Escolas de samba capixabas mantêm desfiles para carnaval 2021
Mesmo com a incerteza que permeia o mundo da folia, por conta da pandemia da Covid-19, e faltando sete meses da data reservada para o Carnaval no Estado, as escolas de samba capixabas estão confiantes em manter o desfile em 2021. É o que afirma a Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge).
Diferente das grandes escolas do Rio de Janeiro, que afirmaram na tarde de desta terça-feira (14) que não desfilarão em 2021, a menos que seja desenvolvida uma vacina contra o novo coronavírus, sete escolas do grupo especial do Carnaval capixaba mantêm o interesse em participar do evento e já se preparam, mesmo que internamente, para o desfile.
“Todas as escolas estão confiantes em desfilar em fevereiro. Estamos nos reunindo toda semana, por videoconferência, e todas disseram que continuam com seu trabalhado normal, seguindo o roteiro do Carnaval”, revelou o presidente da Liesge, Edvaldo Teixeira.
Presidente da Unidos de Jucutuquara, Rogério Sarmento confirma o que foi dito por Edvaldo.
“Estamos trabalhando internamente, por meio de reuniões em vídeos, elaborando projeto para o samba-enredo, os carnavalescos estão elaborando as fantasias. Tudo que pode ser feito internamente, está sendo feito, exceto eventos com aglomerações”.
O desfile no Sambão do Povo tem a data de realização prevista para o início fevereiro na organização da liga. O presidente da Liesge ressaltou que, nesse primeiro momento, não estão pensando na possibilidade de realização virtual do evento.
“Estamos confiantes que vai sair uma vacina até o final deste ano e o Carnaval deve acontecer, sim, sem a necessidade de fazê-lo de forma virtual”.
As atividades das escolas estão sendo marcadas por lançamentos virtuais de enredo e samba-enredo. Como foi o caso da Andaraí, que fez uma live solidária no mês passado.
Em São Paulo, o governador João Doria afirmou que a realização dos eventos que geram aglomeração, como o Réveillon e Carnaval, de 2021, dependem da vacina contra o novo coronavírus.
A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou que “até o momento não há definição sobre a realização de eventos desse porte”.
Limitação de pessoas por alas
Caso a situação da pandemia do novo coronavírus esteja controlada no Estado até a data prevista para realização do Carnaval capixaba, em fevereiro de 2021, o evento deve acontecer com limitação de pessoas, inclusive, por alas.
“Não temos ainda um protocolo de saúde, mas são estratégias/sugestões que já estamos pensando. Definir um número máximo de pessoas na arquibancada, outro número específico de camarotes, arquibancadas”, explica o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), Edvaldo Teixeira.
O presidente informou que estão sendo realizadas reuniões por meio de videoconferência com os responsáveis por cada escola do grupo especial.
“Estamos em constantes conversas e cientes de que, se não houver uma vacina, o Carnaval pode não acontecer. Por isso, estamos elaborando algumas restrições para que ele ocorra de maneira segura para todos”, disse.
Em relação ao prosseguimento das atividades das escolas e os ensaios técnicos, o presidente da liga afirmou que, até o final de setembro, saberá ao certo como continuará a programação.
“Embora eu acredite que será bem difícil voltar com os ensaios nas quadras ainda este ano, até o final de setembro teremos uma definição da programação”.
Mesmo com as incertezas causadas pela pandemia, Edvaldo afirmou que todas as escolas do grupo especial aguardam ansiosas pelo desfile. Segundo ele, a expectativa é de que o Carnaval aconteça em fevereiro, cumprindo a data prevista para o evento.
“Nossa expectativa é a melhor possível. Todas as escolas estão trabalhando para que o Carnaval ocorra. Se Deus quiser, uma vacina que combate essa doença vai ser criada”.
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