Tecnologia e engenharias têm mais chances para recém-formados
Na área de tecnologia da informação, 82% dos recém-formados declararam estar trabalhando. Nas engenharias, são 77%
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Fim de ano, para muitos, é época de se dedicar às últimas provas do calendário escolar, se preparar para formatura, curtir férias e também momento de escolher a profissão. Para quem está em dúvida, uma pesquisa revela as áreas com mais chance de emprego para recém-formados.
Os profissionais da área de tecnologia da informação estão no topo da lista, com 82% que declararam estar trabalhando, 77% deles na área de graduação, segundo levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).
Nas engenharias, 77% estão contribuindo no mercado de trabalho, 93% trabalhando na área.
Celso Niskier, diretor presidente da ABMES, cita que na engenharia houve uma redução grande de formandos nos últimos anos, e consequentemente há muita oferta de vagas para poucos candidatos.
“Já na computação, a maior empregabilidade está relacionada ao gap de mão de obra na área, que alguns estimam em 400 mil vagas não preenchidas no País”.
Paulo Vitor Bruno Onezorge, diretor-executivo da UCL, assegura que, no mercado de TI, já existem vagas ociosas e um estudo aponta que até 2025 haverá um déficit estimado de cerca de 800 mil profissionais da área no País.
Com relação à engenharia, ele destaca que quem escolhe estudar engenharia geralmente se posiciona no mercado e inicia a carreira imediatamente após a conclusão da graduação ou até antes de se formar.
Neidy Christo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-ES), confirma que essas duas áreas são promissoras no mercado de trabalho, tanto para recém-formados quanto para quem já está empregado.
“São profissionais altamente disputados, que têm recebido aumentos salariais significativos, sobretudo aqueles com experiência nas atividades mais procuradas pelas empresas”.
Ela ressalta que a escassez de mão de obra nessas áreas, sobretudo em TI, acontece não só no Brasil, mas no mundo. “Muitas vagas ficam abertas por meses. Isso é decorrência das mudanças de mercado e também da pandemia”.
Recém-formados no mercado de trabalho
Engenharia Química foi a área escolhida por Victor Hugo Requiere, de 34 anos. Formado pela UCL no primeiro semestre deste ano, ele faz mestrado e trabalha em uma grande siderúrgica no Estado.
“Já fui sondado por outras empresas, mas onde eu trabalho tenho certa estabilidade e gosto muito do ambiente”.
Rusley Silva Santos, 27, que cursa Sistemas de Informação na UCL, vai se formar no mês que vem e já está no mercado de trabalho. Ele diz que durante a pandemia ocorreu uma grande valorização na área.
“As empresas perceberam que podiam crescer no digital enquanto o físico estava suspenso e o mercado ficou bastante aquecido, com muitas vagas e salários de mais de cinco dígitos”.
Planos de carreira
Concurso público e ramo de negócios
Prestes a ingressar no mercado de trabalho, Gabriel Araújo, de 25 anos, que está cursando o 10º período de Arquitetura e Urbanismo na UniSales, fala dos seus planos profissionais, cuja tecnologia acaba sendo aliada na elaboração de projetos.
Na hora de escolher a área, ele não teve dúvida, já que desde pequeno se destacava pela criatividade em desenhos de casas e edifícios.
Inicialmente, ele deseja fazer concurso público, mas, no futuro próximo, pretende investir também no ramo de negócios, montando o seu próprio escritório.
Empregabilidade
Levantamento inédito foi realizado em parceria da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e a Symplicity, empresa de solução de software de empregabilidade e engajamento estudantil.
De acordo com o Índice ABMES/ Symplicity de Empregabilidade 2022 (IASE), divulgado recentemente, 69% dos egressos do ensino superior estão empregados após até um ano da colação de grau.
A taxa de ocupação é a mesma para os recém-formados, independe da modalidade do curso – seja presencial ou a distância – e a remuneração média geral é de R$ 3,8 mil.
A pesquisa, que ouviu 1.989 pessoas em todo o País, entre novembro de 2021 e maio deste ano, mostra que apesar do período pandêmico, o investimento na formação superior continua sendo muito importante para a empregabilidade.
Fonte: Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).
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