Incubação de negócios inovadores
Projeto contribui com a cultura empreendedora e com a construção de um ecossistema que facilite a formação de conexões

A Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) incentiva a inovação no Espírito Santo através do fomento para a incubação de negócios de base tecnológica.
O apoio é realizado com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar o Ciclo de Incubação, programa da TecVitória, primeira incubadora de empresas de base tecnológica do Estado, que acompanha e oferece mentorias para empreendimentos desde suas fases iniciais.
O projeto também contribui com a disseminação da cultura empreendedora, o crescimento e desenvolvimento econômico e a construção de um ecossistema estruturado que facilite a formação de conexões.
Outra ação é o Painel do Empreendedorismo do Espírito Santo, uma plataforma web de Business Analytics (BI) que fornecerá aos usuários conjuntos de dados e informações úteis ao segmento no Estado.
O objetivo é criar uma ferramenta de pesquisa para a geração de conhecimento acerca dos microempreendimentos, fomentando o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidência.
Esse projeto está sendo desenvolvido pela Aderes, por meio de colaboração com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação no Espírito Santo (Fapes) e pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Toolbox
Por meio da parceria entre a Aderes e o Ifes Viana, via Fapes, foi desenvolvido o Toolbox de Negócios de Impacto Social e Ambiental (Toolbox Nisa), uma plataforma on-line, de acesso gratuito, com finalidade de fomentar a atividade empreendedora voltada a gerar impacto social e ambiental, disponibilizando ferramentas de gestão destinadas à concepção, ao desenvolvimento e à gestão de negócios desse tipo.
A Agência também vem apoiando uma série de eventos com foco em ciência, tecnologia e inovação, como Inova ES, Inova ES Mulher Empreendedora, Inova Teclog, InovaWeek.
Conversa sobre inovação

A médica Carolina Fernandes Zatt, à esquerda, participou do Podcast da Aderes, com a jornalista Mariana Garrido, para uma conversa sobre ciência e inovação, já que essa é uma das áreas de atuação da autarquia. Carolina falou sobre a Lauduz, uma maleta que contém um ecossistema integrado de saúde digital criado por ela.
“Como médica de família, vivi de perto as dificuldades dos pacientes em conseguir consultas e exames especializados, principalmente em regiões mais afastadas. Foi a partir dessa realidade que nasceu a Lauduz”, explicou a médica.
O projeto foi contemplado em dois editais de fomento à inovação no Espírito Santo e hoje a empresa está sediada no Estado. Carolina compartilhou essa bem-sucedida experiência para inspirar outras empreendedoras.
Living Lab: transformação na prática

A Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Vitória (Ascamare) existe há 26 anos, com sede no bairro Consolação, em Vitória, e passou por um processo transformador, mudando completamente sua atuação e presença na comunidade.
Após passar por um processo inovador, chamado Living Lab, uma parceria entre Aderes e a Ufes, via Fapes, que englobou os princípios da economia circular, logística reversa e a incorporação da quíntupla hélice da inovação (sustentabilidade ambiental), a Ascamare viu o valor médio de comercialização do plástico aumentar em 40%.
O projeto contemplou ainda a educação socioambiental e de coleta de resíduos sólidos em duas escolas públicas do Território do Bem, uma ação bem acolhida pela comunidade escolar que ajudou a recolher as embalagens plásticas.
A adoção de técnicas de manufatura enxuta elevou a produtividade da associação em 18%. Somando-se à valorização do material no último ano, a renda média dos catadores praticamente dobrou durante o período do projeto. Além disso, o ambiente de trabalho foi reformado e modernizado, proporcionando mais segurança e melhores condições às rotinas dos trabalhadores.
Com 18 associados, sendo 11 deles mulheres, a associação processa hoje em torno de 70 toneladas por mês.
Fundadora e atual presidente da Ascamare, Josi dos Santos, 43 anos, reconhece a importância do projeto. “Tivemos melhorias em tudo, desde a coleta do resíduo, passando pelo escritório, o galpão, até a venda. Para mim esse trabalho da associação é maravilhoso, eu não troco ele por nada nesse mundo. É um trabalho que eu aprendi a amar
“A renda média dos catadores dobrou e isso mostrou o impacto positivo do projeto no dia a dia da Associação e também da comunidade do Território do Bem ,

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