Neymar foca no hexa: “Não é menosprezar”
Apontado como arrogante pela imprensa alemã, craque se justifica e defende o sonho de ser campeão do mundo
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Às vésperas da estreia pelo Brasil na Copa do Mundo do Catar, Neymar foi às redes sociais, ontem, se defender por ter publicado uma montagem com o símbolo da CBF em uma bermuda com a sexta estrela, “antecipando” o hexa.
No Twitter, Neymar falou: “Sonhar, almejar e colocar seu objetivo como prioridade não é menosprezo ao seus rivais e sim uma meta pra você ir em busca. Amanhã começa. Vamo que vamo”.
O assunto repercutiu no jornal alemão Bild, que chamou Neymar de arrogante. Em entrevista coletiva, o companheiro Richarlison o defendeu.
“Arrogante é ele [jornalista alemão]. A gente é apenas sonhador”, afirmou o Pombo, para depois completar.
“Sonhamos com essa sexta estrela faz tempo e vamos buscar, eles querendo ou não estamos aqui para isso. Esse cara é um babaca de chamar o Neymar de egoísta. Também não conheço ele, não quero saber dele. Esse é nosso sonho. Quando cheguei no quarto, vi minha foto de criancinha, me emocionei. Neymar postou aquilo porque quer ganhar, é o sonho dele”.
Antes de desembarcar no Catar, Neymar já havia demonstrado confiança no título. “Os últimos serão os primeiros”, comentou em uma publicação da 'TNT Sports' que informava que o Brasil seria o último dos países participantes a chegar na sede do torneio.
Em busca da sexta estrela, a seleção brasileira do confiante camisa 10 estreará contra a Sérvia hoje, às 16h (horário de Brasília), no Estádio Lusail.
Melhor do que Neymar
Ter confiança é importante para um jogador de futebol. Mas a autoestima de Mohammed Kudus, meia-atacante da seleção de Gana, está lá em cima.
O jogador do Ajax, de 22 anos, afirmou ao "The Guardian", da Inglaterra, que é melhor do que Neymar e um dos melhores jogadores da Copa do Mundo 2022.
“Hoje, não é melhor do que eu. Ele [Neymar] é apenas um jogador mais famoso, só isso”, disse Mohammed Kudus.
Curiosamente, Kudus se envolveu em provocações com Neymar no último amistoso entre Brasil e Gana. Em setembro deste ano, a seleção comandada por Tite venceu os rivais por 3 a 0.
Na ocasião, os jogadores se provocaram e trocaram chegadas mais fortes. Já no Mundial, eles podem se encontrar novamente nas oitavas, dependendo da posição de cada país ao final da fase de grupos.
Thiago Silva cita confiança
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Escolhido para ser o capitão da seleção brasileira na estreia da equipe na Copa do Mundo, Thiago Silva disse sentir, na véspera da partida contra a Sérvia, uma mistura de confiança e nervosismo.
“Sempre estive bem preparado para todas as situações. É um momento especial e agradeço a confiança da comissão técnica para ser capitão neste jogo” declarou o zagueiro em entrevista a jornalistas.
“É tiro curto e a gente tem de estar superpreparado porque sabe que o empate no primeiro jogo dá uma pressão extra. Nervosismo faz parte, mas a gente está preparado para isso”, acrescentou o jogador de 38 anos.
O jogo diante da Sérvia é amanhã, às 16h (horário de Brasília), no estádio Lusail, o mesmo que abrigará a decisão do Mundial do Catar.
Thiago Silva, que foi capitão e titular da seleção na Copa de 2014, quando o Brasil ficou na quarta posição daquele Mundial, disse ainda que “o que a gente pode passar para o torcedor é o que a gente passa entre nós. De acreditar no que fizemos até este momento. Uma posição favorável de estar bem em todos os sentidos”.
O jogador do Chelsea, que formará com Marquinhos, do PSG, a dupla de zaga da equipe de Tite, enfatizou que o clima nos treinamentos e o ambiente da seleção são muito bons.
Thiago Silva citou também a última conquista do Brasil em Copa do Mundo, o pentacampeonato, na Coreia do Sul e no Japão, 20 anos atrás
“O fato de termos vencido em 2002 serve de grande inspiração para todos nós. No CT [centro de treinamento] tem algumas imagens não só de 2002, como de todas as seleções [brasileiras] que marcaram na história. Isso nos deixa confiantes e motivados”.
O capitão da seleção prosseguiu: “A gente sabe que depende apenas das nossas próprias forças. A atmosfera entre a gente é supersaudável. A gente procura ser nós mesmos, independentemente de onde a gente esteja. Mistura de [jogadores] experientes com mais jovens traz uma conexão legal”.
Para o jogador, ter no time, em ampla maioria, atletas acostumados a atuar nas grandes ligas nacionais europeias é um trunfo no Mundial, principalmente para os estreantes no torneio.
“Esses jogadores que estão disputando a primeira Copa do Mundo são jogadores acostumados a grandes jogos na Europa. Ganharam Champions League e foram decisivos, como Vini [Vinicius Junior]. Eles têm de ser eles, sem inventar. No nosso grupo não tem vaidade nenhuma”.
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