Pop folk romântico de Renata Portella
A capixaba de 18 anos lança seu segundo single, “Foi Você”, com elogios de Rodrigo Santos, ex-baixista do Barão Vermelho
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Para muitas meninas, completar 15 anos é sinônimo de festa, com direito a valsa, vestido longo e até coroação! Mas não para a capixaba Renata Portella, que, na real, nem comemorar a data queria.
Após muita insistência da mãe, ela se rendeu à tradição, sem imaginar que, a partir daquela noite, passaria a receber o apoio musical de Rodrigo Santos, o ex-baixista do Barão Vermelho.
“Quando cheguei na tal festa, adivinha quem estava tocando? O Rodrigo! Eu ainda participei do show, tocando guitarra, e aí começou a parceria! Desde então, ele me ajuda em tudo, e é como um padrinho musical pra mim”, salienta a cantora, compositora e guitarrista, que hoje está com 18 anos.
Nas redes sociais, o carioca segue demonstrando apoio à jovem, comentando em suas postagens e, ao AT2, tece elogios ao seu recém-lançado 2º single, “Foi Você”.
“Renata tem todo feeling de uma grande artista. Antenada, ótima compositora, uma voz com bastante personalidade, docilidade, afinação e, além de tudo, é uma guitarrista de mão cheia! O novo single é pop na veia, com aquelas melodias bacanas e a simplicidade de um hit. Voa, Renata!”, declara o músico.
“Foi Você” é um pop folk de letra romântica e com produção de Marcos Ribeiro. E a capixaba fala sobre a inspiração.
“Todo mundo passa, às vezes, por uma fase de achar que a coisa que você mais quer é ter aquela pessoa na sua vida, mas depois sempre passa e você nunca se perde – ou se perde, mas depois se acha. No fim, essa música acaba sendo a soma de vários acontecimentos, conversas com amigos, coisas vividas... Gosto de compor assim!”, observa.
O lançamento ganhou lyric video criativo, com produção da própria cantora ao lado da amiga Leticia Soprani.
“Ficamos dois dias recortando revistas, montando frase por frase da música num fundo preto e fotografando. Depois, editei tudo num estilo meio slow motion para criar o efeito das letrinhas se mexendo, e nasceu o vídeo! Tudo foi feito dentro do meu quarto, de forma totalmente artesanal, e fizemos uma bagunça danada! Acho que tenho letrinhas espalhadas até hoje!”, diz, aos risos.
Renata começou na música aos 14 anos, quando participou da primeira temporada da Escola de Rock da Maracatu Brasil, no Rio, capitaneada por Guto Goffi (baterista do Barão Vermelho). Antes de “Foi Você”, a capixaba lançou “Fora do Lugar”, campeã do Festival Autoral Pandêmico, em 2020.
“Se der errado, pelo menos eu escrevi uma música”
AT2 - É cantora, compositora e guitarrista. Qual dessas paixões veio primeiro?
Renata Portella - Sempre amei cantar! Comecei a tocar violão com o objetivo de me acompanhar cantando, mas estaria mentindo se dissesse que não tive também uma paixão gigante por instrumentos! Lembro que, quando era pequena, fui a um museu da Barbie, na Argentina, e dispensei todas as bonecas para brincar com uma guitarra que tinha lá. (Risos)
“Foi Você” chega quase dois anos após “Fora do Lugar” e ainda estamos numa pandemia. Como foi esse período?
Em 2020, em meio a estudar para o Enem, aprender a lidar com o EAD e levar um susto por dia com a pandemia, gravei “Fora de Lugar” e “Menino Bonito” (cover da Rita Lee ainda não disponível nas plataformas, mas sim no YouTube) e participei de dois festivais.
2021 foi também um ano bem complicado, até mais que 2020. Estava bem esgotada e acabei precisando me desligar um pouco de tudo. E 2022 começa numa vibe completamente diferente, com um lançamento logo no segundo mês do ano, e mais um planejado para daqui a alguns meses! Já tenho muitas músicas prontas, que pretendo disponibilizar ao longo do tempo.
É uma jovem que está fugindo de problemas da juventude, como canta em “Foi Você”?
Tento deixar acontecer o que tiver que acontecer, porque, se der errado, pelo menos eu escrevi uma música sobre isso. (Risos)
“Foi Você” é a segunda música sobre amor que escrevi na vida, esse nunca foi pra mim um tema principal, mas acho que isso depende muito da fase que estou...
Rodrigo Santos tem um papel fundamental na sua história. Ele é um grande ídolo?
Minha mãe é fotógrafa de shows, e, com isso, ficou muito amiga do Rodrigo. Quando ele partiu pra carreira solo, mandava sempre as músicas dos próximos lançamentos pra ela por e-mail, e eu amava ouvir também! Isso com uns 2 ou 3 anos de idade.
Aos 5 anos, fui ao primeiro show da minha vida: dele, no Canecão, Rio. Fiquei encantada, na época ele tocava violão na carreira solo, e não baixo. Queria ser igual!
Na pandemia, participou de live idealizada por Claudio Lins. Como foi?
Essa live é inesquecível e “Menino Bonito”, a música que cantei, agora vai sempre estar na minha história. Fui convidada por Beto Feitosa, que, ao lado de Claudio Lins, idealizou o projeto “Ziriguidum Em Casa”. Foi uma honra gigantesca homenagear Rita Lee, principalmente estando junto com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Fernanda Takai.
Quais são as suas maiores referências musicais?
Minhas maiores referências musicais vêm do pop rock. Beatles sempre foi minha banda favorita! Vou falar um pouco sobre as minhas referências femininas, e, dessa vez, deixar as bandas formadas só por homens de lado.
Rita Lee é uma inspiração, tanto musical, como de personalidade. Cássia Eller, Marisa Monte, Roberta Sá e Adriana Calcanhotto são alguns exemplos de mulheres que admiro muito na música.
Algo bem curioso é que sempre me comparam com a Paula Toller, e considero isso um baita elogio! Da minha geração, adoro a Clarice Falcão, que compõe com um toque de humor muito inteligente, a Mariana Nolasco e a Roberta Campos.
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