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Entrevistas Especiais

“Temos de preparar crianças para avanços tecnológicos”, diz especialista


As inovações tecnológicas têm surgido em ritmo acelerado e a tendência é que se tornem cada vez mais velozes nos próximos anos. Elas impactam a vida pessoal, o mercado de trabalho, a educação, a saúde e vários outros aspectos do cotidiano.

Imagem ilustrativa da imagem “Temos de preparar crianças para  avanços tecnológicos”, diz especialista
Professor Anilton Garcia defende que os avanços tecnológicos devem chegar às crianças de todos os níveis sociais |  Foto: Douglas Schneider/AT

Entretanto, para que o avanço siga acontecendo, é importante preparar as crianças e permitir que todas – independente de classe social e localização geográfica – tenham acesso à tecnologia.

É o que defende o doutor em engenharia elétrica, diretor do Instituto de Inovação Tecnológica da Ufes (Inova-Ufes) e professor da Ufes Anilton Salles Garcia.

A Tribuna –   Podemos dizer que estamos vivendo uma revolução técnico-científico-informacional?
Anilton Salles Garcia – Podemos, com certeza. As transformações tecnológicas mudaram os paradigmas das nossas vidas em todos os aspectos. Na vida pessoal, profissional, em relacionamentos...

Essas transformações têm acontecido em um ritmo acelerado?
O ritmo é acelerado e vai ser cada vez mais. Na medida em que a ciência vai evoluindo, vão surgindo novos métodos, novos processos e novos materiais que aceleram cada vez mais o avanço tecnológico. Não podemos prever a velocidade, mas, sem dúvida, o avanço será constante! Esse é um caminho sem volta.
Hoje em dia observamos que crianças já têm contato com a tecnologia. Em famílias de classe média para alta, a criança já está jogando com tablet para brincar, estudar e fazer uma série de coisas.

O contato com a tecnologia desde criança é criticado por muitas pessoas. Qual é a sua visão?
Mesmo crianças de regiões menos favorecidas, quando têm acesso à tecnologia, o desenvolvimento delas é espetacular. O que tem de ter é o equilíbrio. Lutar contra, na minha opinião, é remar contra a maré. As crianças hoje já têm acesso às facilidades dentro de suas casas, independente da posição social.
Costumo dizer que temos de ter equilíbrio para que as crianças tenham acesso a inovações tecnológicas, mas que não percam o prazer lúdico de viver, o interesse pela arte, pela leitura e por outras coisas que fazem parte da infância.

Como preparar as crianças para esse contato cada vez maior?
Temos de preparar as crianças para o avanço tecnológico, pois a tecnologia vai estar muito mais presente na vida delas.

Mas o desafio é muito grande. Temos que preparar as escolas públicas, principalmente, com programa intensivo de capacitação de professores para que as tecnologias sejam incorporadas na vida das crianças.

As escolas privadas já são mais rápidas em se adaptar para a nova realidade.
Podemos fazer grandes transformações no bem-estar das pessoas se conseguirmos fazer com que as inovações e as facilidades tecnológicas cheguem a crianças de todos os níveis, da periferia à área nobre, da área urbana à rural mais remota. Se não fizemos isso, vamos criar outros níveis de exclusão.

Para que as transformações possam acontecer em escala mais acelerada, temos que fazer que as inovações tecnológicas cheguem a todos.

De que forma as inovações impactam no cotidiano ?
Temos grandes transformações na saúde devido à tecnologia. É obvio que não é universal no Brasil, mas a inclusão dos processos digitais está fazendo uma grande transformação na saúde brasileira.

Por exemplo, o agente comunitário de saúde faz visitas nas casas das pessoas com um tablet, que contém todas as informações da família e, à medida que conversa com as pessoas, faz o registro de novas informações no tablet. Terminou atendimento, já está tudo disponíveis para o gestor da saúde.

A segurança pública também está passando por uma transformação. As cidades têm sistemas inteligentes de videomonitoramento. Incorporando processos inteligentes (relacionados à inteligência artificial), a ação é mais eficaz. Assim, a região se torna menos violenta, criando mais tranquilidade.

Na mobilidade urbana, é o chegar no ponto de ônibus e, através de aplicativo, verificar que o ônibus que aguarda vai chegar daqui 2, 3 ou 10 minutos. Além de poder implantar sistemas inteligentes para regular em sincronia o tempo dos semáforos.

Na indústria, tem a utilização da tecnologia de robôs para que humanos não estejam sujeitos a trabalhos com risco elevado.

A pandemia da covid-19 traz claramente a reflexão. Alguém imagina que educação vai voltar a ser 100% presencial? Óbvio que tem aspectos muito mais produtivos e assimilados se o aluno estiver em espaço de interação presencial, mas muitas coisas podem e devem ser feitas de forma remota.

Como se adaptar a todas essas transformações?
Tenho duas sugestões. A primeira é não achar que as inovações resolvem os problemas de todo mundo. A segunda é não criar resistência como se a implantação tecnológica fosse gerar um caos total.

Há habilidades que fazem com que a pessoa tenha maior facilidade para acompanhar a evolução tecnológica?
No meu entendimento, todos nós temos capacidades iguais de nos adaptar às inovações tecnológicas. A grande questão é o movimento cultural.

Temos de mudar paradigmas culturais. Temos a cultura de que o novo é perigoso. O novo nem sempre é ruim, assim como nem sempre é “mil maravilhas”. Temos de olhar as novidades com o cuidado que elas merecem receber.
 

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