Samarco completa 48 anos com operação mais segura
Mineradora investe em segurança e sustentabilidade, revendo seu modo de produção e sua cultura empresarial

A Samarco completou 48 anos marcada por uma trajetória de transformação. A empresa, que teve suas operações interrompidas por cinco anos após o rompimento da barragem de Fundão em 2015, em Mariana, Minas Gerais, tem trabalhado em sua reconstrução.
“O rompimento jamais será esquecido. Mas queremos ser reconhecidos como uma empresa que aprendeu com o passado, honra seus compromissos e compartilha valor com a sociedade, que investe em uma operação mais segura, sustentável, respeita as pessoas e é comprometida com a reparação de danos”, declarou Sérgio Mileipe, diretor de Operações da Samarco.
Desde a retomada gradual de suas atividades, iniciada em 2020, a companhia substituiu o uso de barragens de rejeito por tecnologias de filtragem e empilhamento a seco. “O rejeito ultrafino resultante do nosso processo produtivo é disposto de forma segura em cavas. Os outros 80% – a parte arenosa – são filtrados e empilhados a seco. A segurança é um dos nossos principais valores”, reforçou.
Outro diferencial da mineradora é a operação integrada entre Minas Gerais e Espírito Santo, conectada por cerca de 400 quilômetros de minerodutos. “Essa solução logística é pioneira e reduz custos e impactos ambientais”.
A Samarco também implantou o Centro de Operações Integradas (COI), que reúne todas as salas de controle do processo produtivo, sendo uma unidade em Minas Gerais e outra no Espírito Santo.
“Com o COI, passamos a ter uma visão sistêmica, com ganhos significativos em agilidade, segurança, precisão na análise de dados e tomada de decisão em tempo real”.
Atualmente com 60% da capacidade produtiva instalada, a Samarco planeja atingir 100% até 2028, seguindo critérios rigorosos de segurança. Em 2024, a empresa também assumiu, por meio do Novo Acordo do Rio Doce, a conclusão definitiva das indenizações individuais, os reassentamentos e as ações ambientais, além de repasses ao poder público para políticas públicas estruturantes.
Reconhecida como uma das melhores empresas para trabalhar no Brasil, a Samarco também tem passado por uma transformação em sua cultura organizacional. “Vivemos uma cultura que valoriza o aprendizado contínuo, a escuta genuína e a colaboração. A transformação se reflete nas atitudes, decisões e no ambiente que construímos todos os dias”, frisou Vera Lucia, gerente-geral de Pessoas e Cultura da Samarco.
SAIBA MAIS SOBRE O COI

Centro de Operações Integradas
> PARA GARANTIR a integração de todas as fases do processo produtivo, a Samarco implementou o Centro de Operações Integradas (COI).
> A EMPRESA conta com uma sala integrada no Complexo de Germano e outra em Ubu, inauguradas, respectivamente, em junho de 2022 e março de 2023. Nesses locais, estão reunidas todas as salas de controle, integrando o trabalho entre as equipes dos dois estados e fortalecendo o monitoramento de diferentes parâmetros do processo.
> ALÉM DA articulação com as áreas de planejamento, gestão de ativos, meio ambiente, engenharia de processo, marketing técnico, suprimentos, entre outras, o COI de Germano conecta as salas de controle, incluindo mina, britagem, filtragem de rejeitos, concentradores e minerodutos, com uma sala de transferência diretamente ligada à unidade de Ubu. O Centro capixaba reúne no mesmo local as áreas de recebimento de polpa de minérios, filtragem, pelotização, forno, pátios de estocagem e embarque de navios.
> COM A INTEGRAÇÃO, a Samarco tem mais assertividade em todas as suas tomadas de decisão, em tempo real. Há uma maior precisão na análise de dados, da mina ao porto.
Desafios e aprendizados formam a cultura da empresa

Ao longo de seus 48 anos, a Samarco passou por ciclos de crescimento e desafios. Toda essa experiência contribuiu para a formação da cultura organizacional, pautada por valores sólidos, como o respeito às pessoas, segurança, mobilização para resultados e integridade.
Com o rompimento da barragem de Fundão, foi iniciado o Projeto Fênix, fruto de reflexão sobre a identidade organizacional e o propósito para retomada das operações. Segundo a gerente-geral de Pessoas e Cultura da Samarco, Vera Lucia, trata-se de uma reconstrução humana e organizacional. Ela explicou que o primeiro passo foi reconhecer que a mudança precisaria envolver as pessoas.
“Entendemos que não seria possível ressignificar nossos valores, crenças e modelos mentais sem dialogar. Por isso, passamos a investir em um projeto de evolução cultural com diagnósticos organizacionais, escuta ativa, programas de desenvolvimento e ciclos de alinhamento com lideranças.”
Os valores, como segurança, respeito às pessoas, integridade e mobilização para resultados, foram alicerces da evolução. “Esses valores foram ressignificados a partir do envolvimento coletivo. Por exemplo, quando falamos em segurança, hoje também incluímos a segurança jurídica, financeira, operacional e psicológica. E, ao tratar de resultados, olhamos não só para o que alcançar, mas para como chegar lá”, afirmou Vera.
Ela destacou ainda que a liderança tem papel central nessa jornada. “Nossos líderes são agentes da cultura. Desenvolvemos esses profissionais para que possam engajar as equipes.”
A Samarco também fortaleceu o Programa de Compliance e estruturou políticas e ações que consolidam o novo momento, como a Política de Direitos Humanos e o combate ao assédio e à discriminação. “Também fortalecemos nossos canais de Ética e Ouvidoria Social, instrumentos essenciais de escuta e transparência.”
Segundo ela, essa evolução trouxe resultados concretos, que têm proporcionado reconhecimentos externos, como o “Lugar Mais Incrível para Trabalhar no Brasil (2024)”, da FIA.
Programa impulsiona a diversidade em contratações

A Samarco tem transformado seu compromisso com o respeito às diferenças em ações concretas por meio do Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I). O programa foi criado para fortalecer um ambiente inclusivo, seguro e saudável, alcançando resultados expressivos em diferentes frentes.
“O respeito às pessoas é um valor inegociável para nós. Queremos que cada pessoa possa ser quem é, com liberdade para contribuir e crescer”, afirmou Vera Lucia, gerente-geral de Pessoas e Cultura da empresa.
Hoje, as mulheres representam 29,1% do quadro próprio da empresa e 28,6% dos cargos de liderança. A representatividade de pessoas com deficiência alcançou 5,8%, incluindo a contratação da primeira liderança com deficiência. Entre pretos e pardos, são 58,5% no total de empregados e 35,6% em cargos de liderança, enquanto a comunidade LGBTI+ chega a 2,3% na liderança.
Segundo Vera Lucia, os resultados refletem um trabalho intencional e integrado. “Assumimos metas internas, aderimos a iniciativas setoriais como o Women in Mining e o grupo de DE&I do Ibram, e levamos essa agenda também para as nossas contratadas.”
Para ela, o programa vai além de normas. “Essa mudança diz respeito à forma como enxergamos o outro e reconhecemos os papéis na construção de um ambiente mais justo e respeitoso, e como passamos a agir de maneira mais intencional e responsável no cotidiano.”
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