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Qualidade do ar

Três novas estações vão monitorar o ar da Grande Vitória

Fiscalização vai ser pelo modelo automático, que é utilizado para gases e materiais particulados finos, invisíveis a olho nu


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Imagem ilustrativa da imagem Três novas estações vão monitorar o ar da Grande Vitória
Estação de monitoramento na Enseada do Suá é um dos pontos em funcionamento hoje na Grande Vitória |  Foto: Helio Filho-Secom/Divulgação

Para reforçar o monitoramento da qualidade do ar na Grande Vitória, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) anunciou que serão instaladas mais três estações de fiscalização na Grande Vitória.

De acordo com o coordenador de Qualidade do Ar do Iema, Vinicius Rocha da Silva, o acompanhamento desses três novos locais, que ainda não foram definidos, terá monitoramento automático, utilizado para gases e materiais particulados finos, que são invisíveis a olho nu.

“As estações são compostas por analisadores capazes de fazer medições e estabelecer as concentrações médias para cada poluente, fornecendo o resultado de hora em hora e em tempo real. A expectativa é que essas novas estações sejam instaladas em até quatro anos”.

Segundo o coordenador, a melhoria e a ampliação das redes de monitoramento são projetos estratégicos do governo e, por isso, há também previsão de realocação de algumas estações.

“O Espírito Santo possui uma das melhores redes de monitoramento de qualidade do ar no Brasil, tanto em número proporcional por habitantes quanto em distribuição territorial. Inclusive, o Estado foi destaque em relatório divulgado no mês passado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente, intitulado 'Dimensionamento da Rede Básica de Monitoramento da Qualidade do Ar no Brasil'”.

Vinicius ressaltou ainda que está prevista uma série de melhorias estruturais por meio de aquisição de novos equipamentos de monitoramento e modernização do centro supervisório.

“Isso vai permitir um melhor gerenciamento de dados de qualidade do ar e publicidade das informações para a sociedade. Além disso, neste ano será contratado um serviço de atualização do Inventário de Fontes de Emissão Atmosférica para a Grande Vitória”.

O coordenador também comentou que, por meio de convênios firmados com Vale e ArcelorMittal, será feita a modernização da rede de monitoramento da Grande Vitória com a compra e a instalação de novos analisadores, melhorias operacionais no monitoramento, desenvolvimento de estudos ambientais, aquisição de sistemas mais eficientes para o monitoramento e transparência dos dados de qualidade do ar.

Ministério Público quer mudar sistema

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Ministério Público: monitoramento automático para o pó preto |  Foto: Lissa de Paula/Ales

Para tornar ainda mais moderna a fiscalização da qualidade do ar na Grande Vitória, o Ministério Público do Estado (MPES) afirma que busca formas para implementar o monitoramento automático da poeira sedimentável, conhecida como pó preto.

Atualmente, no Estado, essa medição é feita de forma manual, realizada por laboratório com amostras retiradas de coletores em pontos estratégicos da região metropolitana, de acordo com o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

Já no monitoramento automático, usado hoje no Estado para gases e materiais particulados finos, invisíveis a olho nu, suas estações são compostas por analisadores capazes de fazer medições e estabelecer as concentrações médias para cada poluente.

“O Ministério Público tem buscado junto ao governo do Estado, com a parceria do MPF (Ministério Público Federal), a implementação do monitoramento automático para a poeira sedimentável e uma legislação que avance nos padrões já estabelecidos”, frisou o promotor de Justiça Marcelo Lemos Vieira.

Além disso, segundo Lemos, é necessário haver uma comunicação mais efetiva do monitoramento da qualidade do ar para a sociedade.

“Monitorar de forma automática e instantânea as concentrações de poluentes na atmosfera, além de conhecer quais atividades estão contribuindo para o aumento desses poluentes, possibilitará ações rápidas e efetivas no controle da qualidade do ar do gestor ambiental e do Ministério Público”, ressaltou o promotor, que é dirigente do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa) do MPES.

“Fiscalizamos de perto o cumprimento da lei”, diz deputado

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Deputado Marcelo Santos: “Incentivamos a participação da comunidade” |  Foto: Divulgação

As ações da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) têm buscado garantir uma melhora cada vez maior da qualidade do ar no Estado, de acordo com o presidente da Casa, Marcelo Santos.

A intenção do Legislativo é fiscalizar para que todas as empresas e entidades se comprometam com as regras e a legislação em prol da saúde da sociedade e da preservação do meio ambiente.

“Como deputado e presidente do Legislativo capixaba, defendo a adoção de medidas práticas e eficazes para garantir um ar mais limpo e saudável para todos. Por isso, durante toda a minha história de vida pública, atuei, junto a diversas instituições, para que possamos garantir um desenvolvimento equilibrado entre o econômico, o social e o ambiental”.

O deputado ressaltou que a Ales monitora de perto o cumprimento de termos de compromisso, buscando a transparência e a responsabilidade por parte das empresas, mantendo diálogo aberto com todas as instituições.

“Nosso objetivo é que não sejamos entraves ao desenvolvimento, mas também não devemos nos esquecer da saúde dos capixabas. Em 2015, por exemplo, tivemos a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Pó Preto, que ouviu autoridades, representantes das empresas, médicos e cientistas para entender um pouco do mal que o pó preto faz na Grande Vitória. Na época, essa Comissão trouxe critérios para serem debatidos pela Comissão do Meio Ambiente, que resultaram em TCAs (Termos de Compromisso Ambiental), em parceria com o Ministério Público”.

Quanto à conscientização pública, o presidente da Ales ressalta que é essencial envolver a comunidade na proteção do meio ambiente.

“Estamos trabalhando com iniciativas para promover uma maior conscientização sobre a importância da qualidade do ar, incluindo campanhas educativas, seminários e parcerias com instituições”.

Ele concluiu: “Além disso, incentivamos a participação da comunidade em discussões e decisões relacionadas ao meio ambiente, buscando construir uma consciência coletiva sobre a necessidade de preservar nossa qualidade de vida e o meio ambiente”.

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