Mobilização estratégica garantiu apoio às famílias
Ações imediatas levaram a resgates, assistência à comunidade local e obras para reforçar as estruturas e conter rejeitos.

Após o rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, em novembro de 2015, o distrito de Bento Rodrigues, localizado a oito quilômetros da barragem, foi o primeiro e mais afetado. O rejeito atingiu também o distrito vizinho de Paracatu de Baixo, ambos em Mariana. Parte de Gesteira, distrito rural de Barra Longa, teve casas e vias de acesso impactadas.
Para que as famílias recebessem apoio imediato e medidas de contenção fossem implementadas a fim de evitar novos riscos, a empresa e suas acionistas atuaram em duas frentes principais: o atendimento à população atingida e o reforço das estruturas remanescentes.
Segundo o gerente-geral de Suprimentos da Samarco, Jener de Oliveira, a prioridade foi chegar até as pessoas ilhadas em Bento Rodrigues e demais distritos. “Trabalhamos durante a madrugada para abrir acessos e resgatar as famílias. Em menos de 24 horas, todos estavam hospedados na rede hoteleira de Mariana, evitando que passassem mais de uma noite no ginásio da cidade”, afirmou.
De acordo com Jener, até a véspera do Natal, mais de 300 famílias já haviam sido transferidas para moradias temporárias alugadas, mobiliadas e adaptadas às necessidades de cada núcleo, em processo definido com participação do Ministério Público (MP) e da Comissão de Moradores. Também foram distribuídos cartões de auxílio financeiro emergencial, além de atendimento médico e psicológico diário, apoio escolar e cuidados com os animais resgatados.
Durante o período emergencial, a Defesa Civil atuou como canal central das demandas, enquanto a prefeitura de Mariana, o MP de Minas Gerais e os representantes dos moradores acompanharam e validaram as ações. “O valor que mais norteou nossas ações foi o respeito às pessoas”, destacou Jener.
Todas essas ações garantiram, em menos de dois meses, moradia, assistência e segurança para a população da região, ao mesmo tempo em que contiveram riscos ambientais adicionais. Entre as medidas de contenção na barragem, o objetivo das intervenções foi segurar os rejeitos e dar estabilidade às estruturas, com a construção de quatro contenções.

Limpeza de vias e obras emergenciais estiveram entre as ações realizadas
Logo após o rompimento da barragem de Fundão, a Samarco concentrou esforços em atender às necessidades imediatas das famílias atingidas.
Além do fornecimento de água potável, alimentação, itens de higiene e assistência social, a empresa atuou na recuperação da infraestrutura básica da região, com limpeza de vias de acesso, reconstrução de pontes e garantia de serviços como saúde e saneamento.
Com relação às obras emergenciais na barragem, quatro contenções internas foram construídas dentro de Fundão, além do Eixo 1 e da barragem de Nova Santarém, reforçadas por diques em Santarém e Bento Rodrigues. As medidas visaram conter rejeitos e dar estabilidade às estruturas.
Para o diretor Técnico e de Projetos da Samarco, Reuber Koury, reforçar a estabilidade geotécnica e reter sedimentos dentro dos limites de Germano foram fundamentais. “O resultado desse trabalho habilitou hoje termos uma estrutura já descaracterizada e outra em fase final, e a contenção de sedimentos gerou melhorias consistentes na qualidade da água depois da instalação dos diques.”
Após as ações de emergência, a Samarco iniciou o trabalho para o reassentamento das famílias dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, em Mariana, e Gesteira, em Barra Longa.
OPINIÃO
““Lidamos com uma situação sem precedentes, sem referências anteriores, e tivemos de criar soluções a partir da realidade que se apresentava.” JENER DE OLIVEIRA PONTES, gerente - geral de Suprimentos da Samarco, JENER DE OLIVEIRA PONTES, gerente - geral de Suprimentos da Samarco
Frente Humanitária com 300 funcionários
Logo após o rompimento da barragem de Fundão, a Samarco mobilizou mais de 300 funcionários para atuar diretamente na Frente Humanitária.
Segundo o gerente-geral de Suprimentos da Samarco, Jener de Oliveira Pontes, cada novo grupo de trabalhadores passava por visitas ao distrito de Bento Rodrigues para compreender a realidade das famílias atingidas e prestar atendimento com empatia. “A integridade também foi um princípio importante, sempre buscando fazer o que era certo”, destacou Jener.
Dessa mobilização surgiu a estruturação da Assistência Humanitária, voltada para atender às necessidades imediatas da população. Entre as medidas estavam o atendimento médico e psicológico diário nos hotéis, além da retomada da vida escolar dos alunos, com salas de aula e professores de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo transferidos para Mariana, em Minas Gerais.
A articulação com a Defesa Civil foi essencial para organizar as demandas, priorizar ações e garantir eficiência nas respostas. Uma central logística foi criada para atender necessidades de transporte, disponibilizando ônibus, vans, caminhonetes e até caminhões para levar silagem e caixas d’água.
LINHA DO TEMPO
1971
Nasce a Samarco a partir da união da Marcona Corporation e da S/A Mineração Trindade (Samitri), um projeto voltado para transformar o itabirito em produto de qualidade, com cerca de 70% de ferro.
1973
Criação da Samarco Mineração S.A.

1977
A Samarco inicia suas operações sendo a primeira empresa no Brasil a adotar o mineroduto, com quase 400 km, atravessando 24 municípios mineiros e capixabas, para o transporte de minério de ferro. Trata-se de uma solução logística única, mais segura e de menor impacto socioambiental. No mesmo ano, foi realizado o primeiro embarque no Porto de Ubu (ES), em agosto.

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