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Entretenimento

Desafios femininos na música capixaba em documentário


Estreia nesta segunda-feira (8), no Dia Internacional da Mulher, o documentário “#Mulherex: O Que Elas Estão Pensando?”. Dirigido pela cantora e compositora capixaba Bella Nogueira, a obra tem o objetivo de revelar os desafios enfrentados por mulheres que atuam no universo musical.

A produção estreia a partir das 14h e vai poder ser conferida pelo YouTube do canal “Explicanção”.

Participam do documentário a tecladista Thaysa Pizzolato, a rapper Afronta MC e a cantora e compositora Thainá Lopez. As entrevistas são feitas pela própria Bella.

Imagem ilustrativa da imagem Desafios femininos na música capixaba em documentário
A artista Thaysa Pizzolato ao lado de Bella Nogueira, na gravação do documentário |  Foto: Mi Fratelli/Divulgação

Apesar de apenas três artistas capixabas figurarem no documentário, Bella acredita que uniu profissionais que têm a capacidade de representar o que é ser mulher na música dentro e fora do Estado.

“A Thaysa é a personificação de que existem boas instrumentistas. Com a Thainá, é a mesma coisa. Ela tem uma história incrível”, diz. “Já a Afronta foi convidada porque eu queria muito ter uma identidade ali que não tivesse nascido mulher. Mas se tornado mulher e abraçado a causa de ser mulher”, explica ela sobre a rapper trans.

Segundo a diretora, as entrevistas com as artistas estiveram ancoradas num único questionamento. “A pergunta principal foi: 'o que elas acham que a gente deveria fazer para mudar o cenário como ele ainda está'”, conta.

E, as respostas, segundo ela, são impressionantes. Mesmo assim, não havia nada ali que ela já não conhecesse ou com que tivesse se deparado em relação às violências ou constrangimentos que mulheres sofrem no ambiente musical.

“Não houve nada que eu tenha me dado conta com o relato delas que eu não tivesse visto anteriormente. Tenho 12 anos de carreira na música e no palco. Já vivenciei de tudo um pouco, a ponto de saber que tudo o que foi dito ali era verdade”, relata Bella, que aproveita e compartilha a sua vivência.

“As pessoas me perguntam se o fato de ser lésbica me afetou. Ouso dizer que até me ajudou, porque nunca sofri assédio”, conta.

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Além de levar esses relatos ao público, há outro objetivo em “#Mulherex: O Que Elas Estão Pensando?”. “O fato de certas mulheres terem passado por coisas horríveis nesse mercado e terem resistido por amor à arte é a prova que isso é algo que a gente faz projetando um legado. Acredito que estamos abrindo caminhos para que outras mulheres não passem pela mesma coisa”, diz Bella Nogueira.


“Queria retratar mulheres arregaçando as mangas”


AT2 O que te deu a ideia de fazer esse documentário? Já tinha experiência no cinema?

Bella Nogueira Não tinha experiência com documentário. Sou cantora e compositora. Passei a ter experiência com audiovisual do ano passado para cá, com o canal “Explicanção”. Dentro dele, fui aprendendo algumas coisas e me apaixonei pelo cinema e comecei estudar. Decidi fazer algumas produções no canal, sempre girando em torno da música, acionando vários nichos que a música abraça.

Essa ação nasceu no ano passado. Já fiz ela, mas só por fotografia. Registrei várias mulheres da minha cidade, aqui em Linhares, no estúdio, em sociedade com a minha esposa. Convidamos várias mulheres e queríamos retomar esse ícone do feminismo, o da Rosie, dando novos ares.

O cartaz da Rosie é muito conhecido. Por que usá-lo?

A Rosie e o “We Can Do It” sempre foram símbolos marcantes. Porém, eu sei que existem muitas mulheres desconhecidas que são revolucionárias. Eu queria retratar essas mulheres arregaçando as mangas. Acho muito forte essa imagem. E esse cartaz voltou com tudo. Ele foi criado para outra coisa, mas virou um símbolo feminista. Queria trazê-lo para o universo da música.

Como trazer esse projeto fotográfico para o audiovisual?

No ano passado, trazer os relatos das mulheres. Tudo o que ouvi ficou no estúdio. Falei com minha esposa que tentaria trazer para o mundo da música e o audiovisual. E, através do “Explicanção”, isso foi possível.
Queria ter convidado outras mulheres, mas nos mantemos firmes com a questão da pandemia. E o Estúdio Bravo, em Jardim da Penha, cedeu o espaço e tomamos bastante cuidado.

As perguntas que fez para as entrevistadas foram sempre as mesmas. O que mais te chocou nas respostas delas?

O que mais me chocou era ver que, apesar de responder às mesmas perguntas, a balança não é a mesma para a gente. Se eu sou trans e negra, como é o caso da Afronta, o buraco fica muito mais embaixo. Estamos falando de uma pessoa que tem uma estimativa de viver até 35 anos.

Você chama esse documentário de experimental. Por quê?

Porque ele não segue muitas regras que um documentário deveria ser. Optei por fazer esse experimento. Foi uma coisa bem aberta. Seguindo alguns padrões, lógico. Dei bastante liberdade. 

Há algum diretor ou diretora que te inspirou no formato?

Sou totalmente adepta ao cinema e assisto a muitas séries. Mas uma diretora que me inspira bastante foi a Ava DuVernay. Ela dirigiu a série “Olhos que Condena” e o filme “13ª Emenda”.

Ela também me inspirou de como direcionar o canal. De cinco pessoas na produção dele, apenas há um homem, que faz a edição.

Mesmo com um documentário estreando, você tem novos projetos audiovisuais?

O canal abriu uma verdadeira caixa de pandora! Fomos aprovadas no edital da Lei Aldir Blanc e vamos produzir outro documentário chamado “Conexão 027”.

Nele, convidamos seis artistas, fizemos um sorteio para que eles interpretem canções dos colegas e vice-versa. Participam do projeto Cainã Morelatto, Felipe Izar, Gabriela Terra (My Magical Glowing Lens), Manfredo, o duo A Transe e eu, Bella Nogueira.

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