“Relação de pai e filho não pode ser de medo”, diz Marco Luque
Em entrevista ao AT2, o humorista Marco Luque defende o respeito, o amor e muitas risadas nas relações familiares
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O humor não é apenas a principal ferramenta de trabalho do paulista Marco Luque, 50, como também o artifício usado por ele no dia a dia, dentro de casa e nas relações familiares.
Orientando pais que também encaram a temida fase da adolescência, o humorista revela os ingredientes que tornam saudável a conexão entre ele e as filhas Isadora, 13, e Mel, 11.
“O amor é muito importante, o humor, o respeito e elas não terem medo de mim. Uma relação de pai e filho não pode ser construída no medo, mas no respeito e na verdade. Percebo que elas preferem muito mais que eu seja sincero, mesmo que doa, do que inventar alguma desculpa para poupá-las de alguma situação”, revela Marco Luque em bate-papo com o AT2.
As adolescentes são frutos da relação com a turismóloga Flávia Vitorino, de quem ele se separou em 2018. Desde 2020, o artista vive um relacionamento amoroso com a maquiadora Jéssica Correia, 31, de quem está noivo desde janeiro.
“É mais fácil criar as minhas filhas com a Jéssica, apesar da mãe das meninas estar sempre presente na vida delas. É importante também elas verem a relação que eu tenho com a Jéssica. Existe amor, amizade e muita risada”.
Sim, as gargalhadas são recorrentes no dia a dia do casal, que também preza por honestidade e sinceridade.
“O humor é uma das coisas mais importantes em um relacionamento. Ser alguém alto-astral, que vai sempre tentar tirar um sorriso do outro, brincar, é algo super normal entre a gente. Sem dúvida, o humor ajuda a nos manter conectados e felizes um com o outro”, salienta.
Marco aproveitou as férias escolares para curtir momentos únicos na Disney, em Orlando, ao lado da noiva, das filhas e da enteada Laura. Mas ele também esteve na terra do Tio Sam a trabalho. Entre os dias 11 e 14, apresentou “Dilatados”, espetáculo que chega a Vitória no próximo fim de semana.
ENTREVISTA | Marco Luque, humorista: “Eles são muito intensos, ‘dilatados’”
AT2 - Está ansioso para reencontrar o público capixaba?
Marco Luque - Se eu não me engano, a última vez em que me apresentei no Espírito Santo foi em 2019, quando levei o espetáculo “Todos por Um”. Estou muito empolgado para me apresentar novamente no Estado e sentir a energia do povo capixaba.
Por que o espetáculo recebe o nome de “Dilatados”?
É uma expressão que eu uso com o Mustafary, que é muito gostosa e que acabou pegando. Quando o cara está empolgado com alguma coisa, ele está “dilatado”. É uma palavra que combina com os dois personagens do show, porque eles são muito intensos, na verdade, são ‘dilatados’ mesmo. (Risos)
O espetáculo traz dois de seus personagens mais famosos: Mustafary e o motoboy Jackson Faive. Por que esses personagens deram tão certo?
Acredito que grande parte do que faz sucesso tem a ver com a identificação que o público tem com aquele personagem ou com a história que está sendo contada. As pessoas, de certa forma, se sentem representadas.
Quando estou caracterizado de Jackson Faive, principalmente, recebo muito carinho dos motoboys e das motogirls por onde passo. Eles dizem que acompanham meu trabalho e que ficam muito orgulhosos de terem um ‘representante’ da profissão e que mostra um pouco do cotidiano difícil que muitos deles encaram.
Foi fácil construir ambos?
Nunca é fácil criar uma personalidade totalmente diferente, mas, quando peguei o jeito, foi ficando menos complicado. Com a “Terça Insana” e a demanda que tínhamos da Grace Gianoukas, eu acabei ficando mais acostumado e mais ligeiro quando se fala de criar personagens. Os dois nasceram nessa época.
Todos eles carregam um pouquinho de você?
Todos os meus personagens carregam um pouco de mim e da minha história. Todos eles, sem exceção, são extensões da minha personalidade, onde eu tento dar vida a eles, claro, abusando da criatividade e criando histórias para cada um deles.
Também aparece de “cara limpa” nesse espetáculo?
Não. Gosto sempre de separar as coisas. Quando me apresento como Marco, não trago junto comigo os meus personagens.
Prefere o humor de “cara limpa” ou de dar vida a personagens?
O que mais gosto é divertir as pessoas, independente de como faço o humor. Acrescentar, trazer reflexões e melhorar o dia de alguém que teve um dia difícil.
É um desafio estar com esses personagens em tantos lugares, inclusive na internet?
Tudo que demanda do nosso tempo, do nosso esforço, acaba sim sendo um desafio, principalmente com as inúmeras viagens e trabalhos que fazemos. Mas é algo que faço com muito amor e carinho. Eu amo meu trabalho!
Há chances de seus personagens irem para os cinemas?
Com certeza! Temos ideias de levar os personagens para o cinema, mas ainda é um projeto embrionário, que precisa avançar várias etapas de conclusão de roteiro e tudo mais.
SERVIÇO
“Dilatados”
- O quê: Espetáculo onde o humorista paulista Marco Luque interpreta dois de seus personagens mais famosos: o motoboy paulistano Jackson Faive e Mustafáry, um vegetariano irônico e controverso. A peça integra a 16ª edição do Circuito Cultural Unimed.
- Quando: Domingo, às 17h.
- Onde: Sesc Glória, no centro de Vitória.
- Ing.: A partir de R$ 50 (Balcão/1º lote/meia).
- Venda: Site lebillet.com.br
- Clas.: 14 anos
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