2º Fenacin incentiva a produção cinematográfica nacional
O festival reúne 53 jurados que avaliarão produções de cinco gêneros
A 2ª cerimônia de premiação do FENACIN (Festival Nacional do Cinema Nacional) está tomando forma depois da bem-sucedida primeira edição do evento no ano passado. Sediado em Santa Maria, no Rio Grande do Sul e organizado pelo diretor de cinema Jayme Filho, o FENACIN reúne 53 jurados que avaliarão produções de cinco gêneros: Ficção, animação, documentário, videoclipe e experimental.
Com um total de 19 prêmios distribuídos nas categorias de melhor curta ficção, melhor curta documentário, melhor curta animação, melhor direção ficção, melhor direção documentário, melhor direção de fotografia ficção, melhor direção de arte ficção, melhor roteiro original ficção, melhor trilha sonora original ficção, melhor som direto ficção, melhor edição e montagem ficção, melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor produção acessibilidade, melhor videoclipe musical, melhor vídeo experimental, além de uma menção honrosa com possibilidade três menções distintas.
As produções inscritas não podem ter vínculo direto ou indiretamente com Universidades, escolas ou qualquer outra instituição de ensino, mas devem ter sido realizados de 2018 a 2022. Se você ainda não se inscreveu; se apresse, porque as inscrições vão até 31 de agosto no site “www.fenacin.com.br”, onde você pode ler todos os detalhes do regulamento.
Abaixo, a entrevista com o curador do Festival, o diretor Jayme Filho:
- Adilson: O que o motivou a criar o Fenacin?
Jayme Filho: Como tenho uma Cia Independente de Cinema, e realizamos curtas-metragens o ano inteiro de forma independente, sem patrocínio e nem dependendo de projetos, eu tinha curiosidade de saber quem faz Cinema de forma independente, não só aqui no sul, mas em todo o país. Nos festivais que já temos, a grande maioria das produções são universitárias, estudantis ou realizado por grandes produtoras, então eles não são considerados “Cinema Independente”, pois tem o apoio das Universidades ou outros órgãos que tem todo e qualquer equipamento para dar suporte. Queremos saber quem de fato faz cinema independente, que arregaça as mangas e vai à luta. Fazia tempo que eu tinha essa ideia de lançar um festival para filmes independentes, mas quando eu falava a respeito, as pessoas se encolhiam ou não acreditavam que iria dar certo, pois não tínhamos recursos e nem dependíamos de projetos. Então pensei: minha vida toda eu fiz meus filmes com recursos próprios, então não vai ser diferente com o FENACIN, e resolvi lança-lo no ano passado. E fiz parceria com a Piazito Arte e Cultura e com o Studio Stefanello, que sempre foram meus apoiadores e parceiros em minhas produções. Eles abraçaram a ideia comigo e a primeira edição foi um sucesso.
- Adilson: Houve alguma mudança da primeira edição do Festival para a atual edição?
Jayme Filho: Como ano passado foi a primeira edição, tivemos muitos acertos e também alguns erros, que corrigimos nesta segunda edição. Exemplo disso foi que este ano diminuímos o número de selecionados para a mostra competitiva do festival. Ano passado tivemos 30 produções em cada gênero, este ano serão 15. Outra mudança foi que incluímos nesta segunda edição os gêneros de videoclipe musical e vídeo experimental. Ano passado foram 51 jurados de vários segmentos de arte de todas as regiões do país. Este ano serão 53 jurados, mas serão divididos em grupos, e cada grupo irá julgar o gênero (Ficção, documentário, animação, videoclipe musical e vídeo experimental) para o qual foi designado. Assim os jurados não ficarão sobrecarregados como ano passado.
- Adilson: Quais os critérios para que um filme tenha elegibilidade para o FENACIN?
Jayme Filho: Uma produção para ser aceita no FENACIN não poderá exceder o tempo limite estipulado no regulamento: de 20 minutos para ficção, documentário e animação, 4 minutos para videoclipe musical e 10 minutos para vídeo experimental. O festival aceitará a inscrição de até 3 produções por pessoa física. Não serão aceitas inscrições de pessoas jurídicas. Os filmes inscritos serão assistidos e avaliados por uma curadoria composta por 12 pessoas, que irão selecionar os filmes que irão ser julgados pelos jurados.
- Adilson: Futuramente, existem planos para uma edição presencial do FENACIN?
Jayme Filho: A ideia seria fazer esta segunda edição de forma presencial, mas tendo em vista a atual situação financeira, declinamos da ideia. Mas vou trabalhar neste sentido, para que ano que vem façamos de forma presencial, mas também transmitida online para quem não puder comparecer.
- Adilson: Já existem planos para a terceira edição do FENACIN?
Jayme Filho: Para ano que vem já temos algumas promessas de apoio e até patrocínio, mas como trabalhamos sempre com os pés no chão, vamos aguardar e esperar, para ver o que acontece. Esta segunda edição está tendo uma avalanche de inscrições, isto que ainda temos 30 dias de prazo para inscrição. Isso é gratificante.
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