Camus lança álbum de rock visceral e contra inimigos
Produção utiliza metáforas para abordar o capitalismo atual
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O recém-lançado disco “Gigante Invisível” marca um novo capítulo na história da banda capixaba Camus. Comparado ao antecessor “Céu Verde em Cidade Deserta” (2022), o projeto é mais pesado e traz muitas influências de funk rock e punk.
“Diria que o 1º era um álbum de música brasileira com temperos de rock. Este já é o contrário. E as composições estão mais maduras, mais simples e diretas”, diz o vocalista Artur Guerra ao AT2.
Ele destaca que a entrada de Matheuzinho Batera e “VT” como baterista e baixista, respectivamente, foi crucial para moldar o novo som do grupo, que ainda conta com o tecladista Gabriel Bebici.
“Eu trouxe as composições, o conceito e a direção artística, e os meninos colocaram as personalidades deles por cima”, explica.
O álbum é inteiramente político-social e utiliza metáforas para abordar o capitalismo atual. Para Artur, o título “Gigante Invisível” define bem todas as faixas do trabalho.
“Elas apresentam inimigos perigosos: o ódio político, a dinâmica de uma carga enorme de trabalho estressante, a ansiedade sobre uma possível nova guerra, o conservadorismo, a desinformação e as redes sociais. Todos intangíveis”.
O álbum foi gravado com os quatro membros numa mesma sala, tocando e gravando juntos, sem metrônomo (aparelho que através de pulsos de duração regular, indica um andamento musical).
“É um som cru, visceral, mas divertido. A mensagem está lá para quem quer, mas a música em si quer balançar corpos e cabeças”.
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