes da Copa do Mundo de 2030 – junto de Portugal e Espanha –, Marrocos investiu o equivalente a mais de R$ 12 bilhões para modernizar seus estádios e instalações de alto desempenho.
O país também lançou um abrangente programa de infraestrutura, pensando na Copa de 2030, no valor aproximado de 14 bilhões de euros (R$ 90 bilhões).
Cinco dos seis estádios de Marrocos que vão sediar partidas da Copa do Mundo já existem: Estádio Príncipe Moulay Abdellah (Rabat), Grand Stade de Tanger (Tânger), Estádio de Fez (Fez), Estádio de Agadir (Agadir) e Estádio de Marrakech (Marrakech).
Por enquanto, somente os estádios de Rabat e Tânger atendem aos requisitos da Fifa. Os demais estádios serão reformados após o término da Copa Africana de Nações.
Marrocos ainda tem uma carta na manga. O país está construindo o Estádio Hassan II, projetado para ser o “maior estádio do mundo”, com capacidade para 115 mil espectadores.
A arena ficará localizada na cidade de Benslimane, a cerca de 38 quilômetros de Casablanca. Esse é o trunfo de Marrocos para tentar tirar a final da Copa do Mundo de 2030 do Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, na Espanha.
Cerca de 55 centros, com mais de 100 campos de futebol, foram renovados na cidade do estádio em construção, sendo agora administrados de acordo com os padrões da Fifa.
A Copa Africana de Nações começa neste domingo, e terá transmissão exclusiva em TV aberta pela TV Tribuna/Band. A emissora exibirá 15 partidas ao longo do torneio, incluindo o jogo de abertura, que coloca frente a frente o anfitrião Marrocos e Comores, no domingo, a partir das 16 horas.
A decisão do torneio está marcada para o dia 18 de janeiro de 2026, encerrando mais um capítulo de uma competição que, embora tenha ganhado maior espaço nas transmissões brasileiras apenas nos últimos anos, carrega uma história rica e profundamente ligada à evolução do futebol africano.
Reclamação por desfalques
A realização da Copa Africana de Nações entre os meses de dezembro e janeiro é, historicamente, motivo de reclamações entre equipes européias, que acabam por perder jogadores durante um período importante de seus calendários.
Neste ano, não é diferente: o técnico do Como (Itália), Cesc Fábregas, chegou a brigar por telefone com o treinador da seleção de Senegal, Pape Thiaw, por conta da convocação do atacante Assane Diao.
“Diao sabe minha opinião. Também falei com o treinador (senegalês), mas a conversa não terminou de forma muito agradável”, disse Fábregas.
A justificativa por trás da reclamação do técnico do Como é que Diao ainda não está em plenas condições físicas. Desde abril, o atacante de 20 anos sofreu três lesões e foi desfalque em 14 jogos dos Lariani.
Um exemplo da presença africana no futebol europeu é a Premier League, primeira divisão da Inglaterra: por lá, 14 equipes terão pelo menos um jogador no torneio. Apenas Arsenal, Aston Villa, Bournemouth, Chelsea, Newcastle e Leeds; não foram afetados.
A pior situação é do Sunderland, que ficará sem seis atletas: Chemsdine Talbi (Marrocos), Reinildo (Moçambique), Habib Diarra (Senegal), Bertrand Traoré (Burkina Faso), Arthur Masuaku e Noah Sadiki (ambos RD Congo).
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