Espírito Santo...
Por incrível que pareça, vem da Federação do Espírito Santo a decisão que deveria ser a mais sensata para a retomada do futebol no País.
Segundo o jornalista capixaba Flávio Dias, a proposta do presidente Gustavo Vieira, já aprovada pelos clubes, é de só retomar os treinos quando a Secretaria de Educação do Estado receber da pasta da Saúde a liberação para a volta às aulas presenciais dos alunos da rede de ensino.
Extremista ou inadequada, em tese, esta deveria ser a preocupação maior da sociedade.
E fico feliz com o fato de representantes do Botafogo e do Fluminense não terem assinado a carta que a Federação do Rio de Janeiro publicou em seu site, na última sexta-feira, pedindo o retorno dos jogadores aos treinos.
Cercadinho
Mostra que, mesmo no inferno em que vivemos, há quem pense no todo e não apenas no seu cercadinho.
Vejam bem: o documento, referendado pelos presidentes de Flamengo e de Vasco, ganhou publicidade justo num dia em que o Rio de Janeiro chegou à marca de 1.394 mortes pela doença.
Crítica
O economista Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente do Botafogo, hoje um homem forte no Conselho Gestor do clube, voltou a criticar, e com toda a razão, o comportamento de rubro-negros e vascaínos.
E, de novo, bateu forte nos homens do Flamengo, que na semana passada perdeu para a Covid-19 um dos funcionários mais antigos do seu vestiário.
“O clube tem 38 infectados. E não joga sozinho. Estamos chegando a mil mortos por dia no país. Um clube como o Flamengo tinha de ser grande dentro e fora do campo. Acho pouco caso com a morte do Jorginho (o massagista falecido).
A esta altura, já não deveria se preocupar só em comprar mais testes para os jogadores. Mas, também, em providenciar respiradores...”, sustentou, reiterando que o elenco alvinegro não volta a treinar enquanto não houver segurança para todos. Empatia é isso...