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Esportes

Clubes brasileiros reforçam inclusão e implantam salas sensoriais para autistas nos estádios


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Mais novo campeão da Copa Libertadores, o Botafogo aderiu a uma nova tendência entre os clubes brasileiros. O time carioca inaugurou uma sala sensorial no estádio Engenhão para atender crianças que possuem autismo e oferecer um ambiente que atenda todas as necessidades dos torcedores diagnosticados com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O clube carioca é o último de uma lista de clubes que vem reforçando a inclusão em seus estádios, caso de Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Atlético-MG e Internacional. Todos contam com um espaço específico e adaptado para os torcedores diagnosticados com TEA.

Instalado no Setor Leste Inferior do Engenhão, o chamado "Aconchego Glorioso" ocupa uma área de 40 metros quadrados. O espaço foi cuidadosamente planejado com elementos que favorecem a regulação emocional e atendem às necessidades sensoriais dos usuários, como almofadas, piscina de bolinhas, parede de escalada e até uma plataforma suspensa.

A criação de locais adaptados para pessoas com autismo nos estádios do futebol brasileiro se tornou uma tendência nos últimos anos. O Coritiba foi o time pioneiro no oferecimento de um espaço inclusivo para este público em sua casa. Além disso, o clube conta com o apoio da torcida "Autistas Alviverdes Coritiba".

"O projeto acústico das paredes e do teto foi elaborado para reduzir ao máximo o nível de ruído dentro do estádio, enquanto o mobiliário foi pensado para proporcionar maior conforto e acessibilidade aos torcedores autistas. Com essa iniciativa pioneira no Brasil, conseguimos promover a inclusão no Couto Pereira e oferecer um atendimento especial para essa comunidade de fãs", diz Henrique Aguiar, gerente de negócios do Coritiba.

O Sport é outro clube engajado com o bem-estar do público autista. O clube já levou um grupo de torcedores diagnosticados com TEA para acompanhar uma partida contra o Vila Nova, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Na oportunidade, um deles chegou até a puxar o tradicional cântico "Cazá Cazá" no microfone da Arena Pernambuco.

Em parceria com o Instituto Somar, o Sport disponibiliza em sua sede social uma clínica para atendimento a autistas. Com área de 1.800 metros quadrados, o espaço tem capacidade para até 100 atendimentos por dia. "Consolidamos o Sport como um clube que trabalha forte o seu lado social. As ações já realizadas provam isso. A Somar, que faz um trabalho espetacular, tem contribuído ainda mais com o nosso propósito", comenta Yuri Romão, presidente do Sport.

Desde o ano passado, o Goiás possui um camarote feito especialmente para pessoas com autismo e TDAH. O clube goiano já realizou diversas ações inclusivas nos últimos anos. Em duelo com a Ponte Preta, pela Série B, os atletas entraram em campo com uma camisa para trazer atenção para o TEA e os jogadores receberam cartas de torcedores mirins com o transtorno.

"No estádio Hailé Pinheiro, oferecemos um camarote adaptado para o público autista, visando garantir uma experiência acessível e confortável para todos os torcedores esmeraldinos. Além disso, desenvolvemos diversas ações para promover a conscientização sobre essa causa", explica Jessica Rezende, diretora de marketing do Goiás.

O Fortaleza, em parceria com a Volt Sport, fornecedora de material esportivo do clube, lançou uma camisa especial em abril para homenagear o Dia Mundial do Autismo. O time oferece abafadores sonoros para os torcedores diagnosticados com o TEA. Os fãs que quiserem utilizar o produto precisam somente solicitar o equipamento até um dia antes da partida.

"No Fortaleza, independente das condições dos fãs, acreditamos que todos têm o direito de viver a paixão pelo clube, sem exceção. Estamos comprometidos em oferecer um ambiente inclusivo para nossos torcedores autistas", afirma Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.

No Rio Grande do Sul, o Juventude realiza diversas ativações voltadas para os torcedores com TEA, como camarotes exclusivos para as famílias que possuem membros com autismo, entrega de fones redutores de ruído e projetos para a comunidade, exemplo da criação da torcida organizada "Jaconista", que é exclusiva para este público.

"O Juventude sempre está em contato com as entidades que atuam em prol dos autistas para tornar, cada vez mais, as partidas em experiências positivas para este público. O clube busca acolhê-los, pois acredita que todos têm o direito de ir ao estádio e torcer pela sua equipe", diz Fabiano Pizetta, diretor de marketing e ações sociais do Juventude.

Na capital paulista, os três grandes clubes - Palmeiras, Corinthians e São Paulo - contam com espaços adequados para os autistas em seus respectivos estádios. Neste ano, o Allianz Parque, casa do time alviverde, inaugurou uma sala sensorial que acolhe portadores do TEA que desejam acompanhar o time do coração in loco.

O local apresenta equipamentos adaptados e profissionais capacitados para auxiliar os fãs. A sala também recebe pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Desenvolvimento de Linguagem (TDL) e Síndrome de Down. O espaço foi projetado com tratamento acústico, o que reduz o som externo em 40 decibéis.

"O Allianz Parque recebe um público muito diverso e queremos que todos se sintam incluídos. Nosso objetivo é promover experiências memoráveis para os fãs e buscamos atender todas as diferentes características e necessidades", afirma Adriana Martins de Oliveira, gerente de sustentabilidade da Wtorre, empresa que administra o estádio.

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