“Maior inimigo da mulher aos 50 anos é o preconceito”, diz Flávia Alessandra
Em entrevista ao AT2, Flávia Alessandra defende que sempre dá tempo de mudar, de ter liberdade e maturidade emocional

Rugas, cabelos brancos e pele flácida são alguns dos indícios do passar dos anos. Para algumas delas, podem sinalizar a proximidade do fim. Mas não para a atriz e empresária Flávia Alessandra, de 51 anos.
“O maior inimigo da mulher aos 50 anos é o preconceito, tanto o externo quanto o que a gente carrega internamente. Aquela voz que diz que já passou da hora, que não dá mais tempo. Dá sim! Me sinto mais dona de mim do que nunca”, enfatiza, em entrevista ao AT2.
Para uma das mulheres mais belas da TV brasileira, a chegada dessa idade trouxe uma virada de chave. “Foi como abrir uma nova porta: a da liberdade, do autoconhecimento e da maturidade emocional”, confessa.
Demonstrando estar cheia de gás, a carioca não para! Além de ter voltado às telinhas como a vilã Sandra, de “Êta Mundo Melhor!”, ela administra diversos negócios. “Empreender foi uma consequência natural da minha curiosidade e vontade de fazer mais, começou tem cerca de 10 anos”.
Muitos desses empreendimentos são administrados com o marido, o apresentador Otaviano Costa, 52, do programa “Melhor da Noite” (TV Tribuna/Band). “A gente tem uma sintonia muito boa, e isso ajuda a separar os papéis e a somar talentos”, conta Flávia, que acaba de lançar o “Meu Ritual”, um espaço multiplataforma focado em saúde, beleza, bem-estar, qualidade de vida e universo feminino.
“Ver meus pais juntos me inspira”

AT2: Qual é o seu ritual sagrado de beleza?
Flávia Alessandra: É o silêncio da manhã. Gosto de acordar cedo e ter um momento só meu, mesmo que sejam poucos minutos. Às vezes, é meditação ou só uma respiração consciente com alguns litros de água. Também amo praticar atividade física, além de liberar essa dose necessária de endorfina, me ajuda a organizar os pensamentos e me alinhar por dentro.
AT2: Interpretou vilãs memoráveis. De onde vem tanta maldade? (Risos)
Flávia Alessandra: Eu adoro uma boa vilã! Tem uma liberdade cênica deliciosa, uma profundidade emocional que desafia a atriz. A maldade vem da construção, da entrega, do texto bem escrito, não é minha, claro! Mas dar vida a essas mulheres é uma catarse. A gente se diverte, mas também se humaniza. Porque, por trás da vilania, sempre tem uma ferida.
AT2: Como fica sua cabeça quando está vivendo essas personagens? Exigem muito de você?
Flávia Alessandra: Sim. Principalmente quando são densas ou com carga emocional intensa. Eu cuido muito da minha saúde mental com meditação, atividade física e por aí vai. Estar cercada da minha família, dos meus amigos, manter minha rotina de autocuidado, isso tudo me ancora. E hoje, com o Meu Ritual, eu consigo compartilhar essa busca pelo equilíbrio com outras mulheres também.
AT2: O que te faz voltar às telinhas hoje? Tem mais critério?
Flávia Alessandra: Sempre fui criteriosa, mas hoje ainda mais. O tempo é precioso e eu quero estar envolvida em projetos que me toquem, façam sentido e tenham propósito. Não apenas nas telinhas, mas em todas as áreas da minha vida.
AT2: Otaviano passa uma imagem de quem está sempre alto-astral. É algo que te contagia?
Flávia Alessandra: Ele é essa explosão de energia mesmo! E é contagiante, sim. Às vezes, estou na minha vibe mais introspectiva e ele vem com aquele entusiasmo todo, mas, no fim, a gente se equilibra. Ele me leva para cima, eu trago ele para o chão, e vice-versa. É parceria.
AT2:Qual é o segredo para não deixar que a chama do amor se apague num momento como esse, em que Otaviano precisa viajar para trabalhar?
Flávia Alessandra: O segredo está na escolha diária. A gente escolhe estar junto, mesmo à distância. E o apoio mútuo, tanto no trabalho quanto na vida, é o que sustenta tudo.
AT2: Seus pais comemoraram 58 anos de casados. Usa essa relação como espelho?
Flávia Alessandra: Eles são um exemplo lindíssimo de parceria! Claro que cada casal tem sua história, mas ver meus pais juntos, companheiros até hoje, me inspira. Me lembra que vale a pena cultivar, cuidar, conversar. Isso influencia muito a forma como encaro meu casamento.
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