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Especial

Golpe do WhatsApp: mais de 60 vítimas por mês no ES

Os golpes do WhatsApp, como o que a servidora pública, de 57 anos, foi vítima, não são novos, mas continuam a dar prejuízos para vítimas no Estado.


Imagem ilustrativa da imagem Golpe do WhatsApp: mais de 60 vítimas por mês no ES
Ferramenta do Pix é usada por criminosos para transferências de valores conseguidos das vítimas de golpes |  Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Os golpes do WhatsApp, como o que a servidora pública, de 57 anos, foi vítima, não são novos, mas continuam a dar prejuízos para vítimas no Estado. Somente nos sete primeiros meses deste ano, cerca  de 420 pessoas foram vítimas do crime. 

O número  equivale a 60 golpes aplicados por mês, segundo dados da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). 

O delegado Brenno Andrade, titular da delegacia, reforçou que o número de casos pode  ser ainda maior, já que nem todas as vítimas registram as ocorrências.

“Em todos os casos, a orientação é que as vítimas que tiveram os aplicativos clonados ou alguém se passando por ela façam o boletim de  ocorrência. Ela pode ser feita pela internet  sem sair de casa”.

As informações podem ser conferidas no site delegaciaonline.sesp.es.gov.br.

Ele explicou que os golpes do WhatsApp mais praticados hoje são dois. 

Um deles é aquele em que os criminosos  usam a foto da vítima, com um outro número de telefone, para entrar em contato com parentes e pedir dinheiro. 

O outro é a clonagem do aplicativo de mensagens, feita geralmente com o pedido de um código para reinstalar o aplicativo  no aparelho que está nas mãos de criminosos. 

Dessa forma, a vítima perde acesso ao seu WhatsApp e os criminosos pedem dinheiro aos amigos e parentes.

Pix

Na  maioria dos casos em que o aplicativo é usado por criminosos para pedir dinheiro a parentes ou amigos, as transferências já são feitas por Pix

“O Pix é uma transação rápida e fácil, por isso tem sido usado de forma recorrente  na aplicação de golpes mais diversos”.

O delegado  ressaltou, no entanto, que a ferramenta é segura. “O Pix é uma transação segura. Mas ela requer  que as  pessoas  fiquem  atentas na hora de fazer transferências para outras pessoas, principalmente após pedidos feitos por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.”

Segundo  o  titular da delegacia, como muitas quadrilhas especializadas nesse tipo de golpes são de fora do Estado, é difícil para a vítima recuperar os valores  transferidos de volta. Os criminosos geralmente realizam saques das contas rapidamente. 

Bandidos investigam alvos

Imagem ilustrativa da imagem Golpe do WhatsApp: mais de 60 vítimas por mês no ES
Jovem usa redes sociais |  Foto: Jovem usa redes sociais

Para obter informações básicas de suas vítimas, criminosos chegam a fazer uma espécie de investigação da vida da pessoa antes de enviar qualquer mensagem ou de acioná-la. Segundo a polícia, redes sociais e banco de dados das vítimas, disponíveis na internet, são usados para isso.

“Nesse tipo de crime, os bandidos acabam tendo acesso a informações que ficam em bancos de dados  criados pelas instituições financeiras. Eles pegam a informação de uma pessoa, verificam a filiação dela, descobrem o telefone de um parente mais próximo e, logo depois, começam a pedir dinheiro”, explica o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.

Nesses casos, o delegado orienta que o ideal seria confirmar  a veracidade das informações por meio de videochamada. 

“Ou até mesmo chamada telefônica. Só que a pessoa não faz isso, acaba fazendo a transferência de dinheiro sem saber se é realmente seu parente. Então, orientamos que as pessoas em casa precisam confirmar se quem está conversando com você é realmente seu familiar”, disse.

O delegado alertou sobre as contas bancárias. “Principalmente se forem contas bancárias que estão em nome de outras pessoas. É necessário observar tudo isso”, orienta Brenno Andrade.

O delegado orientou sobre o momento em que as vítimas descobrem que a conversa se trata de um golpe. “ Quando isso acontece, o criminoso começa a ameaçar a  vítima, mostrando fotos de armas. Então, nunca debata com ele, simplesmente pare  a conversa,  o bloqueie e registre um boletim de ocorrência”, disse.

O delegado informou ainda que no caso do bandido preso em Goiás, a Polícia Civil capixaba vai continuar em  busca de outras vítimas aqui no Estado.

Limite e senhas para se proteger

Para evitar ser vítima de golpes envolvendo o Pix, especialistas apontam algumas medidas para se proteger como limitar o valor de transferências e senhas diferentes para as transações bancárias.

O especialista em crimes cibernéticos Eduardo Pinheiro ressaltou que as  pessoas precisam ficar atentas nas transações comerciais quando é solicitado pagamento por meio de Pix. 

“A modalidade de pagamento mascara os dados e a cidade da conta bancária do beneficiário”.

Ele frisou que, devido a avalanche de golpes envolvendo pagamentos via Pix,  é necessário  partir do pressuposto que pode se tratar de um golpe e buscar todas as garantias de que a transação é legítima. “Na dúvida é melhor não arriscar e preservar o seu dinheiro”.

O advogado especialista em Direito Digital e presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da Ordem dos Advogados do Brasil   seccional Espírito Santo (OAB-ES), Leandro Batista, salientou  que o  sistema bancário é constantemente usado por criminosos para aplicar golpes, então é preciso se proteger.

“É recomendável que o usuário acesse seu aplicativo bancário para alterar o limite diário de movimentações via Pix, pois desta forma criminosos terão um limite menor de movimentação”.

Ele também reforçou a necessidade de sempre ficar atento ao receber pedido de empréstimo de amigos ou parentes que entrarem em contato apenas por mensagens. “Faça um contato por voz, vídeo ou pessoalmente, antes de transferir qualquer valor”. 

Bancos

Sobre o tema, a Federação dos Bancos  (Febraban) informou que as tentativas de fraudes virtuais registradas com o Pix foram identificadas como ataques de phishing, que usam técnicas de engenharia social, que consistem em enganar o indivíduo para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões, e não tem origem em brechas no sistema, que é seguro.

COMO SE PROTEGER

Faça contato antes de transferir valores

Atenção para transferências

- Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica, por vídeo  ou pessoalmente. Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.

- Se desconfiar da mensagem, não conclua a operação, principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira.

Limites de Pix

- Pelos aplicativos bancários é possível colocar um limite para as  movimentações via Pix. 

- Desta forma criminosos terão um limite menor de movimentação e a vítima ganha tempo para o devido bloqueio junto ao banco.

Senhas de acesso

- Nunca utilize sua senha de acesso ao aplicativo do banco em outros aplicativos ou em cadastro de outros sites. Caso haja vazamento de senhas, o aplicativo bancário é o primeiro a ser acessado.  

Reconhecimento facial

- Evite utilizar reconhecimento facial como única alternativa de acesso em aplicativos bancários, pois existem vulnerabilidades do recurso com possibilidade de falsificações.

Links suspeitos

- Não clique em links recebidos por e-mail, mensagens de SMS, WhatsApp, redes sociais que direcionam a cadastros de chaves Pix.

Fonte: especialistas consultados. 

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