Campeã do hipismo desiste das Olimpíadas após vídeo de maus-tratos com cavalo
Adestradora multicampeã olímpica também foi suspensa
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Poucas horas depois de anunciar sua desistência de disputar os Jogos Olímpicos de Paris, a adestradora multicampeã olímpica Charlotte Dujardin foi suspensa pela Federação Equestre Internacional (FEI). O motivo de seu afastamento da Olimpíada foi um vídeo que veio à tona e mostra atleta maltratando um cavalo durante um treinamento.
Mesmo já tendo se passado quatro anos desde a gravação do episódio, o vídeo passou a circular às vésperas da competição em Paris. Veículos britânicos foram os primeiros a exibir as imagens. Na sequência, Charlotte se pronunciou e antecipou a decisão da FEI afirmando que não participaria dos Jogos neste ano. A britânica foi suspensa por seis meses.
A adestradora é dona de duas medalhas de ouro em Londres (2012), uma no Rio de Janeiro (2016), além de mais uma prata nos Jogos do Brasil e dois bronzes em Tóquio (2020).
Em sua publicação, ela explica a data antiga da gravação e admite que teve uma má conduta com o animal. A atleta disse estar envergonhada e se mostrou compreensiva com as investigações sobre o caso movidas pela federação.
"Surgiu um vídeo de quatro anos atrás que me mostra cometendo um erro de julgamento durante uma sessão de treinamento. Compreensivelmente, a Federação Internacional de Esportes Equestres (FEI) está investigando o caso, e tomei a decisão de me afastar de todas as competições, inclusive os Jogos Olímpicos (...) O que aconteceu foi completamente fora do meu normal e não reflete como eu treino meus cavalos ou meus alunos; no entanto, não há desculpas", escreveu no post.
O presidente da FEI, Ingmar De Vos, afirmou que a atleta cooperou com as investigações do caso, confirmou que era ela nas imagens e demonstrou arrependimento diante da situação. Mesmo assim, o gestor da federação reafirmou a responsabilidade do órgão de punir Charlotte.
"Estamos muito desapontados com este caso, especialmente por estar tão próximo dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. No entanto é nossa responsabilidade e crucial que abordemos qualquer caso de abuso, já que o bem-estar dos cavalos não pode ser comprometido", diz o comunicado.
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