ANÁLISE: A bola mal rolou, mas Copa do Mundo de 2023 já é histórica
De primeiras vezes até a última dança da Rainha, a Copa do Mundo feminina começa nesta quinta e já está marcada na história
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A Copa do Mundo feminina chega a sua nona edição e a competição já se mostra histórica. Pela primeira vez desde que o Mundial começou a ser organizado para as mulheres - lá em 1991, o torneio contará com a participação de 32 seleções - oito a mais do que na última Copa, realizada em 2019. Além disso, é a primeira vez na história que a Oceania sedia o campeonato, com a candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia.
O Mundial começou na madrugada desta quinta-feira (20), às 4 horas (horário de Brasília), com o confronto entre Nova Zelândia e Noruega. Nesta edição, oito seleções vão competir na Copa do Mundo pela primeira vez, trazendo ainda mais emoção e competitividade para o maior evento da modalidade.
Enquanto Filipinas, Haiti, Irlanda, Marrocos, Panamá, Portugal, Vietnã e Zâmbia fazem a sua estreia, seleções tradicionais como Estados Unidos (4x campeã Mundial), Alemanha (2x campeã Mundial) e o próprio Brasil (que ainda não conquistou a sua primeira estrela, mas esteve presente em todas as Copas realizadas até aqui) chegam ao torneio mirando apenas o lugar mais alto do pódio.
Com tantas primeiras vezes, a Copa do Mundo feminina já tem um lugar marcado na história. No entanto, se espera que ela siga batendo recordes.
Em 2019, o Mundial foi assistido por 1,12 bilhões de pessoas - se transformando na Copa feminina mais vista da história. Este ano a expectativa é que este número cresça ainda mais. Isso porque, olhando apenas para o Brasil, já é possível observar mudanças positivas.
Assim como na última edição do torneio, todos os jogos da Seleção Brasileira serão transmitidos pela TV Aberta. No entanto, a principal novidade vem dos serviços de streaming. A CazéTV (8,36 milhões de inscritos), canal do streamer Casimiro, transmitirá todos os jogos da Copa do Mundo através da Twitch e do Youtube, o que permitirá que qualquer pessoa com internet acompanhe os confrontos do Mundial.
Jogos que, em outro momento, não seriam transmitidos com tanta facilidade para o público brasileiro, estarão disponíveis na palma da nossa mão. Sendo assim, não é errado esperar que a visibilidade aumente e que um público ainda maior seja alcançado.
Por fim, mas não menos importante, a Copa do Mundo de 2023 marca também a "última dança" da Rainha Marta. Presente em todos os Mundiais desde 2003, a camisa 10 da Seleção Brasileira vai disputar a sua sexta Copa do Mundo e também a sua última.
Com 37 anos (20 deles vestindo a Amarelinha), a maior jogadora de futebol de todos os tempos - eleita seis vezes a melhor do mundo, busca o título mais importante de sua carreira pela última vez. Ela, que já é a maior artilheira de todas as Copas do Mundo (entre homens e mulheres) com 17 gols, vai com tudo em busca da estrela inédita.
Para isso, Marta conta com o apoio de uma seleção renovada, mas sem nomes importantes como de Cristiane e Formiga. Se os deuses do futebol olharem por ela, assim como olharam para Lionel Messi em 2022, a Copa do Mundo de 2023 poderá ser marcada para sempre na história como sendo aquela em que o Brasil ganhou seu primeiro título e, também, aquela em que a Rainha Marta finalmente conseguiu o título que faltava em sua carreira - para não abrir espaço para que questionem a sua grandiosidade.
O Brasil (Grupo F) estreia no Mundial na próxima segunda-feira (24), contra o Panamá, às 8h (horário de Brasília). Além do estreante na Copa, a Seleção Brasileira também tem pela frente na fase de grupos a França e a Jamaica.
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