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Entretenimento

“O ser humano não sobrevive sem fofoca”, afirma Vera Holtz

Vera Holtz, que estreia com a peça “Ficções” em Vitória, fala ao AT2 sobre a necessidade que se tem de criar histórias e rotular tudo


Imagem ilustrativa da imagem “O ser humano não sobrevive sem fofoca”, afirma Vera Holtz
Vera Holtz: atriz apresenta peça em Vitória |  Foto: Reprodução / Instagram @veraholtz

Há quem adore uma boa fofoca. Outros abominam. Mas já parou para pensar a relevância que o compartilhamento de informações tem para a humanidade?.

Ao AT2, do  outro lado do telefone, a premiada atriz Vera Holtz, 69, dá sua opinião, tendo como base as reflexões trazidas por ela no espetáculo “Ficções”. A peça chega a Vitória no próximo fim de semana, abrindo o 12º Circuito Banestes de Teatro.

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“Fofoca é uma característica exclusiva do homo sapiens, o ser humano não sobrevive sem fofoca. É através dela que o homem sabe quem está contra quem,  quem é confiável e quem não é. É uma habilidade essencial para o homem viver em grupos maiores”, explica a artista ao AT2.

Esse é apenas um dos comportamentos discutidos em “Ficções”, que teve como ponto de partida o best-seller “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, do professor e filósofo  israelense Yuval Noah Harari.   

“A peça fala  da capacidade do homem de criar histórias e de catalogar. O homo sapiens tem a capacidade de se associar através de um mito, de uma lenda, de uma ideia. Por exemplo, todo mundo reza junto porque todos acreditam em Jesus Cristo, ou todo mundo consegue torcer num jogo de futebol porque acredita que existe uma nação brasileira”, conta Vera.

No palco, a atriz estará acompanhada do músico italiano Federico Puppi, que criou uma trilha sonora original para o espetáculo.

“A música foi criada junto comigo, ensaiamos juntos o tempo todo”, lembra a artista. 

Puppi foi convidado por Rodrigo Portella, que escreveu e encenou a atração. “Quis ir por um caminho onde o espectador é convidado, provocado a construir essa peça com a gente. É uma espécie de jam session. É uma performance em construção”, descreve Portella.

Vera Holtz atriz - “Envelhecimento é invenção humana”

A Tribuna - Após três anos, volta aos palcos com “Ficções”. Como foi receber esse convite?

Vera Holtz - Uma surpresa maravilhosa! Me sinto presenteada depois de tudo que passamos, do distanciamento... Também venho de um longo período trabalhando mais no audiovisual, então, nessa retomada, posso estar próxima novamente desse Brasil múltiplo.

Na época em que fui convidada, estava disponível, na minha casa em São Paulo, tranquila,  no paraíso com meus cachorros.

Com “Ficções”, ganhou o Prêmio Shell de Teatro de Melhor Atriz. O que esse prêmio representa nessa longa carreira?

Cada prêmio tem um significado para cada momento da carreira. Depois dele, recebi o Prêmio APTR, onde chamei todas as indicadas ao palco para recebermos juntas. O importante de ter tantos prêmios é que é possível quebrar o protocolo. (Risos).

A peça é baseada no livro “Sapiens”. Já tinha lido a obra?

Sim e fiz muita gente ler. Conversava com as pessoas sobre a importância desse livro que fala da história da humanidade. Existe um sistema de crença, o homem cria as próprias crenças. Sem ter seus mitos, o homem não consegue viver na sociedade. 

A obra fala sobre a capacidade que o homem tem de criar coisas que não existem. Ele acredita numa realidade imaginada. Por exemplo, a noção de nação, de idioma, de religião, todas as ideologias... Isso tudo são criações e histórias que o homem inventa e compartilha com o outro e o outro acredita.

Vive personagens na peça?

Não são personagens. A linguagem dessa peça é mais performática. É a Vera Holtz sempre lá apontando algumas personagens.

Como enxerga o progresso da humanidade, diante das inovações que temos hoje?

Acho que nós nunca estivemos tão bem no progresso da saúde. O homo sapiens não sofre tanto em relação à saúde. Ele consegue escapar do frio, das mudanças... Estamos  num período bastante importante para a nossa espécie.

Como lida com o envelhecimento?

Envelhecimento é um rótulo,  uma criação. É uma invenção humana que o homem tem juventude e envelhece. Isso tudo é resultado da capacidade que o homem tem de etiquetar, rotular tudo. São histórias que o homem inventa.  Eu nem penso muito nessa questão.

Há algo que ainda tem vontade de fazer, como  ser mãe?

Não. Sou uma pessoa que vive muito intensamente cada momento. Vivo o aqui e agora.  Não crio expectativa sobre algo que não sei. Sou muita motivação e pouca expectativa.

Serviço

“Ficções”

O quê: Drama com Vera Holtz.

Quando: Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 17h.  A sessão de domingo tem intérprete de libras.

Onde: Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras, Vitória.

Ing. (MEIA): Térreo a R$ 60 e Mezanino a R$ 25.

Venda: No sympla.com.br e  ou na bilheteria do teatro, de terça a sexta, das 14 às 19h.

Clas.: 12 anos.

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