Samarco reutiliza cerca de 90% da água de produção

Reaproveitar a água é uma das prioridades da Samarco e um pilar essencial para a sustentabilidade de suas operações em Minas Gerais e no Espírito Santo. Atualmente, cerca de 90% da água utilizada no processo produtivo da mineração é reutilizada após tratamento e controle de qualidade.
“A água é um recurso valioso e reutilizá-la ao máximo é fundamental para garantir a continuidade da nossa atividade com responsabilidade ambiental”, afirmou Sérgio Mileipe, diretor de Operações da empresa.
Essa eficiência hídrica é viabilizada por um sistema integrado que começa no Complexo de Germano, em Mariana, Minas Gerais, e termina no Complexo de Ubu, em Anchieta, no Espírito Santo. O minério extraído é misturado com água tanto no processo de produção quanto no transporte por minerodutos de 400 quilômetros, que levam o material em forma de polpa para Anchieta.
Na chegada ao Espírito Santo, a água separada do minério é tratada em estações específicas e retorna ao processo, reduzindo a necessidade de captação. Ao final do processo produtivo, a Samarco entrega pelotas com alto padrão para o mercado global, com qualidade e responsabilidade socioambiental.
“Nosso compromisso é entregar um produto de excelência e gerar orgulho em cada empregado e contratado que faz parte dessa jornada”, diz Mileipe.
ENTENDA O PROCESSO PRODUTIVO
1. Mina e pilha pulmão
O minério de ferro é extraído das Minas de Alegria e transportado pelo sistema de correias de bancada até as pilhas pulmão.
2. Correia transportadora
Transporta o minério da pilha pulmão até o peneiramento e a britagem.
3. Peneiramento e britagem
O peneiramento classifica o tamanho dos grãos do minério. O material que não está adequado passa pela britagem, onde é quebrado até alcançar o tamanho ideal.
4. Pilha de regularização
Armazena o material recebido do peneiramento e britagem, que alimentará o concentrador, onde acontece o processo de enriquecimento do minério.
5. Moagem, deslamagem e flotação
Na moagem, as partículas da polpa são reduzidas e seguem para a deslamagem, onde acontece a retirada da sílica. Na flotação, a sílica é removida, resultando no minério concentrado. Nessa fase, é produzido o minério de ferro concentrado.

6. Espessamento e tanques de estocagem
Processo que retira parte da água do rejeito arenoso e da polpa de minério. A polpa concentrada segue para a filtragem e secagem até ser transportada para o Espírito Santo.
7. Filtragem de rejeito arenoso
O rejeito arenoso é bombeado até o sistema de filtragem. Após a retirada da água, é empilhado a seco.
8. Pilha de disposição de estéril e rejeitos - Sul
É o depósito destinado ao rejeito de minério.
9. Cava Alegria Sul
Estrutura confinada e segura, onde apenas parte do rejeito de lama (20%) é depositada.
10. Estação de bombas e minerodutos
A polpa é bombeada pela Estação de Bombas até os minerodutos, que a transportam de Minas Gerais ao Espírito Santo.
11. Torre gravimétrica
Ponto de chegada da polpa em Ubu, local para retirar a pressão do material e distribuí-lo para o início do processo.
12. Espessamento e tanque de homogeneização
No espessador, a polpa de minério de ferro torna-se densa e é direcionada aos tanques de homogeneização.
13. Filtragem de minério
A água é separada do minério de ferro moído, também chamado de pellet feed.
14. Bacia de polpa
Recebe a água que contém resíduos do processo produtivo e a direciona para tratamento. Também funciona como área de estocagem da polpa de minério.

15. Estações de tratamento de efluentes industriais
A água extraída da filtragem e de todo o processo produtivo é tratada e reaproveitada no próprio processo e na manutenção de áreas verdes.
16. Roller press
O fino de minério de ferro vai para prensas em formato de rolos (*roller press*), que garantem um tamanho mais uniforme dos grãos.
17. Prédio da Mistura
Local onde o minério recebe insumos que o preparam para o processo de produção de pelotas.
18. Pelotamento
Transforma a mistura do fino de minério de ferro em pelotas.
19. Precipitadores eletrostáticos
Capturam partículas ultrafinas resultantes do processo de manuseio e queima da pelota, evitando sua emissão para a atmosfera.
20. Fornos de endurecimento
As pelotas são queimadas e adquirem as propriedades adequadas de endurecimento para o embarque.
21. Peneiras classificadoras
Selecionam as pelotas que estão dentro da faixa de tamanho adequada.
22. Pátios de estocagem
Local onde o *pellet feed* é armazenado e as pelotas são empilhadas e separadas.

23. Wind fence
Estruturas que cercam os pátios de estocagem e reduzem a velocidade dos ventos, evitando que partículas finas sejam arrastadas.
24. Porto
Local onde as pelotas e o pellet feed são embarcados para o destino final.
Pioneirismo
As unidades da Samarco em Minas Gerais e no Espírito Santo são conectadas por minerodutos de cerca de 400 quilômetros cada. A empresa foi pioneira no Brasil no uso dessa tecnologia para o transporte de minério de ferro.
O resultado desse trabalho é uma operação que se destaca como uma das principais fornecedoras de pelotas e finos de minério de ferro no mercado transoceânico. A Samarco atua globalmente, atendendo à indústria siderúrgica com produtos de alta qualidade — como pelotas para altos-fornos, pelotas para redução direta, pellet feed e sinter feed — exportando para a Ásia, Américas, Europa, Oriente Médio e Norte da África.
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