Comédia nacional com Leandro Hassum estreia nas telonas
Misturando humor e mistério, novo filme com Leandro Hassum se passa numa feira de rua no subúrbio do Rio de Janeiro

É em meio a barracas de venda de frutas e verduras e, é claro, daquele saboroso pastel de vento com caldo de cana que se passa a mais nova comédia nacional protagonizada pelo ator e comediante carioca Leandro Hassum, de 51 anos.
Com grandes chances de levar o público às gargalhadas, “O Rei da Feira” não se limita apenas a isso. É que a produção mescla humor com uma grande dose de mistério e suspense ao trazer no centro da trama um detetive nada convencional.
Na história, Hassum interpreta Monarca, um segurança que mistura seu faro investigativo com dons paranormais e um certo talento para se meter em confusão.
Desta vez, sua missão é descobrir quem assassinou Bode (Pedro Wagner, de “Lispectorante”), morto logo após ganhar uma grande quantia de dinheiro no jogo do bicho.
“É uma comédia, mas não é só uma comédia, né? Porque tem suspense, tem thriller e até um terrorzinho. Para mim, como artista, é estimulante se aventurar também por outros gêneros. Muito, muito legal. Foi o que me seduziu nesse roteiro, foi justamente essa mistura”, disse o comediante ao site Papo de Cinema.

Ao lado do espírito tagarela da própria vítima, o protagonista vai encarar uma investigação cheia de barracos, fofocas e revelações no meio de uma tradicional feira de rua no subúrbio do Rio de Janeiro.
O ambiente tipicamente brasileiro e presente no dia a dia de milhões de pessoas é um ponto de encontro, de cultura e de tradição. Nas telonas, o espectador vai poder ver o colorido, a energia e o cotidiano popular que fazem parte da identidade do País.
O problema é que Bode sofre de amnésia alcoólica e não consegue lembrar quem foi o culpado. Cada suspeito tem um motivo e o público tem grandes chances de ficar envolvido pela tensão do caso.
Além de um dos maiores nomes do humor brasileiro e Pedro Wagner, o filme traz Luana Martau, Késia Estácio, Talita Younan e Dani Fontan. A direção ficou por conta de Felipe Joffily, conhecido por seus trabalhos em “Se Eu Fosse Você 2” (2009), “E Aí... Comeu?” (2012) e “Muita Calma Nessa Hora” (2010).
Completam o elenco Yuri Yamamoto, Vinicius Moreno, Luiz Xavier, Samuel Valadares, Márcio Vito, Clarissa Pinheiro, Carlos Takeshi, Caio Godim, Davi Saltino, Bernardo Mussauer, Ana Carolina Sauwen, Pablo Padilla e Manoela Pugsley.
Assista ao trailer de O Rei da Feira
“Amazônia, a Nova Minamata?”

Dirigido por Jorge Bodanzky, que estreou como cineasta com “Iracema - Uma Transa Amazônica” (1974), o novo documentário acompanha a saga do povo Munduruku para conter o impacto destrutivo do garimpo de ouro em seu território ancestral.
Desta forma, revela como a doença de Minamata, decorrente da contaminação por mercúrio, ameaça hoje os habitantes de toda a Amazônia.
Crítica
Possível catástrofe em filme
No começo de “Amazônia, A Nova Minamata?”, um voo suave registra uma Amazônia verde e pulsante. Em seguida, como num susto, o barro se une ao verde, a clareira domina a paisagem e polui as águas.
O contraste é quase um resumo da região hoje. Ele nos conduz a uma espécie de filme de terror. Estamos em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, e a saúde dos indígenas munduruku tende a definhar. A luta contra os garimpeiros, que abrem as imensas clareiras, é muito desigual.
O garimpo traz ouro que, legal ou ilegal, movimenta a economia de uma cidade próxima. A floresta traz o quê? Nada, em princípio. Então vamos avançar no ouro. Para avançar no ouro é preciso mercúrio. E mercúrio é coisa que mal se vê. Ele contamina. Mas o que isso significa exatamente quase ninguém sabe.
É então que Jorge Bodanzky nos introduz a uma sessão de terror documental. Recorre a imagens de arquivo e nos leva à cidade de Minamata, no Japão, onde em 1956 começaram a ser identificados os primeiros casos de uma doença que ficaria conhecida como mal de Minamata, justamente porque lá aconteceram os horríveis casos que, no entanto, temos obrigação de ver. As consequências da contaminação pelos efeitos do mercúrio são atrozes.
O neurologista Erik Jennings ocupa-se dos indígenas, faz exames exaustivos nos pacientes, como forma de detectar a doença. Também testa mulheres grávidas, pois a doença pode ser transmitida por elas e afetar o cérebro dos que vão nascer.
O que Bodanzky deu ao filme, que fala de uma “nova Minamata”, não é sensacionalista. Ao contrário, é até modesto diante da possibilidade de catástrofe.
Mais Estreias
“Invocação do Mal 4: O Último Ritual”

Marca o desfecho da franquia de terror iniciada em 2013, cujos filmes são inspirados nas investigações sobrenaturais de um casal de paranormais.
“A Vida de Chuck”

Inspirado em um conto escrito por Stephen King e com direção de Mike Flanagan, de “A Maldição da Residência Hill”, o filme traz Tom Hiddleston como protagonista.
“O Retorno”

Reunindo os astros Ralph Fiennes e Juliette Binoche num longa após 30 anos, a nova produção é uma releitura das últimas partes da “Odisseia”, de Homero.
“Desenhos”

Conta a história de uma jovem que, após seu caderno de desenhos cair em um lago, vê suas criações ganharem vida de forma caótica e perigosa. Tony Hale vive o pai da protagonista.
“Super Wings em Velocidade Máxima”

Jett enfrenta uma missão inédita quando o dono de uma fábrica de brinquedos vê seu negócio ruir devido às redes sociais.
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