"Julgar é besteira de quem tem tempo a perder", afirma pagodeiro Tiee

Tiee |  Foto: divulgação/ guto costa

Conhecido por cantar o amor em suas duas décadas de história no pagode, o carioca Tiee aparece bem-humorado em canção sobre liberdade. 

“O Pai Tá On”, composta pelo pagodeiro junto com Tomaz Paulista, traz uma vibe divertida e irreverente que promete contagiar o público que for aos dois shows que ele fará no Estado nesta sexta-feira (29) e sábado (30).

Para o cantor, compositor e instrumentista, a música representa o início de uma nova fase na carreira dele.

“É uma produção toda feita 'dentro de casa'. É uma música que escrevi e produzi com um integrante da minha banda e gravei com todos eles.  Aposto na criatividade e na paixão para a próxima etapa”, adianta, ao jornal A Tribuna.

Além de “O Pai Tá On”, ele vai cantar sucessos como “Acende o Celular” e “Inoperante” nas apresentações em solo capixaba.  

“É sempre bom voltar, pois meus fãs do Espírito Santo são muito carinhosos e apaixonados, transformando cada retorno em algo especial, onde a expectativa é a melhor possível. Teremos novidades”, conta.

O primeiro show acontece sexta-feira (29), em Linhares. No sábado (30), o pagodeiro agita a Fazendinha Shows, em Vitória. 

Antes da nova música de trabalho, ele lançou o álbum “As Que Tocam Lá Em Casa”, que reúne clássicos da MPB como “Sozinho”, “De Volta Pro Aconchego” e “Evidências’’ na versão samba.

Ouça a nova “O Pai Tá On”:

 “O pai 'tá mais que on', bem casado”, diz Tiee

A Tribuna: Como nasceu a composição bem-humorada de “O Pai Tá On”, seu novo single?

Tiee: Como costumo falar de amor nas minhas músicas, fui desafiado por um dos meus músicos a escrever um samba mais moderno, da perspectiva dele. Gostei do assunto proposto e resolvi embarcar nessa. E deu muito certo!

Como você mesmo disse, é conhecido por cantar o romantismo, mas em “O Pai Tá On”, avisa: “Liberdade agora é religião”. Tem a ver com o momento que você está vivendo? Está solteiro? 

(Risos) Não, não estou solteiro, não... pelo amor de Deus! O pai “tá mais que on”, bem casado há 20 anos com o primeiro amor.

Na letra, também canta: “ninguém no mundo tem moral pra me julgar”. Não faz muito tempo que você foi acusado de ter relações extraconjugais. É um recado para quem te criticou nesse período?

Apesar da música não contar minha história, essa coisa de que “ninguém no mundo tem moral pra julgar ninguém” me representa totalmente. Ainda não encontrei perfeição entre os seres humanos, nesses quase quarenta anos de existência andando por aí. Então, julgar é besteira de quem tem tempo a perder. Sobre as acusações, não passam disso! (Risos) 

Seu último projeto foi “As Que Tocam Lá Em Casa", que reuniu clássicos da MPB como “Sozinho”, “De Volta Pro Aconchego” e “Evidências’’ na versão samba. É preciso muita ousadia para reinventar esses clássicos, não? É o que não lhe falta?

Ousadia, não... confiança, talvez. Apesar disso, topei essa empreitada com muito respeito. Estudei muito sobre os autores, me preparando para fazer tudo bem direitinho.  

O resultado é que, hoje, quando me sento para assistir, gosto do que vejo e ouço. São músicas maravilhosas, de autores talentosos, gravadas por artistas competentes. Portanto, esse conjunto grandioso não poderia ser encarado como fardo, mas  como presente e grande oportunidade de homenageá-los.

Qual é o segredo para emplacar tantos hits do pagode, como “Acende o Celular” e “Inoperante”?

Estou tentado descobrir há 20 anos como fazer um hit… (Risos)  Sinceramente, escrevo sambas que contam histórias de pessoas reais, do que acontece na casa e no coração delas. E tem funcionado com a graça de Deus. O dia que parar de agradar, me aposento, pois só sei fazer desse jeito.

Serviço:

O quê: Dois shows com o pagodeiro carioca Tiee

Linhares

Sexta-feira (29), 21h, no Butiquim do Gordinho. Ing.: R$ 40 (1º lote). Venda: lebillet.com.br. Clas.: 18.

Vitória

Sábado (30), 22h, na Fazendinha Shows, na Grande Vitória. Ing. (3º lote/meia): Pista a R$ 50 e Camarote a R$ 70. Venda: superticket.com.br. Clas.: 18.