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Crítica

Oscar 2022 - Os premiados


A 94.ª cerimônia de entrega dos Academy Awards foi apresentada neste domingo dia 27 no Teatro Dolby, em Los Angeles, California. A apresentação ficou com o trio de comediantes Regina Hall, Wanda Sykes e Amy Schuman e começou com a ótima performance da indicada Beyoncé com “Be Alive”, da trilha sonora de “King Richards – Criando Campeãs”. 

Entre os coadjuvantes tivemos Troy Kotsur e Ariana DeBose como melhor ator e atriz. Seu emocionante discurso não esqueceu de mencionar a fantástica Rita Moreno, a primeira intérprete de Anita, seu personagem na ótima refilmagem de “Amor Sublime Amor”. Já Kotsur fez história tornando-se o primeiro ator surdo a ganhar a estatueta, por sua atuação no sensível e belíssimo “No Ritmo do Coração”. Nele, o ator contracena com Marlee Matlin, que em 1986 foi a primeira atriz surda premiada com o Oscar. “O Ataque dos Cães”, campeão em número de indicações, levou apenas o prêmio de melhor direção para a neozelandesa Jane Campion, consolidando seu nome como a única diretora a ser indicada duas vezes por seu trabalho. Em 1992 seu trabalho em “O Piano” chamou a atenção para seu talento, agora finalmente reconhecido pela Academia. 

Foi uma cerimônia de homenagens marcando a noite com os 30 anos de “Homens Brancos Não Sabem Enterrar” antes da entrada no palco de Woody Harrellson e Wesley Snipes. Os 60 anos de “007 Contra o satânico Dr.No” foram lembrados  um ano depois da despedida de Daniel Craig no filme “007 Sem Tempo Para Morrer”, que deu o Oscar de melhor canção para Billie Eilish, e sua belíssima voz. No clip exibido desfilaram 6 décadas ao som da icônica “Live & Let Die” na voz de Paul McCartney. Jennifer Garner, J.K.Simmons e Elliot Page entraram no palco lembrando os 15 anos de “Juno” e entregaram o prêmio de melhor roteiro original para Kenneth Branagh, uma sensível reconstituição de memórias capaz de emocionar até o mais duro coração.

Outro clássico homenageado foi “O Poderoso Chefão” que completa 50 anos e foi lembrado com um clip seguido das entradas no palco de Francis Ford Coppola, Robert DeNiro e Al Pacino. O tradicional clip “In Memorian”, que todo ano lembra os artistas e professionais falecidos, trouxe as entradas pontuais de Tyler Perry, Jamie Lee Curtis e Bill Murray lembrando Sidney Poitier, Betty White e Ivan Reitman entre os vários e saudosos nomes lembrados na tela. Nada foi mais inesperado, no entanto, que a subida ao palco de Will Smith para esmurrar o apresentador Chris Rock que fizera uma piada desagradável com a esposa de Will, que estava de cabeça raspada por consequência de problemas de saúde. 

Os 28 anos de “Pulp Fiction” reuniram no palco John Travolta, Uma Thurman e Samuel L. Jackson para anunciar o prêmio de melhor ator para Will Smith por “King Richard – Criando Campeãs”, um discurso emocionante, sincero e até pungente em que o ator falou de agradecimento, de proteção, de amor e até de humildes desculpas. Anthony Hopkins foi aplaudido de pé por todos e anunciou Jessica Chastain como a melhor atriz por “Os Olhos de Tammy Faye”.

A vitória de “Duna” com 6 estatuetas teria sido maior se a Academia não tivesse ignorado o diretor Dennis Villeneuve, uma tremenda esnobada que mostra que a Academia não cansa de, a cada premiação, promover injustiças homéricas. A esperada vitória de “Encanto” como melhor animação, logo após uma tensa, porém emotiva apresentação da canção “Dos Oruguitas” na voz de Sebastián Yatra. Curioso que a música foi selecionada como representante no Oscar por “Encanto” antes do sucesso inesperado e retumbante de “We Don't Talk About Bruno”, também escrito por Lin-Manuel Miranda. Como não poderia ser esquecida, a canção foi reproduzida no palco depois que seu dublador, o ator colombiano John Leguizamo apresentou a atração lamentando não saber dançar. Já a premiação de “Drive my car” como melhor filme internacional era bem esperada, e igualmente merecida. 

A dinamização da festa, com a entrega antecipada de alguns prêmios, além dos números musicais pontuais e eficientes fizeram deste Oscar um evento melhor que a de outros anos, mantendo a estrutura tradicional, mas buscando diversidade, tentando se reaproximar do público. Encerrando a noite, a lendária Liza Minelli, aos 76 anos, anunciou ao lado de Lady Gaga o prêmio de melhor filme para “No Ritmo do Coração”, mostrando não ainda uma renovação, mas a busca por uma sintonia maior com os novos tempos sem esquecer de 94 anos de muita história, em uma cerimônia de fortes emoções bem ao ritmo das emoções que somente o cinema oferece.

Lista dos Vencedores

Melhor filme: No Ritmo do Coração

Melhor direção: Jane Campion (Ataque dos Cães)

Melhor atriz: Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)

Melhor ator: Will Smith (King Richard: Criando Campeãs)

Melhor atriz coadjuvante: Ariana DeBose (Amor, Sublime Amor)

Melhor ator coadjuvante: Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)

Melhor roteiro original: Belfast

Melhor roteiro adaptado: No Ritmo do Coração

Melhor filme internacional: Drive My Car (Japão)

Melhor animação: Encanto

Melhor documentário: Summer of Soul (...ou Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)

Melhor canção original: No Time to Die (007: Sem Tempo para Morrer")

Melhor figurino: Cruella

Melhores efeitos especiais: Dune

Melhor fotografia: Dune

Melhor curta-metragem: The Long Goodbye

Melhor animação em curta-metragem: The Windshield Wiper

Melhor documentário em curta-metragem: The Queen of Basketball

Melhor montagem: Dune

Melhor direção de arte: Dune.

Melhor maquiagem e cabelo: Os Olhos de Tammy Faye

Melhor trilha sonora: Dune

Melhor som: Dune

*Adilson Carvalho é colaborador do Tribuna Online

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