“A escrita me salvou e continua me salvando”, diz escritor Guilherme Pintto
O escritor gaúcho Guilherme Pintto conta como sua infância de violência doméstica o levou a escrever livros sobre amor-próprio
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“A escrita me salvou e continua me salvando até hoje”. Foi assim, como um náufrago que enxerga a esperança em uma tábua de salvação, que o escritor Guilherme Pintto agarrou com unhas e dentes a possibilidade de mudar a sua vida e a de milhares de pessoas através de seus livros.
Em suas obras, ele se baseia em sua própria história, um garoto que aos 14 anos salvou a mãe e a si mesmo da violência doméstica – sofrida dos 6 aos 13 anos –, e transformou toda dor em amor, superando um trauma com a necessidade de descobrir e se nutrir de amor-próprio.
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Autor do best-seller “Seja o Amor da Sua Vida”, o gaúcho, de apenas 29 anos, agora comemora a marca de 250 mil exemplares vendidos e o sucesso nas redes sociais com seus conteúdos.
Também de sua autoria, e populares, são “Como me Tornei o Amor da Minha Vida”, “O Óbvio Também Precisa Ser Dito” e o mais recente, lançado no ano passado, “Quase Dei Mas Não Deu”, todos publicados pela editora Planeta.
Para este ano, Guilherme pretende levar sua mensagem para ainda mais pessoas através de palestras, além de já planejar uma nova obra, que promete surpreender.
Trata-se de um livro que está sendo escrito inteiramente à mão, contendo diálogos com pessoas de 8 a 80 anos.
“Tudo que posso adiantar é a garantia do cuidado que estamos tendo em ser um livro para ser carregado na mochila como se fosse uma agenda, para a vida”, explicou em entrevista ao AT2.
At2 Você é psicólogo. Quando você se descobriu escritor?
Guilherme Pintto Sou formado em Comunicação Social e, agora, graduando em Psicologia. A escrita nasceu por meio de um recurso terapêutico na infância. Na época, vítima de violência doméstica, era constantemente incentivado a jamais contar as situações de abuso físico e psicológico (por parte do abusador), a única alternativa que foi possível em uma fase de pouquíssima autonomia foi escrever, escrever e escrever. Ou seja, a escrita me salvou e continua me salvando até hoje.
Seus livros falam de amor-próprio. Essa é sua maior inspiração?
Não diria maior inspiração, mas bandeira. Amor-próprio é dar condições de se amar e ser amado. Todo mundo merece se sentir confortável embaixo da própria pele.
Sou inspirado por muitas coisas.
Você acredita que seus livros também servem como autoajuda para os leitores?
Acredito que sim. A proposta é sempre contar histórias que conversem com outras histórias. Independente do gênero, no fim das contas, sou apenas um mero agente de mudanças, quando ocorrem.
Qual foi o livro mais difícil para você escrever?
Acredito que “O Óbvio Também Precisa Ser Dito”. Particularmente, o livro com mais carga emocional. Ainda estava em processo de cura.
Quais são as suas referências no mundo da literatura?
Bell Hooks e Rupi estão espalhadas ultimamente pela casa.
O que podemos esperar do próximo livro?
Ele está sendo escrito inteiramente à mão. Há conversas e diálogos com pessoas de 8 a 80 anos. Tudo que posso adiantar é a garantia do cuidado que estamos tendo em ser um livro para ser carregado na mochila como se fosse uma agenda, para a vida.
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