“Minha vida é um rolê aleatório”, diz Ronaldinho Gaúcho
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Títulos, jogadas e gols inesquecíveis marcaram a carreira do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, 40. Mas ele também ficou famoso por suas aparições um tanto inusitadas, conhecidas como “rolês aleatórios”.
Lembra de quando ele surgiu usando roupas típicas bolivianas? E de quando se vestiu de jedi para um comercial? E ainda tem sua participação na final da última Copa tocando um atabaque! Pois é, foram muitas as aventuras irreverentes do craque. E seu estilo de vida acabou rendendo até canção, lançada ontem e gravada com o grupo paulista Recayd Mob.
“Eu os conheci por meio de um amigo em comum, curti muito as músicas e achei que uma parceria cairia bem. Chegamos a 'Rolê Aleatório' e eu gosto dessa ideia, sei do meu meme e também sei que a minha vida é um rolê aleatório. Foi bacana e espero que a galera curta bastante!”, conta, aos risos, ao AT2.
A música faz parte de seu projeto Tropa do Bruxo (um dos apelidos mais conhecidos do atleta), que é resultado da parceria do ex-jogador com a Wusta Studio e consiste em juntar nomes da cena do rap nacional. E a Recayd Mob comemora a oportunidade!
“Nós nem imaginávamos que, algum dia, fôssemos chegar até ele. Ronaldinho é um dos meus maiores ídolos e poder gravar para um projeto tão único foi uma realização, é uma das portas que o trap nos abriu”, revela Jé Santiago, um dos integrantes do coletivo.
O 1º single de Tropa do Bruxo foi “Oclin e Evoque”, em parceria com os mineiros Djonga, MC Rick e Sidoka, e divulgado em dezembro. As canções são lançadas após período turbulento na vida do craque, que, em agosto, foi liberado da prisão domiciliar no Paraguai e retornou ao Brasil.
Antes de se jogar nas batidas do rap, Ronaldinho já se aventurou no pagode, participou do hit “Solteiro De Novo” com Wesley Safadão, e gravou até com Jorge Vercillo, na música “Garra”.
Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador e cantor
“Tenho uma identificação grande com o hip hop e rap”
AT2 - Por que mergulhar no universo do rap e do trap?
Ronaldinho Gaúcho - Já estive com artistas de diversos gêneros, mas tenho uma identificação grande com o hip hop e rap. E o trap nada mais é do que uma vertente, e eu ter chegado nele foi natural. Ele traz um beat diferente para quem curte dançar e se expressar.
Quais semelhanças você vê entre o futebol e a música?
Acho que o samba e o pagode estão mais próximos do universo do futebol, no qual eu fiz grandes amizades. Mas a música vem como uma paixão, quero tocar as pessoas com esse projeto. A Tropa do Bruxo nasceu dessa ideia, de reunir amigos e gente do bem. A roda de samba ou o “rolê” do trap são momentos que eu gosto.
Como foi a seleção dos artistas que participariam do projeto?
Todos os convidados que pensamos têm perfis irreverentes, gente jovem que quer fazer o rolê acontecer, que tem musicalidade. Comecei com os mineiros Djonga, Sidoka e MC Rick, e agora a Tropa chega com a Recayd Mob!
O que quer retratar em suas canções? A primeira música, “Oclin e Evoque”, trouxe mais a pegada da ostentação, mas pensa em trazer versos conscientes na sua música?
As músicas desse projeto têm a essência do trap, são temas que são abordados no dia a dia dessa galera, eles cantam o que vivem, então vamos sentindo se isso vai rolar nas próximas parcerias.
Durante sua trajetória musical, já se aventurou por vários estilos, como o funk e o forró. No futuro, pensa em lançar canções de outros gêneros ou quer focar apenas no rap?
Como disse, já estive no pagode, no samba, com nomes importantes da música atual, e aceito estar com pessoas que me sinto bem. Essas parcerias foram muito marcantes. O projeto da Tropa do Bruxo é focado no trap porque é um gênero que me identifico e que tem também como objetivo unir nomes relevantes e também artistas iniciantes. Queremos dar a oportunidade de abrir caminhos para a galera jovem e revelar talentos.
O que o público pode esperar dos próximos lançamentos de Tropa do Bruxo?
Muita música e muita parceria boa! Ainda temos uns oito lançamentos para apresentarmos para a galera, e as parcerias vamos revelando em breve. As coisas vão rolando conforme vamos fazendo.
É um nome conhecido internacionalmente. Um dos objetivos do projeto é ser uma vitrine para artistas do rap nacional no exterior?
Com certeza, o projeto é para ser uma vitrine para os artistas novos e até mesmo os já conhecidos no nosso país. É para ajudar a cena a crescer. Já participei de músicas com DJ Khaled, Snoop Dogg, Nicki Jam, clipe com o K2, então esse projeto pode ser uma ponte para o exterior.
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