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Esportes

Capixaba é apontado como sucessor de medalhista olímpico na marcha atlética

Davi Gabriel, de 16 anos, empilha títulos na marcha atlética e é tido como sucessor de Caio Bonfim, como disse o pai do medalhista olímpico


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Imagem ilustrativa da imagem Capixaba é apontado como sucessor de medalhista olímpico na marcha atlética
DAVI GABRIEL treina na Estação Conhecimento, na Serra: o garoto pratica a marcha atlética há três anos e já conquistou medalhas em diversas competições |  Foto: FÁBIO NUNES/AT

“Brabo” é uma gíria brasileira que descreve pessoas extremamente talentosas em determinada área. É assim que uma joia da marcha atlética que está surgindo no Espírito Santo, Davi Gabriel Bastos da Silva, chama o seu ídolo, Caio Bonfim, medalhista de prata nas Olimpíadas de Paris na modalidade.

Davi já recebeu uma medalha de Caio Bonfim, ao vencer uma competição, e também foi elogiado por João Sena, o pai do “Brabo” – como diz o garoto de 16 anos –, que o apontou como sucessor do marchador profissional.

Nascido e criado no bairro Nova Carapina II, na Serra, Davi foi premiado em diversas competições e categorias, tais como o primeiro lugar no Brasileiro Sub-16 e Sub-18, nos Jogos da Juventude e na Copa Brasil Sub-18, além da medalha de prata no Sul-Americano.

Em entrevista para A Tribuna, Davi falou sobre conquistas e objetivos e como lida com a comparação feita com Caio.

A TRIBUNA – Quando começou a competir e como surgiu o interesse pela marcha atlética?

Davi Gabriel – A primeira vez que corri foi em 2018, na maratoninha de mil metros. Comecei a competir em 2021, mas o interesse surgiu no Rio de Janeiro, durante uma brincadeira na praia. O Diogo (Mello, treinador) brincou comigo, sugerindo que eu fizesse marcha atlética e competisse. Treinei uma vez, participei de uma competição e, desde então, a marcha atlética se tornou o que eu mais gosto.

O que achou da fala do pai do Caio Bonfim, João Sena, sobre você ser o sucessor do filho dele (Caio Bonfim) no esporte?

O pai do “Brabo” disse isso para mim quando saí da pista no Brasileiro Sub-16. Fiquei muito feliz. Quero continuar trabalhando para alcançar objetivos maiores, sem me acomodar ou desistir.

Você já conheceu o Caio Bonfim pessoalmente?

A primeira vez foi no começo de 2023, na Copa Brasil, em Brasília. Fiquei impressionado ao vê-lo marchando. Tirei uma foto, abracei e recebi minha primeira medalha fora do Estado das mãos dele.

Quais suas referências e inspirações na vida e no esporte?

No atletismo, o Caio Bonfim. E na vida, o Diogo, meu treinador, é uma pessoa que me aconselha em muitas coisas e me dá uma visão de futuro. Me inspiro muito nele.

Você pensa em se profissionalizar?

Sim, pretendo seguir a carreira no atletismo. É um projeto de vida.

Treina com que frequência?

Treino todos os dias de manhã, de segunda a sexta-feira, durante duas horas, entre 8h e 10 horas, na Estação Conhecimento, na Serra.

Qual é seu recorde de tempo e as próximas metas?

Meu recorde nos 10 km é 50min06s. Mas, para este ano, pretendo fazer uns 47 minutos. E no próximo ano, gostaria de alcançar algo em torno de 44 ou 45 minutos.

Quando um adversário está se aproximando ou te ultrapassa, o que você sente?

Eu fico “doido”. Começo a fazer mais do que eu posso. Dou o sangue e a vida pela vitória.

Qual foi seu sentimento de representar o País e ser vice-campeão sul-americano na marcha atlética?

Foi um sentimento único conquistar uma medalha de prata. Fiquei muito feliz.

O que significa a marcha atlética para você?

A marcha atlética é essencial e uma prioridade na minha vida.

Como seus familiares se sentem com suas conquistas e quais dicas te passam?

Eles se sentem muito orgulhosos, mas minha mãe (Erika Bastos) e avó (Eliria Bastos) falam para também dar valor aos estudos.

Sobre sua rotina, como concilia todas as obrigações?

Estudo à noite (Emef Jonas Farias, em Nova Carapina II) e, às vezes, é difícil conciliar tudo: escola, namoro e treinamentos.

“O Davi já se tornou uma realidade”, diz o treinador

Davi Gabriel Bastos da Silva participa do projeto social Estação Conhecimento de Serra e é treinado pelo gaúcho Diogo Mello, de 31 anos, que já foi sete vezes campeão brasileiro de marcha atlética e adversário de Caio Bonfim.

O técnico se sente feliz por ter um atleta com tanto talento.

“É muito gratificante ver que nosso trabalho deu resultados, tanto dentro quanto fora das pistas. Acompanhar o desenvolvimento pessoal e profissional dele, e suas conquistas, é incrível. Isso mostra que podemos plantar hoje e colher frutos no futuro”, disse, exaltando ainda mais o garoto.

“Ele é uma promessa que já se tornou uma realidade. Os treinamentos e as competições em que estamos participando refletem isso. Ele é um dos grandes nomes da marcha atlética brasileira na sua categoria”, acredita.

Durante as competições, Diogo revela que nem sempre pode comparecer, mas que as dicas são dadas ao atleta antes das provas. “A principal dica que sempre passo antes das competições é para ele não se afobar. É importante não deixar que a emoção suba à cabeça. Devemos focar no que treinamos, mantendo um ritmo objetivo e as estratégias pré-definidas”.

“Correr e marchar é algo que qualquer um pode fazer, até um cavalo. Se ele não estudar e não aproveitar as oportunidades que o esporte oferece, não vai a lugar nenhum. O objetivo dele deve ser estudar, participar das competições e se tornar um bom cidadão”, completou o treinador.

Diogo Mello, no entanto, pondera sobre as questões das prioridades de Davi. “Ele é muito focado nos objetivos que deseja alcançar e dá prioridade a tudo o que considera importante no momento. Mas isso só acontece se ele realmente quiser. O desafio está nas prioridades”.

SAIBA MAIS

História

A Marcha atlética é uma modalidade do atletismo onde se executa uma progressão de passos de maneira que o atleta sempre mantenha contato com o solo com, pelo menos, um dos pés. A perna que avança tem de estar reta, (ou seja, não flexionada) desde o momento do primeiro contato com o solo até que se encontre em posição vertical.

a modalidade foi integrada aos Jogos Olímpicos em 1900 e, em 1992, passou a ser disputada também pela categoria feminina.

A marcha atlética é uma atividade em que a resistência e a técnica do atleta são fundamentais.

O maior nome da marcha atlética em todos os tempos é o do polonês Robert Korzeniowski, tetracampeão olímpico e tricampeão mundial, nas distâncias de 20 km e 50 km, entre 1996 e 2004.

Caio Bonfim é o único esportista brasileiro a obter uma medalha olímpica nesse esporte, feito obtido nas Olimpíadas de Paris-2024 na modalidade de 20 km marcha. Nascido em Distrito Federal, o atleta tem 33 anos.

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