Mileide Mihaile: “Não somos acessórios, não temos donos”
A influenciadora digital conta como se sentia ao ser reduzida à ex-mulher de Safadão e diz ser uma guerreira
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O passado, por vezes, fez Mileide Mihaile ser reduzida à “ex-mulher de Wesley Safadão”. Mas hoje, 10 anos após a separação do astro do forró, com quem teve Yhudy, 11, a ex-bailarina contesta o rótulo e comemora o espaço conquistado como influenciadora digital e empresária.
“Nós, mulheres, não somos acessórios, não temos donos. Temos nomes! Eu tinha duas opções, deixar aquilo me abater e ser ferida com o tempo, ou usar como munição para eu ir crescendo mais e mais. Acho que tudo que eu fiz profissionalmente desde a minha separação me levou para uma posição de autoridade”, afirma ao AT2.
Recém-solteira, após término de relacionamento com o empresário Neto Santos, a maranhense de 32 anos tem priorizado o filho e a mãe, Doralice, que foi diagnosticada com câncer no útero. A decisão de romper a relação se deu após sua participação em reality show.
“Cuidar e estar presente na minha família está sendo o meu primeiro foco. Quando ficamos fora de órbita por três meses, precisamos dar uma atenção extra. Mas isso não quer dizer que eu não pense em trabalho, muito pelo contrário. Quero trabalhar muito!”.
Em 2022, Mileide quer lançar sua própria marca, algo que vem se dedicando há um tempo, e expandir ainda mais o alcance do projeto filantrópico Bazar Mulher. E está aberta a novos desafios!
“Sou uma mulher que não tem medo de nada. Sempre avalio o que funcionaria para o momento que estou vivendo e para os sonhos que ainda quero realizar. Se eu julgar que seria realmente proveitoso, super toparia participar de um reality show novamente!”.
“Sempre me ensinou que quem ama não trai”
AT2 - Quem é Mileide Mihaile?
Mileide Mihaile - É uma mulher que nasceu em Imperatriz, no Maranhão, e seguiu seu sonho de se tornar dançarina, indo para Fortaleza, a capital do forró. Quando mudei, era uma menina ainda, adolescente, mas tinha muita certeza do que queria.
Vivi momentos mágicos ao lado de bandas como Aviões do Forró e Garota Safada. Casei, me tornei mãe, constituí família e fiz a escolha de pausar a carreira como bailarina e mergulhar de cabeça na maternidade. Essa nova camada pessoal abriu espaço para eu crescer e prosperar como influenciadora e empresária.
Sem querer ser modesta, me descreveria como uma guerreira. Batalhei por toda minha vida, e isso é muito presente na minha história. Sou tranquila, amorosa e bem alto-astral. Quem me acompanha sabe bem dessa minha essência solar. E, com a família abençoada que tenho, não tinha como ser diferente.
Sente saudade dos palcos?
Bateu saudade só com essa pergunta. Eu realmente me transformava quando entrava no palco. Quando você entra no palco, dá de cara com um público que clama por arte, é uma alegria viciante! Sinto saudade, sim, muita, na verdade, mas não voltaria para aquele momento. Essa vida de show é muito cansativa, difícil. Hoje em dia, com o Yhudy, não tenho o pique para dar conta de ficar fora até tarde dançando. Mas sempre estou conectada com a dança de alguma forma. Seja sambando no Carnaval ou com meus aulões de dança beneficentes.
Acaba de ficar solteira. Tem sido um momento de reflexão sobre o que quer numa futura relação?
Não tenho tido tempo para viver esse momento. (Risos) Mas é claro que colocamos algumas coisas na balança. No momento, não busco nenhuma relação. Se o amor chegar até mim, é apenas benefício. Só espero que venha com caráter, educação e muito respeito.
E o que espera de um futuro relacionamento amoroso?
Espero o inesperado. Óbvio que para alguém se tornar meu pretendente precisa ter o básico da educação e civilidade, mas, fora isso, gosto de homens que consigam ser parceiros e transformem minha vida em uma verdadeira aventura. E não perdoaria traição. Minha mãe sempre me ensinou que quem ama não trai, e acredito muito nessa frase.
Por falar em Dona Doralice, é a primeira vez que alguém próximo de você encara a batalha contra o câncer?
Sim. Nunca me deparei com nada parecido. Foi algo muito complicado no primeiro momento. A palavra “câncer” já vem carregada de muito peso. Inclusive, nunca a citei ao conversar e quando fui falar para meu filho. Impossível ouvi-la e sentir-se feliz. Mas minha mãe me deixou muito confortável. Ela estava bem, passou por todo esse processo da melhor maneira possível e acredito que isso fez toda a diferença para eu não me deixar abater.
Hoje, é um reflexo de mãe/pai que ela foi para você?
Totalmente! Devo minha vida à minha mãe. Ela é a responsável pelos meus valores, minha educação, caráter e essência. Ela é o maior exemplo que poderia ter do que é ser mãe. É uma mulher que superou todas as provas que a vida jogou sobre ela, e fez isso sem perder o rebolado e sustentando toda uma família. Se eu tivesse tido uma mãe diferente, já teria desistido de muita coisa, inclusive de mim mesma, há bastante tempo.
O QUE ELA DIZ
“Meu corpo é lindo”
“Sempre me senti muito confortável com meu corpo, independente do tamanho. Mas, após a gravidez, senti que várias pessoas não viam meu corpo da mesma forma que antes, e eram bem explícitas quanto a isso.
O movimento body positive, infelizmente, não tinha a proporção que tem hoje em dia. Vejo meninas como a Rita Carreira se tornando pilares do mundo da moda e me sinto esperançosa. Sou bem mais resolvida com essas questões hoje. Podem falar o que quiserem, meu corpo é lindo e magnífico. O que importa é nos sentirmos bem com nosso corpo e estar em dia com a saúde”, diz.
“Nunca diga 'nunca'”
Além da lipo, Mileide revela que colocou prótese de silicone e não descarta novas cirurgias. “Olha, nunca diga 'nunca', mas, no momento, não me vejo fazendo intervenção. Tenho um estado de saúde mental que me permite amar meu corpo e ter a paciência para modificá-lo naturalmente, através de exercícios ou alimentação, caso veja necessidade”.
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