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Copa do Mundo Feminina 2023

ANÁLISE: Brasil perde para própria falta de confiança e se complica no Mundial

Se o Brasil quer chegar até as fases finais da Copa do Mundo, será necessário muito mais do que foi mostrado neste sábado


Imagem ilustrativa da imagem ANÁLISE: Brasil perde para própria falta de confiança e se complica no Mundial
Debinha foi a autora do gol brasileiro na partida |  Foto: Thais Magalhães/CBF

A Seleção Brasileira entrou em campo pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, neste sábado (29), quando enfrentou a França e perdeu pelo placar de 2 a 1. Os gols franceses foram marcados por Le Sommer (1º tempo) e Renard (2º tempo), ambos de cabeça. Já o gol brasileiro foi marcado pela atacante Debinha (2º tempo).

Com essa derrota e a vitória da Jamaica para cima do Panamá, por 1 a 0, a Seleção Canarinha caiu para a 3ª colocação do Grupo F, com 3 pontos, enquanto a França e a Jamaica ocupam o 1º e o 2º lugar, respectivamente, com 4 pontos. Mas o que isso significa para o Brasil e, mais importante, como foi o jogo?

Pois bem…

Já era de se esperar que o duelo contra a França fosse o mais difícil desta primeira fase do Mundial. A seleção europeia é a 5ª melhor do mundo de acordo com o ranking da FIFA e foram elas que eliminaram o Brasil na Copa do Mundo de 2019 - naquela ocasião, pelas oitavas de final do campeonato, o jogo ficou empatado em 1 a 1 no tempo regulamentar, mas a França venceu por 2 a 1 na prorrogação. Além disso, precisávamos quebrar um tabu que já dura 11 anos: a Seleção Brasileira nunca venceu a seleção francesa em uma partida oficial: eram 7 derrotas e 5 empates. Agora são oito.

Com todo esse histórico, a técnica Pia Sundhage decidiu entrar em campo com apenas uma mudança em relação ao jogo da estreia contra o Panamá (vitória do Brasil por 4 a 0). Ao invés de Bia Zaneratto, a treinadora brasileira optou por Geyse no ataque. A ideia era usar a velocidade da atacante do Barcelona para surpreender as francesas no contra-ataque, já que a recomposição defensiva não é o ponto forte francês.

No entanto, o Brasil entrou nervoso para o primeiro tempo e não conseguiu colocar em prática nada do que gostaria. Com uma pressão alta, a seleção da França chegou com perigo em muitos momentos e só não ampliou o marcador porque a goleira Letícia Izidoro cresceu para cima das adversárias. Ainda assim, os constantes erros de passe das jogadoras brasileiras e a ineficiência em manter a bola longe do campo de defesa, abriram as portas para que Le Somme marcasse de cabeça aos 17 minutos da primeira etapa.

Depois do gol pouco mudou e o jogo do Brasil seguiu ruim até o intervalo. 

Voltando para os 45 minutos finais, era de se esperar que Pia Sundhage fizesse alterações para que a Seleção realmente entrasse na partida, no entanto, ela resolveu esperar. Curiosamente, nos primeiros minutos foi possível observar um comportamento diferente do Brasil. Apesar de ainda cometerem erros, as jogadoras brasileiras pareciam mais confiantes e conseguiam criar jogadas de ataque - mas sem tanto sucesso.

Depois dos 10 minutos iniciais, Andressa Alves saiu do banco de reservas para entrar no lugar de Geyse. Já se mostrando melhor na segunda etapa, a Seleção Brasileira seguiu no ataque e, aos 18 minutos, Debinha apareceu para balançar a rede e deixar tudo igual no marcador. 

O Brasil seguiu dando indícios de que poderia virar o placar e sair com a vitória do Suncorp Stadium, em Brisbane, na Austrália, onde quase 50 mil torcedores estavam presentes. No entanto, também não deixou de demonstrar falhas que fizeram a adversária sair na frente lá no primeiro tempo.

Tentando melhorar o que estava ruim, Pia seguiu mudando. Colocou Bia Zaneratto no lugar de Adriana e, já no final do confronto, resolveu mandar Mônica, Ana Vitória e Marta para o jogo. No entanto, antes das últimas três substituições, a França chegou ao segundo gol após um escanteio pela direita. Sem marcação, a zagueira Renard - melhor cabeceadora da seleção francesa, diga-se de passagem - chegou sozinha no segundo pau para colocar a França de novo na frente.

Depois do balde de água fria, saíram Antonia, Ary Borges e Debinha para a entrada de Mônica, Ana Vitória e Marta. Mesmo com as alterações, a Seleção Brasileira sentiu o gol bobo que levou e não conseguiu mostrar as intenções de Pia Sundhage com as mudanças e, como consequência, a França voltou a dominar a partida nos minutos finais do confronto e saiu com mais uma vitória para cima das brasileiras.

Afinal, o que faltou para o Brasil?

Apesar de ser uma seleção melhor tecnicamente do que o Brasil e favorita no confronto, a França não é imbatível. Tanto que elas entraram em campo, neste sábado, precisando vencer para não correrem o risco de serem eliminadas na fase de grupos, já que empataram com a Jamaica em 0 a 0 na estreia do Mundial. O que fez toda a diferença neste confronto foi a confiança e a entrega demonstrada pelas equipes.

Enquanto a França entrou com sangue nos olhos, com confiança e muita entrega, o Brasil entrou com medo de levar gol e se sentindo inferior à adversária. Pelo menos foi essa a impressão que deu nos primeiros 45 minutos de jogo. Ao errar passes curtos, ao entregar bolas no setor defensivo e ao deixar as francesas vencerem todos os duelos, a Seleção Brasileira mostrou uma falta de confiança que não é comum (ou não deveria ser) no futebol brasileiro.

Já na segunda etapa, foi possível ver um Brasil com a bola nos pés e a cabeça no lugar, porém, a qualidade da seleção francesa - que não pode em momento algum ser desconsiderada - fez toda a diferença para que a Seleção Canarinha não crescesse ao ponto de sair vitoriosa da partida.

Agora, o Brasil precisa vencer a Jamaica de qualquer jeito, na próxima quarta-feira (02), para conseguir a classificação para as oitavas de final da Copa do Mundo. Se com um triunfo contra a França nosso caminho na sequência do Mundial seria “mais fácil”, com essa derrota teremos pela frente seleções que estão no topo do futebol mundial. 

Sendo assim, a falta de confiança contra a França custou muito mais do que três pontos e, se o caminho antes já seria difícil, ele ficou um pouco mais complicado. Para os próximos jogos fica a lição: se o Brasil quer chegar até as fases finais da Copa do Mundo, se as jogadoras querem fazer história por elas e também pela Rainha Marta - que joga seu último Mundial -, será necessário muito mais do que foi mostrado neste sábado.

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