Fábio Porchat: “Um dos maiores porres da minha vida foi em Guarapari”
Em entrevista ao AT2, Fábio Porchat lembra suas histórias de viagens pelo mundo e fala de show de humor em Vitória
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Um dos principais balneários do Espírito Santo, Guarapari é o destino certo de muitos turistas, principalmente no verão, sendo palco de boas histórias e recordações.
Nem o ator e humorista Fábio Porchat, 42, escapou de viver um momento memorável de sua vida na Cidade Saúde, como o município capixaba é conhecido.
Nascido no Rio de Janeiro, o artista se mudou para São Paulo ainda pequeno, e retornou à terra natal com 19 anos. Mas, antes de voltar para a Cidade Maravilhosa, ele partiu com os amigos numa aventura de despedida até Salvador, na Bahia.
“Passamos por Vitória e Guarapari, onde eu tomei um dos maiores porres da minha vida. Foram muitas caipirinhas comendo ovos de codorna. Sei que eu ligava pra minha mãe e dizia: 'Mãe, eu te amo, que saudade de tu'. E ela: 'Filho, tem só dois dias que você saiu de São Paulo!'”, lembra Porchat, aos risos, em entrevista ao AT2.
Com relatos únicos e hilários colecionados em 75 países, o humorista recorda parte delas no show de humor “Histórias do Porchat”. Esse é o 4º ano consecutivo de apresentação da atração.
“É um espetáculo que eu gosto demais e com as minhas histórias de viagem, que é a coisa que eu mais gosto de fazer na vida. Durante essas viagens, sempre vou coletando histórias, né? Estou aberto e receptivo a receber e a passar por momentos curiosos, diferentes”, afirma.
O artista retorna à capital capixaba para a apresentação no próximo dia 15. Serão duas sessões no Teatro Sesc Glória, no centro da capital, sendo que uma delas é “extra”, um resultado da alta procura de ingressos.
“É muito bom poder estar em Vitória, porque é um público muito animado, que gosta de rir. Já me apresentei algumas vezes aí e é sempre um sucesso. Agora, volto para sessão dupla. Acho que isso mostra que eu estou no caminho certo e que o público daí gosta de dar risada, né?”, reflete.
Apesar da rápida passagem pelo Estado, Porchat revela que pretende matar a saudade da moqueca capixaba.
“Ela é um marco cultural já, né? E eu gosto bastante. Sempre que tenho pouco tempo num lugar, penso que comer a comida local faz a gente se aprofundar um pouquinho mais nele. Então, já estou animado para essa moquequinha aí”, diz.
“Fui para 75 países e o melhor é o Brasil”
AT2 - Pôde levar “Histórias do Porchat” para vários lugares. Existe algum que esse trabalho te levou e que você jamais imaginaria que iria conhecer?
Fábio Porchat - Acho que Angola foi um lugar que o trabalho me levou e que eu não sei se seria a primeira opção da minha vida. O povo angolano é muito bacana, simpático, e a comida é uma delícia. Achei o lugar interessante, diferente do que imaginava.
Foi com esse espetáculo até para Dubai e Suíça. São lugares com poucos brasileiros?
Tem brasileiro em tudo que é canto. Em Dubai, são 10 mil brasileiros. Eu fiz duas sessões lá, foram mil pessoas. Então, 10% dos brasileiros foram me ver. (Risos)
Quando você faz um show fora do País, não tem diferença de plateia. O que tem é um tempero a mais, a saudade. Esses brasileiros que moram fora estão com saudade do Brasil, da família... Então, isso acaba fazendo com que a pessoa se entregue mais. É muito bonito.
Como se deu a sua paixão por viagens?
Pelos meus tios e primos. Eu era o primo mais velho, o babá. Então, eles sempre me levavam e eu acabei adorando. Acho muito mágica a ideia de fechar o olho, acordar e já estar em outro país, que fala outra língua, come outra comida.
Toda vez que saio do Brasil, eu me surpreendo com o tamanho do planeta, em como a gente não é nada e os nossos problemas são minúsculos se comparados com os de Angola e Ruanda, por exemplo. A gente está sempre preso à nossa realidade, e poder viajar é também se desprender um pouco dela.
Qual foi a viagem mais cara que você já fez?
O país mais caro onde eu já fui é a Noruega. Mas eu fiquei em Oslo só dois dias. Não foi tão caro assim por conta disso. Maldivas é um lugar que, dependendo de onde você vai, pode tomar uma facada gostosa no rim. (Risos)
Para onde você viajaria mais de uma vez?
Para a África Subsaariana fazer safári. Eu amo. Já fui umas oito vezes. Gosto desse contato com uma natureza dura, de verdade.
E para onde não viajaria de novo?
Todo lugar tem seu encanto. Taiwan é um lugar que eu gostei, mas acho que há outros lugares mais interessantes. Digo isso depois de ter ido. Mas recomendo ir.
Quem é seu companheiro preferido de viagem?
Gosto de viajar sozinho, acompanhado, com família, amigos... No fim das contas, depende do seu estado de espírito. Fui para a Etiópia sozinho, por exemplo, e eu adoro!
Sua namorada, a Priscila Castello Branco, é uma boa companheira de viagem?
Ela é uma parceira de viagem maravilhosa. Topa tudo, é animada, não tem tempo ruim para ela. É uma companheira de viagem que eu encontrei para a vida.
Quem jamais chamaria para viajar com você de novo?
Eu fiz uma viagem com 52 pessoas e jamais convidaria esse tanto de gente. É muita gente, aí você não consegue aproveitar, ver todas essas pessoas. Então, tem que ter um limite. Não dá para viajar com amigo do amigo e família da família...
Existe lugar igual ou melhor que o Brasil?
Já fui para 75 países e o melhor é o Brasil. A comida é a melhor do mundo. A gente só não tem neve. Mas, de resto, a gente tem tudo da melhor qualidade: um povo receptivo e as paisagens mais lindas do mundo disparado.
Serviço
“Histórias do Porchat”
O quê: show de humor com Fábio Porchat.
Quando: dia 15 de agosto (sexta), às 19h e 21h.
Onde: Teatro Sesc Glória, localizado no Centro Cultural Sesc Glória, no centro de Vitória.
Ing.: a partir de R$ 160 (Balcão/1º lote/inteira).
Venda: site lebillet.com.br.
Clas.: 14 anos.
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