“Nunca sonhei que estaria na Disney”, diz atriz Duda Matte
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Fã da franquia “High School Musical”, a atriz e cantora Duda Matte, 16, sempre foi admiradora das produções da Disney. Agora, ela pode se orgulhar, pois em breve irá estrear na primeira série brasileira original do Disney+.
“Nunca sonhei que estaria na Disney”, diz, em entrevista ao AT2, a gaúcha que está no elenco de “Tudo Igual... SQN”. A produção tem previsão para chegar ao público brasileiro em 2022 pela plataforma de streaming.
A série teen é uma adaptação do romance “Na Porta ao Lado”, da escritora carioca Luiza Trigo. A história conta a relação de Carol (Gabriella Saraivah, ex-“Chiquititas”) com as companheiras e também aborda temas do universo adolescente.
Uma das amigas é Trix, personagem de Duda. “A Trix é aquela amiga mãezona do grupo. Ela quer deixar todo mundo em paz. E Eu me identifico com isso”, resume a jovem, que divide sonhos com a personagem ficcional.
“Nós duas temos a vontade de cursar cinema”, conta a atriz, que, para realizar seu sonho, deseja se mudar para a Califórnia, nos EUA.
Enquanto seus planos não se concretizam, ela lembra sua estreia na TV no especial “Mansão Bem Assombrada”, exibido em 2015 na TV Tribuna/SBT. “Tenho muita gratidão pelo SBT. Ali descobri que atuar era o que eu queria”, destaca a jovem, que também participou de “Carinha de Anjo” (2017).
“Eu não conseguia falar 'oi' para as pessoas”
AT2 A série “Tudo Igual... SQN” está prevista para estrear no ano que vem. Como foram as gravações?
Duda Matte É um elenco querido e atencioso. Todo mundo virou absurdamente amigo e próximo. Todo mundo fofoca até hoje. (Risos)
O que sentiu quando as gravações terminaram?
Deu uma dor no coração encerrar esse ciclo! Mas terminamos muito gratos de saber que demos o nosso melhor. Até assistimos juntos ao último episódio e ficamos com a sensação de que deu certo!
Com o que as pessoas vão se identificar com a série?
Acho que o principal vai ser por tratar de coisas muito reais: são cinco meninas e cada uma tem a sua história. São cinco histórias e elas se conectam.
Pode falar um pouco da sua personagem?
A Trix é aquela amiga do grupo mãezona. Ela quer deixar todo mundo em paz. E eu me identifico muito com isso. Eu coloco panos quentes. Não fico do lado de ninguém, mas não quero briga.
Existe alguma situação que está na série e que já aconteceu com você?
A minha personagem está estudando para fazer intercâmbio. E é uma coisa que estou me preocupando para passar. Estou no segundo ano do Ensino Médio. O estudo constante, o perfeccionismo, de onde ela quer entrar e estou entrando nessa. Outra coisa que tenho em comum com ela é a vontade de cursar Cinema.
Sonhar ir para qual país?
Tenho um sonho de ir para a Califórnia, nos Estados Unidos. Sei que tem várias escolas de Arte lá. Também quero visitar a Finlândia. São opostos total! Um foca no estudo e outro no lazer!
Por que cursar Cinema?
Trabalho com arte desde os 6 anos. Não consigo me imaginar fora desse meio. Amo atuar. Acho muito interessante a parte de direção, de escrever um roteiro.
É um processo diferente de atuar. E quero explorar isso. Quero entender mais e também é algo que pode ajudar na minha profissão de atriz. Tenho o sonho de atuar e dividir uma direção, como faz o Selton Mello.
Você se mudou para São Paulo com sua mãe em 2015. Como foi essa experiência?
Foi a maior loucura da minha vida. Hoje agradeço minha mãe imensamente. Foi uma aposta. Era uma coisa que eu gostava e gosto muito. O meu pai e minha mãe começaram a ver que era algo que estava dando um retorno.
A gente veio em 2015 e, no mesmo ano, fiz a “Mansão Bem Assombrada”, do SBT. Trabalhei em peça, filme... A gente falou que iria ficar aqui e eu continuei trabalhando.
Quem te vê na TV nem acredita que era muito tímida.
Eu não conseguia falar “oi” para as pessoas. Do nada, subo no palco e estou sendo atriz. Quem me conhece desde pequena não acredita. A importância do teatro na minha vida é grande.
De onde vinha timidez?
Sabe que eu não sei! Quando era pequena, eu não brincava. Eu gostava muito de ler. Eu era introvertida. Cheguei no teatro, me colocaram no palco e me libertei. Desencadeou uma nova pessoa.
Ainda tem momentos de introspecção?
Tenho. Tanto que brinco com a minha mãe quando tenho um dia cheio. Digo para ela que socializei muito e vou ficar no meu momento. Às vezes, necessito ficar no meu quarto assistindo a séries. É tipo recarregar as energias.
E “Poliana Moça”? Faria a novela se fosse convidada?
Com certeza! Se houver oportunidade de novo, vai ser uma honra. Mas, por enquanto, esse contrato ainda não chegou!
Aos 16 anos, você pensa muito no seu futuro profissional? Nas histórias que quer contar?
Não consigo me imaginar fazendo outra coisa. Só consigo me imaginar na frente das câmeras contando histórias. Minha parte favorita é dar vida às coisas e fugir um pouco da minha realidade e fazer as pessoas se identificarem, tirar emoções das pessoas. Essa é a parte mais especial dessa profissão.
Também é cantora. Lançou um EP em 2019 que é bem eclético: tem funk, pop rock e até reggae. Esse é um trabalho que reflete todos os seus gostos?
Eu gosto um pouco de tudo. Estou estudando para lançar uma nova era: com letras e estilos de uma adolescente indo para a fase adulta. Além disso, sou libriana e muito indecisa. Gosto muito de pop, MPB... Estou pensando em um jeito de misturar tudo isso e dar a minha cara.
Quais são os seus planos futuros?
Felizmente, este ano ainda tem coisas. No final do ano, vou rodar um filme. É um filme diferente. Vai ser completamente o oposto de tudo o que eu fiz. As gravações começam em novembro. Era um filme que ia ser gravado, mas, por causa da pandemia, acabou não rolando. É uma história muito linda, é um drama! Uma história bem emocionante. É uma personagem completamente diferente.
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