“Wish” é aposta do centenário da Disney
Comédia musical estreou no dia 04 de janeiro
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“Quando se deseja para uma estrela, seus sonhos se tornam realidade”. O verso da música que condensava a magia de “Pinóquio” em 1940 ficou tão famoso que acompanhou toda a trajetória da Disney, como se fosse um lema do estúdio de animação.
Cem anos depois de sua inauguração, no entanto, a máxima dá sinais de que lidar com magia não é tão simples assim. Isto é verdade nos bastidores da empresa, que atravessa algumas crises, e, também, na trama de “Wish: O Poder dos Desejos”, desenho que marca o seu centenário.
Ambientado na terra fictícia de Rosas, o filme acompanha um carismático rei que protege os desejos de todos os seus súditos e decide quais se tornarão realidade e quais são, em teoria, perigosos demais para isso. Até que uma perturbação na magia que paira sobre o reino ameaça a estabilidade desse acordo supostamente feliz.
Com uma trama tão ligada ao poder dos desejos, os diretores Chris Buck e Fawn Veerasunthorn – o primeiro dos já clássicos “Tarzan” e “Frozen” – puderam criar um caldeirão com os temas repetidos pelo estúdio ao longo de sua trajetória, reciclando as fórmulas, arquétipos e estéticas que o transformaram num império da animação.
Talvez justamente por isso, não enfeitiçou a crítica do jeito que se esperaria para uma produção de tom tão celebratório e nostálgico quanto esta. Grande aposta para comemorar seu centenário, “Wish” frustrou a Disney com uma aprovação baixa e bilheteria doméstica amena – apesar de, internacionalmente, ter dado resultados melhores.
Críticos viram no filme certa megalomania e narcisismo, com referências em exagero à própria história do estúdio e “easter eggs” – aqueles pequenos detalhes que passam batido para públicos descompromissados – pouco orgânicos.
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