Cine Belas Artes busca novo patrocinador após saída da Reag
Neste ano, a gestora de fundos Reag Investimentos, que dava nome ao Cine Belas Artes desde janeiro do ano passado, foi alvo da Operação Carbono Oculto, na qual a Polícia Federal investiga o uso de fundos e gestoras para lavagem de dinheiro pelo crime organizado.
Com isso, a empresa - que agora se chama Arandu - antecipou o fim do contrato de patrocínio ao cinema, que é um dos mais tradicionais e antigos da cidade de São Paulo. O contrato tinha vigor de cinco anos e, de acordo com o comunicado enviado à imprensa, a sua rescisão foi amigável e em comum acordo.
Agora, o Belas Artes inicia uma campanha em busca de um novo patrocinador para os próximos cinco anos. O novo patrocinador é importante para a manutenção e revitalização do cinema que existe há quase 60 anos e abriga seis salas de projeção.
Em nota enviada à imprensa, André Sturm, curador do cinema, comentou o fim da relação com a Reag e o início da campanha em busca de um novo patrocinador: "O apoio da Reag foi fundamental e somos gratos por esse período de colaboração. Nossos caminhos divergiram e a intenção agora é iniciar uma nova fase: reafirmando sempre que as marcas podem impulsionar a cultura de maneira ativa, com um olho na preservação do patrimônio e o outro na construção de um futuro mais rico, vibrante e criativo".
Pelo Belas Artes, que já foi patrocinado pelos bancos HSBC e Caixa Econômica e pelo Grupo Petrópolis (da cerveja Petra), passam cerca de 30 mil pessoas por mês para acompanhar a programação que inclui a exibição de lançamentos e ainda eventos como o Noitão, maratona de filmes na madrugada, e o Bela Sonoriza, que exibe filmes com sonorização ao vivo por bandas convidadas.
Empresas interessadas em emprestar seu nome ao cinema pode enviar propostas pelo e-mail [email protected].
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