Palmirinha é velada por amigos, familiares e fãs em SP
Das 11h às 13h, fãs poderão prestar as últimas homenagens à apresentadora, considerada um dos nomes mais emblemáticos da TV brasileira
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O corpo da apresentadora Palmirinha, que faleceu nesse domingo (7) aos 91 anos por complicações de problemas renais, está sendo velado nesta segunda-feira (8) no Cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo. O velório começou às 9h.
Das 11h às 13h, fãs poderão prestar as últimas homenagens à apresentadora, considerada um dos nomes mais emblemáticos da TV brasileira. O sepultamento, porém, será restrito a parentes e amigos.
O consultor de etiqueta Fabio Arruda afirmou que a apresentadora era uma figura muito doce no dia a dia. "Ela traduz a essência da vovó. Ela tinha uma generosidade e uma coisa tão verdadeira de deixar você ser o mais importante. Essa era a tradução do que era a Palmirinha. Dentro da simplicidade das receitas dela, Palmirinha dava uma lição de elegância e de qualidade humana gigantescas", disse Arruda ao sair do velório.
Sandra Bucci, filha de Palmirinha, disse que a mãe lutou com todas as forças contra a doença. "Mas ela não conseguiu. A única batalha que não conseguiu vencer foi a doença. Mas ela viveu muito plenamente e fez tudo o que quis. Ela deixa uma lição de força para a gente", disse Bucci no velório.
Palmirinha estava internada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, desde 11 de abril, informou a família em uma publicação no Instagram da apresentadora. Ela deixa três filhas, seis netos e seis bisnetos.
"Triste com a notícia do falecimento da apresentadora da dona Palmirinha, uma figura querida da nossa televisão. Meu abraço fraterno aos familiares, amigos e fãs", escreveu o presidente Lula (PT), no Twitter.
Paulista de Bauru, Palmira Nery da Silva Onofre, a Palmirinha Onofre, começou a trabalhar na TV aos 62 anos, e foi abraçada pelo público ao mostrar que sabia rir de si e dos erros de concordância de português que cometia à beira do fogão, assim como dos lapsos de memória diante das câmeras.
Antes de começar a trabalhar na televisão, foi engraxate, trabalhou em fábrica para encaixe de peças, faxinava escritórios na praça da Sé até meia-noite, trabalhou para a Nestlé fazendo degustações em supermercado, para a Brastemp traçando receitas de microondas e para a Vasp, preparando o cardápio dos passageiros.
Casou-se aos 19, e as dores do matrimônio começariam logo após a festa, quando, ao chegar em casa, disse ter encontrado três amantes do marido no portão.
Ficaram juntos por cerca de duas décadas, tiveram as três filhas, mas as coisas não eram fáceis entre o casal. Palmirinha contava ter vivido com ele um relacionamento abusivo, com violência e agressões. Não se separou por medo de que as filhas sofressem de alguma maneira.
"Tenho muito orgulho da minha vida anterior à TV, onde, apesar das inúmeras dificuldades financeiras e familiares, pude criar minhas três filhas com muita dignidade, aperfeiçoando minhas aptidões na culinária", disse ela, em entrevista à Folha.
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