Arquitetura: foco no bem-estar
Profissionais do ramo estão cada vez mais atentos a projetos que facilitem seu dia a dia, com destaque para o meio ambiente
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A arquitetura e urbanismo seguem cada vez mais conectadas ao futuro. As tendências para 2023 são diversas, sempre com foco no bem-estar, qualidade de vida e atenção ao meio ambiente.
De acordo com o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), Heliomar Venâncio, após o período da pandemia, as pessoas ficaram mais atentas a projetos que facilitem seu dia a dia.
“O arquiteto e urbanista habilitado nunca foi tão solicitado para implementar as ideias de residências mais funcionais, com espaços de home office amplos, sem esquecer da beleza e também das cidades melhores”, destaca Venâncio. Entre as tendências que podem ser destacadas estão a Biofilia, as construções inteligentes, a sustentabilidade e o design universal.
A biofilia é uma tendência de se conectar com a natureza e a outras formas de ao que chamamos de “arquitetura verde”, onde a natureza e o verde são utilizados nos projetos.
“São projetos com jardins verticais, muitas plantas nos ambientes, iluminação natural, edificações com muita natureza utilizada nas fachadas, uso de elementos naturais, uma arquitetura consciente com o uso de materiais reflorestados, reciclados e do verde que vai crescer e dar vida ao ambiente”, pontua Venâncio.
Nas construções inteligentes não podemos deixar de mencionar a tecnologia e os impactos positivos que elas também proporcionam para o meio ambiente. “A sustentabilidade está diretamente ligada neste tópico”, diz Venâncio.
Segundo relatório desenvolvido pela IDC Energy Insights, as maiores organizações mundiais são incentivadas a implementar construções inteligentes. E o que são essas construções? São projetos que aliam tecnologia, sistemas automatizados, eficiência energética, monitoramento remoto e infraestrutura digital.
“No século 21 esta tendência foi crescendo e hoje segue forte por conta das vantagens deste tipo de construção”, afirma a vice-presidente do CAU/ES, Luciane Veiga.
“Ao mesmo tempo que projetamos residências e imóveis comerciais inteligentes, preservamos o meio ambiente. Como? Reaproveitamento de água, projetos que valorizam a iluminação natural e que automaticamente economizam energia elétrica, uso de painéis solares (muito em alta), sistemas de construções mais inteligentes, com automação, que oferecem benefícios na estrutura da obra, como evitar desperdícios auxiliando no orçamento e preservação da mão de obra”, destaca Luciane.
Mobilidade e inclusão em pauta
Um outro fator que promove o bem-estar é a inclusão. Em 2019, segundo dados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 17,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade (8,4% dessa população) tinham alguma das deficiências investigadas.
E, ainda segundo os dados da PNS, cerca de 8,5 milhões (24,8%) de idosos estavam nessa condição, que envolvem deficiência física, auditiva, mental e visual. Desta forma, o design universal é outra tendência na arquitetura.
De acordo com o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), Heliomar Venâncio, é necessário e fundamental promover a inclusão das pessoas com deficiência ou com problemas de mobilidade.
“É preciso pensar e planejar os espaços de forma inclusiva para que todas as pessoas possam utilizá-lo”, afirma o presidente da CAU/ES.
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