Vitória é referência em educação integral
Em quatro anos, número de instituições de tempo integral em Vitória saltou de 4 para 41. Alunos passam 9 horas por dia na escola
A educação em tempo integral colocou Vitória em destaque nacional. A capital tornou-se referência ao oferecer aprendizagem ampliada, com estudantes permanecendo nove horas por dia nas escolas, em vez das cinco do turno tradicional. Nesse modelo, eles acessam conteúdos além do aspecto técnico e desenvolvem um plano de vida que estimula diferentes competências.
De 2021 até agora, o número de escolas de tempo integral passou de quatro para 41, com previsão de aumento no próximo ano. Todas as regiões têm unidades que atendem desde bebês de seis meses até alunos do 9º ano, beneficiando cerca de dez mil estudantes.
A secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner, explica que a proposta pedagógica valoriza a formação humana, o desenvolvimento físico e motor e as atividades cognitivas.
“O objetivo é formar pessoas integralmente, permitindo que crianças e adolescentes aprendam também sobre habilidades emocionais, autonomia, protagonismo, projeto de vida e relações afetivas. Em uma sociedade imediatista e marcada por inovações, a intenção é que levem para fora da escola convivência saudável, comunicação não violenta, boas regras sociais e o despertar de vocações”, destaca.
Juliana lembra que, enquanto as famílias trabalham, os estudantes permanecem em ambiente seguro e que pesquisas relacionam a educação integral à redução da criminalidade.
O município também garante alimentação equilibrada com quatro refeições diárias, equivalentes a 70% do aporte nutricional. A matrícula pode ser solicitada pelo portal Vitória Online ou em qualquer escola, com direcionamento conforme endereço e disponibilidade de vagas.
Segunda capital do Brasil em alfabetização
Vitória alcançou o segundo maior índice de alfabetização de crianças até a 2ª série entre as capitais brasileiras, atrás apenas de Fortaleza, segundo o Indicador Criança Alfabetizada do MEC.
Em 2021, estava na 12ª posição. O percentual de alfabetização até os 7 anos subiu de 28% para 73,2%, resultado que garantiu o Selo Ouro em Alfabetização.
Estar alfabetizado significa ler e compreender, o que, segundo Juliana Rohsner, garante bom desempenho ao longo dos anos escolares. Ela destaca que déficits nos primeiros anos acompanham o estudante e aumentam o risco de abandono no 5º ano, ampliando vulnerabilidade social.
A alfabetização plena deixou de ser privilégio de algumas regiões e hoje se consolida em todo o município. A secretária reforça que nenhum território pode ficar para trás e que todas as crianças têm direito a bons professores.
O Programa Educar para Vitória impulsionou esse avanço ao atuar em três eixos: formação dos professores, assessoria às instituições e gestores e monitoramento do aprendizado. Os profissionais se qualificam dentro e fora do horário de trabalho, com bolsas e financiamento.
A secretaria passou a apoiar diretamente as equipes escolares, e o monitoramento inclui avaliações próprias da rede, além das provas das escolas.
Merenda escolar garante alimentação equilibrada
Todos os alunos da rede municipal recebem merenda escolar. Vitória investe mais de R$ 9 milhões anuais, além dos recursos federais, e foi premiada pelo Conselho de Alimentação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
No tempo normal, os estudantes recebem colação e almoço. No tempo integral, eles também têm lanche da tarde e jantar, totalizando quatro refeições.
O cardápio não tem produtos industrializados e é preparado nas escolas. Crianças de até três anos recebem refeições sem açúcar, e alunos com restrições alimentares têm cardápios específicos. A compra envolve cooperativas da agricultura familiar do Espírito Santo, garantindo alimentos frescos e renda aos produtores.
Cursinho Pré-Ifes para todos os alunos da rede pública
A atual gestão implantou cursinho preparatório para o Ifes, garantindo continuidade da educação de qualidade após o ensino fundamental. Nos dois últimos anos, houve vagas suficientes para todos os estudantes do 9º ano interessados. Neste ano, 23 escolas funcionaram como polos, atendendo 1033 alunos.
Segundo a secretária municipal de Educação, Juliana Rohsner, todas as vagas do Ifes destinadas a estudantes de escolas públicas foram ocupadas por alunos da rede municipal, com aprovações em todas as regiões. As aulas ocorrem à noite, quatro vezes por semana, com oferta de jantar antes da imersão nos conteúdos.
FALA, SECRETÁRIA!
“O objetivo é formar pessoas integralmente, permitindo que crianças e adolescentes aprendam também sobre habilidades emocionais, autonomia, protagonismo, projeto de vida e relações afetivas. JULIANA ROHSNER, secretária municipal de Educação, JULIANA ROHSNER, secretária municipal de Educação
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