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Especial

Escolas têm de ser lugar de convivência saudável

Especialistas defendem que o bullying deve ser discutido em todas as disciplinas e esferas para evitar possíveis agressões


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Imagem ilustrativa da imagem Escolas têm de ser lugar de convivência saudável
Bullying: agressor em foco |  Foto: Reprodução

O bullying é um assunto frequente nas escolas, seja por prevenção ou por reflexões de atos praticados. Por isso, se torna um ambiente ideal para a discussão e aprendizado sobre o assunto.

“Escola tem de ser lugar de convivência sadia e plena. É importante que esse assunto seja discutido em todas  as disciplinas e esferas. A  escola tem de sugerir o  tema em todos os espaços para que evitem possíveis agressões e que todos entendam a gravidade e as duras consequências desse relacionamentos doentios”, destaca a doutora em Educação Edna Tavares. 

Para ela, quando não existe  ação repressiva contra o praticante do bullying, a vítima pode se sentir intimidada, evitando o convívio. “A situação pode gerar comprometimento no aprendizado, pois o medo retrai, exclui  e  dificulta a concentração”.

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Renata Trefiglio, neuropsicopedagoga, ressalta que bullying não é brincadeira |  Foto: Divulgação

Bullying não é brincadeira, diz a neuropsicopedagoga Renata Trefiglio  Gomes, da Camino School.  “Brincadeira é algo que todos sabemos o que é. Podemos entender a brincadeira como algo positivo. A escola é um local privilegiado e é importante que crie projetos para incentivar a denúncia e propor encontros para discutir  desrespeito, agressão e bullying”, destaca.

A coordenadora pedagógica da educação infantil do Colégio Marista, Ana Beatriz Venturim, acredita que a escola, como o segundo grupo social com maior intensidade, precisa criar e ofertar um clima saudável.

“Mostrando que tanto o caminho do respeito, da colaboração, da solidariedade quanto da paz é muito mais positivo para a socialização, e consequentemente para o aprendizado”.

 A neuropsicopedagoga Geovana Mascarenhas diz que acabar com a prática do bullying não é simples, mas o papel da escola é informar e ensinar, promovendo debates, não apenas de prevenção, mas  mostrar as consequências dessa prática.

“Deve criar um comitê de prevenção e apoio, projetos periódicos de prevenção ao bullying com o envolvimento dos alunos, incentivar pais e professores a abordarem o tema com seus filhos”.

Dentre as práticas que a psicóloga Renata Ishida, gerente pedagógica de conteúdo do LIV,    acredita serem fundamentais para a prevenção e combate ao bullying estão um espaço seguro de escuta e fala na escola; desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como empatia, pensamento crítico; formação de professores sobre o tema, entre outras medidas.

Mais de 60% se arrependem

A pesquisa da Empresa Júnior da UVV (Ejuvv), em parceria com o jornal A Tribuna, também procurou saber sobre as pessoas que praticaram bullying. O levantamento mostrou que três em cada 10 pessoas admitem já ter humilhado  alguém. No entanto, 66,7% deles disseram ter se arrependido.

“Algo que falta para os autores de bullying é a sensibilidade moral, capacidade necessária para se sensibilizar com a dor que causa no outro, que começa a ser desenvolvida desde cedo. Assim, à medida que o sujeito se desenvolve de forma psicológica, vai construindo seus valores e tem a oportunidade de aprender as competências socioemocionais”, explica a psicóloga educacional Sandra Cristina Dedeschi, do Programa Semente. 

A psicóloga escolar Camila Simões, do Colégio Caetano Álvares, diz que é preciso se preocupar também com quem faz o bullying.

“Quem faz o bullying se esconde atrás dessa violência e, provavelmente, pode estar sofrendo uma forma de violência, encontrando nessas atitudes formas de externalizar. Mas nem sempre a criança consegue entender isso”, pondera. 

Quem pratica o bullying também pode ser vítima. É o que reforça o psicopedagogo e terapeuta Cláudio Miranda. “O comportamento do agressor pode estar indicando uma educação equivocada pautada em crenças e valores de vida sem respeito às diferenças. Essas crianças podem se tornar adultos que escondem seus problemas, frustrações e carências atacando  outros”.

Reforço em programas de combate

A lei antibullying completou sete anos no último dia 6 de novembro e trouxe mudanças e discussões sobre o assunto dentro das escolas. Com isso, instituições da Grande Vitória a cada ano reforçam programas, previnem e coíbem ações de intimidação. 

 A psicóloga  Renata Ishida, gerente pedagógica do LIV, explica que a lei institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, que preza pela conscientização e pelo diálogo para acabar com a prática do bullying, criando campanhas, oferecendo apoio às famílias e evitando punições aos agressores. A lei entende que a conscientização é o meio mais efetivo para acabar com as agressões.

“A lei impõe uma série de medidas que, além das campanhas de conscientização, visam criar uma complexa rede de apoio que envolve o poder público, a classe docente, os gestores escolares e as famílias”.

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Ana Beatriz: projetos por idade |  Foto: Divulgação

No Colégio Marista, a coordenadora pedagógica da educação infantil, Ana Beatriz Venturim, explica que as equipes buscam, em todos os segmentos, desenvolver projetos de acordo com a idade dos alunos. 

“Na educação infantil utilizamos histórias para contextualizar e ampliar o espaço de reflexão e de análise. Construímos vivências lúdicas retratando situações que permitem as crianças perceberem os comportamentos inadequados que excluem e agridem. No ensino fundamental e médio também desenvolvemos projetos, no entanto faz-se necessária uma abordagem temática mais aprofundada devido à idade do estudante”, destaca. 

No Centro Educacional Leonardo da Vinci, o  orientador educacional do ensino fundamental I, Evando Evangelista, destaca que o olhar é  voltado para a formação integral dos alunos. 

“Trabalhamos o desenvolvimento socioafetivo desde a educação infantil, buscando proteger a integridade física e emocional de nossos alunos, garantir e investir na boa convivência”, explicou.

“No cotidiano educacional de cada faixa etária, adotamos projetos específicos, como o  Projeto Convivência e o Projeto de Vida. Por conta disso, não temos casos, mas estamos sempre alertas”.  

No CESM,  segundo  a diretora Edna Tavares, uma ação que tem funcionado é solicitar que o aluno elabore abordagem sobre o tema junto com um professor. “Ele tem a oportunidade de debater com os outros colegas sobre o assunto. É uma ação socioeducativa”.

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