Conto de Stephen King inspira comédia de horror
"O Macaco" é o novo filme de Osgood Perkins
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Menos de um ano atrás, “Longlegs - Vínculo Mortal” chegava aos cinemas envolto em elogios e expectativas sobre a densidade de seu mergulho na investigação das misteriosas mortes perpetradas pelo psicopata vivido por Nicolas Cage.
O diretor Osgood Perkins, em seu quarto longa-metragem, mantinha a atmosfera de perturbação que marca seus trabalhos desde a estreia, com o impactante “A Enviada do Mal” de 2015. “Longlegs” foi sucesso e amplificou a espera pelo próximo título de Perkins, “O Macaco”.
É bastante significativo que, neste novo filme, o cineasta mude a forma de se aproximar do material de base. Adaptação de um conto homônimo de Stephen King publicado em 1980, “O Macaco” se estabelece nos primeiros minutos como uma comédia de horror, sem nenhuma ambiguidade sobre isso.
É como se Perkins, conhecido pelo estilo soturno e trágico, expusesse logo a vontade de relaxar com o gênero e deixar, desta vez, que o humor conduza a ação. Isso não diminui o impacto imediato da parte horrífica do processo.
“O Macaco” empilha fatalidades extravagantes, dos jeitos mais variados que se possa esperar, e faz ótima utilização de efeitos práticos e violência explícita para assustar com alguma graciosidade, ainda que o objetivo evidente não seja provocar medo.
Em muitos aspectos, lembra os mecanismos da franquia “Premonição”, com incidentes fatais elaborados a partir de uma série de acasos supostamente acidentais que são, de fato, provocados por forças sobrenaturais a agirem nos movimentos do mundo.
O enredo sobre dois irmãos traumatizados pelos desastres provocados por um macaquinho de brinquedo amaldiçoado é o arco dramático do filme, entremeando a eliminação abrupta de praticamente qualquer pessoa ao redor da dupla.
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