Heróis do Quarteto Fantástico de volta aos cinemas
Com elenco liderado por Pedro Pascal, novo filme do grupo de heróis traz visual retrofuturista e abordagem de temas como maternidade
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Elenco repaginado, encabeçado pelo galã cinquentão Pedro Pascal, visual retrofuturista e abordagem de novos temas estão entre os atrativos de “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”, que chegou nesta quinta-feira (24) aos cinemas do Espírito Santo.
Inaugurando a Fase 6 do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e sendo o principal lançamento do estúdio para este ano, o novo filme dá início à construção da nova formação dos Vingadores que vai protagonizar “Avengers: Doomsday” (2026) e “Avengers: Secret Wars” (2027).
Pedro Pascal volta ao mundo dos super-heróis dando vida a Reed Richards, o Senhor Fantástico, seu primeiro papel na Marvel, após sua experiência na DC, como o vilão Maxwell Lord de “Mulher-Maravilha 1984” (2020)
“Estou mais ciente da insatisfação com a minha escalação do que qualquer coisa que eu já tenha feito”, alegou o novo queridinho de Hollywood, que já esteve em produções de sucesso como “Narcos” e “The Last of Us”.
Além do ator que interpreta o herói que tem capacidade de esticar seu corpo como borracha, o elenco principal traz Vanessa Kirby (Sue Storm/Mulher-Invisível), Joseph Quinn (Johnny Storm/Tocha Humana) e Ebon Moss-Bachrach (Ben Grimm/O Coisa).
Na trama independente do restante do MCU, os personagens vão entrar num embate contra o terrível Galactus e a enigmática Surfista Prateada, interpretada por Julia Garner.
O curioso é que o diretor Matt Shakman não fez qualquer tipo de audição ou testes de química para escolher os protagonistas, como é comum em Hollywood.
“Grandes atores criam uma ótima química. Você une as pessoas e constrói um processo que apoia a construção dessa química”, justificou o cineasta, nome responsável por vários episódios do sucesso “WandaVision”.
Nesta terceira tentativa da Marvel em fazer um filme sobre o quarteto de heróis, o estúdio aposta em um roteiro centrado na dinâmica familiar, mas sem deixar de lado as cenas de ação. Temas como maternidade, responsabilidade emocional e identidade são abordados.
Com um orçamento superior a R$ 11 milhões, a produção chegou a recriar a Times Square em estúdio, evitando o uso excessivo de imagens geradas por computador (CGI). Já o visual foi inspirado na ficção científica retrofuturista dos anos 1960, por ele ser ambientado em uma realidade alternativa conhecida como Universo-828.
Crítica
Se souberem combinar seus superpoderes, os integrantes do Quarteto Fantástico podem até vencer a batalha contra o devorador de mundos Galactus. Difícil mesmo para esses heróis é enfrentar o fraco e equivocado roteiro escrito para mais uma tentativa da Marvel para emplacar um bom filme desse grupo de heróis.
O pavoroso filme de 1994, produzido pelo rei do cinema barato Roger Corman, nem conta. Em 2005, a versão que tinha Jessica Alba como a Mulher Invisível teve até uma sequência, mas foi bombardeada de críticas. Dez anos depois, a escalação de um elenco mais jovem tinha Miles Teller como o Senhor Fantástico e quase foi apedrejada.
Mais uma década se passou e este “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” chegou a esboçar em trailers e cenas vazadas alguns indícios que poderia ir bem diante de um novo público.
Só faltou criar uma história que fosse inteligente, emocionante e com boas ideias para aproveitar a química de uma equipe que reúne personagens que podem oferecer discussões sobre gênero, família, gap geracional e visões de mundo opostas, amparadas pela ciência ou pela força.
É quando o inimigo aparece que tudo começa a perder o rumo. A partir da ousadia, ou talvez o melhor seja dizer heresia, de mudar o gênero de um dos personagens mais icônicos do universo Marvel.
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